Você é apenas uma alma que se mistura com a multidão...Eu ouço você tão alto, ninguém mais ouve um som....E eu sou apenas um estranho que poderia ser um amigo...
Você poderia ter sido tão boa...Eu não vou deixar você escapar...Há alguma esperança de...
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- Alexandre. – eu disse trocando um olhar aflito com ele. – Se tiver um daqueles planos de vampiro, agora seria uma boa hora para compartilha-lo. – levantei a mão e varri as folhas das arvores de suas copas, dando maior visão no meio da escuridão.
- Pois é. – ele disse chegando para traz procurando a melhor posição para se colocar a nossa frente. – Você não, humm, poderia queimar eles? – perguntou Alex em dúvida enquanto algumas sombras avançavam e ele as acertava com socos.
- Humm, não. – eu disse aflita. “Se eu tocasse em uma dessas sombras ficaria sem energia com certeza”. – O fogo não é meu elemento, nem a água.
- Entendo... – ele grunhiu a palavra quando uma das sombras com quem ele estava lutando praticamente o arrastou pra fora do circulo. – Teletransporte? – sua voz ecoou distante quando as outras sombras bloquearam seu corpo ao se colocarem por cima dele.
Eu pensei na hipótese. “Sim, o teletransporte serviria. Como não tinha pensado nisso antes? Enganar um feitiço com outro.” pensei enquanto me preparava. Me encolhi no circulo quando as garras tentaram me puxar e me lembrei de uma coisa.
- Pode dar certo. – eu comecei a dizer. – Alex...
- O que? – ele respondeu separando uma das sombras em duas.
- Eu não sei se consigo transportar um vampiro... – eu disse com vergonha de mim mesma. – Eu conseguiria com a substituição pelo sangue, mas isso atrairia mais deles. Eu sinto muito...
- Faça. – ele disse com firmeza. – Rápido.
Eu fechei os olhos e me concentrei o máximo que pude com aquelas criaturas tentando penetrar o fino e frágil circulo de proteção que nos protegia. Sentei no chão em posição de Lótus e peguei um punhado de terra nas mãos, convocando a terra e depois respirei com força para que o meu elemento nos transportasse em segurança.
- Alexandre, mantenham-nos afastados quando chegar. – disse e a rajada de vento nos rodeou.
Alexandre atacou aqueles corpos malignos enquanto o ar formava uma esfera protetora em volta do meu circulo, longas e profundas cicatrizes abriram-se no chão, se unindo a grande esfera e quando tudo se intensificou, olhei para Alex com gratidão, antes de piscar e tudo sumir. Focalizei meus pensamentos, pensei em qualquer lugar longe da floresta, qualquer lugar fora da barreira e foi onde isso me levou. Em milésimos de segundo, eu e Lauren estávamos longe.
Quer dizer, não tão longe assim. Olhei em volta e vi que estávamos na entrada da cidade, Lauren estava quieta ao meu lado e eu quase sorri de alívio por estar fora daquela floresta imunda. “Bom, depois dessa, digamos que eu não ia mais fazer nada no campo por um bom tempo...” pensei de repente muito cansada e com o ar me escapando dos pulmões. Daí eu apaguei....
