Você é apenas uma alma que se mistura com a multidão...Eu ouço você tão alto, ninguém mais ouve um som....E eu sou apenas um estranho que poderia ser um amigo...
Você poderia ter sido tão boa...Eu não vou deixar você escapar...Há alguma esperança de...
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- O que houve, Sam? – perguntei a uma Sandra pálida assim que cheguei a casa de Lauren, a essa altura, estávamos todas reunidas no quarto da garota e Lauren dormia quieta em sua cama.
- Ah, Gabi! – disse Sam indo me abraçar mais uma vez. – Quando eu cheguei aqui, ela tava sentada na cama, olhando o vazio. – ela disse numa voz lamentosa. – Ela não fala, não quer me dizer o que aconteceu e só ficava sussurrando, “Não pode ser possível, isso não é verdade...”. O que aconteceu, Gabi?
- Eu realmente não sei... – eu disse sinceramente para ela. – Ela parecia bem quando sai daqui. Você acha que ele a atacou? = perguntei e a raiva começou a serpentear dentro de mim.
- Eu... – Sam pareceu pensar um pouco. – Não. Ela não tem marcas, exceto uma mancha no pescoço, se ele a tivesse mordido, com certeza estaria muito feio... – ela disse se sentando no chão, abraçando os joelhos como se não quisesse pensar na hipótese.
“Droga!”. Deus sabia como eu estava me sentindo culpada por deixar aquela garota sozinha com um vampiro lunático, o que teria acontecido a Lauren? Um sonho não daria conta de deixar uma garota transtornada... Pois foi o que eu fiz, eu só reavivei uma memória e a pus a tona em forma de sonho, só isso, nada de mais, eu já tinha feito aquilo antes, com Marta, ela me ensinou. “Não, deve haver outra coisa, algo que ela tenha visto.”, minha mente estalou. “O que essa menina viu que a deixou dessa maneira? Tão... Frágil. Talvez um choque pós-traumático...”, minha mente voava rápido demais enquanto eu achava uma solução para aquele problema. Nesse momento Sam me olhou enigmaticamente.
- Gabi? Você fez alguma coisa pra ela? – ela me olhava de modo indecifrável. – Você lhe deu alguma coisa... – então eu entendi onde ela estava querendo chegar.
- Ah. Não! – eu disse firme e rápido demais. Ela me olhava desconfiada. – Quer dizer, sam. – eu suspirei. Não havia porque mentir para Sam. – Eu não dei nada a ela, acredite em mim. Eu só a fiz lembrar de umas coisas, um sonho, só isso. – eu disse e ela já estava de pé, olhando de um lado para o outro.
- Então... Você a fez lembrar? O que exatamente, Gabi? O que ela tanto tinha que se lembrar? – ela disse parando abruptamente para me encarar, sua voz se exaltando um pouco.
- Sam, se acalma, por favor. – ela me fazia me sentir mais culpada. – Não foi nada demais. Realmente nada. – eu disse contrariada.
- ME DIGA GABRIELLE! – a voz de Sandra se alterou a ponto de ela estar quase gritando. – Olha, você é nova nesse mundo... Eu sei do que eu to falando, então eu preciso saber, ouviu bem? – ela agitava as mãos agressivamente no ar e isso parecia faze-la se acalmar. – Ao contrario do que vocês pensam, as pessoas normais não são BURRAS, entende? Cada mínimo detalhe, cada lembrança desse tipo... Se não for bem recebida, pode traumatizar uma pessoa pra sempre.
- Eu sei, eu sei... – eu disse e minha cabeça começou a latejar. – Mas nada vai ser resolvido agora, precisamos falar com ela, ver o que aconteceu... – eu apontei pra cama onde Lauren ainda dormia.
