Simplesmente um Amor Vol.2

Capítulo 5

Marcos

Minha cabeça explode quando levanto da cama. Droga, tenho que parar com essas malditas bebidas.
Esfrego os olhos e sinto algo se mexer na cama. Quando olho há uma ruiva nua e fragmentos da noite passada ressurgem na minha cabeça.

Respiro fundo e olho no relógio.
Merda! Estou atrasado.

-Ei - Chamo a ruiva que não lembro o nome. - Ei, acorde. Você tem que ir.

-hummm...- ela faz um grunido, mas não se mexe.

-Garota,você tem que ir embora. Levanta. - ela abre os olhos para mim e posso ver uma faísca de fúria neles.

-Qual seu problema? - ela senta na cama deixando o seios à mostra.

-No momento, você. - falo puxando seu braço e pegando o que parece ser roupa e sapato de mulher do chão. - Você precisar ir.

-O que ? Você só pode estar brincando, eu tenho que me vestir. - ela protesta quando já estamos na porta.

-Não se preocupe o corredor é um ótimo lugar para isso.

-Deixa de ser babaca. Você não pode fazer isso.

-Eu já estou fazendo. - dou um meio sorriso para ela entrego suas coisas e fecho a porta.
O olhar de surpresa dela com uma mistura de ódio até que é sexy, deve ter sido isso que me fez tranzar com ela. 

    Me visto o mais rápido que posso e saio correndo do apartamento até minha moto.
Em menos de dez minutos estou no campus.

Que bom, há vários aluno ainda na frente do prédio.

A medida que vou andando sinto olhares em mim, mas não dou a mínima.

   Assim que me aproximo do prédio onde minha aula de direito irá acontecer meus olhos reconhece os cabelos loiros como ouro parada conversando com um cara alto e moreno.

Quem é esse ?
Não me importo. Digo a mim mesmo.

    Todo meu interesse por Rebeca não passa de pura atração, isso está claro agora. Depois que ela me deixou na festa de formatura sem me permitir explicar nada decide que não iria me envolver com ninguém, seria apenas sexo e diversão com todas.

    Me arrependo de ter enviado ajuda a ela quando estava no hospital com minha irmã, mas o que eu podia fazer? Minha mãe insistiu que se eu não fosse ficar com Mili ao menos ajudasse em algo.
Ontem à noite quando a vi me senti um estúpido. Afinal o que deu em mim em tentar beijar a garota que nem se quer tentou me ouvir, apenas me ignorou por um mal entendido.

    Ainda olhando em sua direção fico tenso com a diminuição dos metros de distância entre nós.
Nossos olhos se cruzam quando passo do seu lado e ela vira o rosto.
Uso a feição mais inexpressiva que consigo.
Ignorando - a totalmente.

Entro no prédio.

Um garoto que conheci a pouco tempo, mas que agora não sai do meu pé está vindo na minha direção.

-I ae cara ?- ele se coloca do meu lado e começamos a andar juntos.

-Oi. -falo.

-Você acha que essa droga de palestra vai nos render alguns pontos na matéria? Porque eu realmente estou precisando. - ele fala enquanto andamos em direção às grandes portas que dão a sala de auditório da universidade.

-Não sei, mas espero que possa valer meu tempo. - falo seco enquanto procuro um assento longe.

-Nem me fale.- Não pensei que ele fosse se sentar perto de mim, mas estava errado. Sam senta-se em uma poltrona ao meu lado e ergue as pernas sobre as poltronas a frente. Com um sorriso estúpido no rosto ele se vira para mim e diz : - E como foi a noite ontem com pequena Sara? Ela é incrível, não é?