Capítulo 6

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Rebeca

Meu corpo para automaticamente quando ver Marcos com uma morena na porta do auditório. Ela está se jogando nele com risadinhas e mexendo no cabelo sem parar. Meu cérebro processa uma reprovação a garota, me deixando incomodada e querendo xinga - lá mesmo sei saber ao certo porque.
Engulo em seco, meu estômago revira ao ver ao ver a cena. Mas toda a sensação tensa aumenta quando os olhos dele para em mim. A feição dele muda e não consigo  decifrar. Quebro o contato visual e tento ter a maior calma que sei que não estou transmitindo para passar por eles.
Assim que as grandes portas fecham depois que passo o ar que eu segurava se liberta me deixando mais leve.
Volto ao meu lugar perto de Lucas sem dizer nada.

-Aconteceu alguma coisa? - A voz de Lucas sussurra no meu ouvido.

-Não. Esta tudo bem. - dou - lhe o sorriso mais sincero que consigo.

-Você parece tensa. - ele insiste.

-Já disse que estou bem. Obrigada. - tento não soar rude.

-OK.

Depois de alguns minutos as portas do auditório se abriram com um ranger que todos já estavam acostumado. Olho para ver quem era, mas já sei quem irá passar por elas.
A garota morena aparece primeiro com um sorriso pouco disfarçado no rosto, enquanto o homem atrás dela esta rígido e olhando na minha direção procurando algo. É como se ele já soubesse exatamente para onde olhar.

-Você conhece aquele cara ? - A voz de Lucas novamente me invade.

-Não é ninguém. - respondi tentando deixa-lo desinteressado.

-Ouvir dizer que ele mau chegou e já dormiu com metade da universidade.

Aquilo era novidade para mim.

-O problema é dele, não acha ? -fico irritada, não com Lucas, mas com informação que ele diz.

-Foi mal, não quis irritar você loirinha. - ele diz e me sinto mal por ter sido grossa, mas essa não é a hora nem lugar para fofocas, principalmente se o assunto de tal for Marcos Mils.

A palestra acabou e a multidão começa a se aglomerar na porta.

-Você pegou o que eu pedi? - Assim que entro no apartamento Mili pergunta.

-Olá para você também.

-Tá tá. - ela levanta do sofá. - Pegou ?

-Toma. - Jogo uma sacola para ela  - Espero que isso dê negativo para seu próprio bem.

Ontem à noite conversando como duas garotinha do colegial Mili e eu contamos coisas uma para outra bebendo vinho, estou ficando relativamente boa nessa coisa de beber, até ela dizer que acha que está  grávida. Meus pensamentos se tornaram um turbilhão em preocupações por ela. Mili diz não estar, mas só para ter certeza me pediu para compra um teste de gravidez para ela e concordei. Creio que se ela realmente estivesse grávida algum médico que cuidou dela naquele hospital teria detectado algo.

-Eu já disse que não estou.- ela diz indo ao banheiro.

-Você precisa de ajuda? - ofereço me lembrando da condição dela.

-Não estou invalida Rebeca.

-Iae, o que deu? - Lincon entra de uma vez pela porta me assustando.

-Droga! Bate na porta antes pelo menos. - levo a mão ao peito.

-Desculpa gatinha. - ele se aproxima e me da um beijo na testa. - Mas o que deu?

- Não sabemos ainda, ela acabou de ir ao banheiro.

-Para seu bem espero que isso dê negativo. Não estou pronto para ser o tio gay de alguém. - ele grita contra o corredor que da acesso aos quartos e direto ao banheiro.

Riu.

-Você é um idiota. Cale a boca. - Mili grita em resposta. Nunca vou me cansar deles.

  Lincon vai em direção a geladeira e pega uma cerveja.
Isso não é bom.

Me aproximo  do balcão que divide a sala da cozinha.

-OK. Ainda não almoçamos e estamos no meio da semana, qual o motivo da bebida alcoólatra a essa hora?- pergunto.

Ele respira fundo e solta o ar.

-Não sei se devo...- ele faz um suspense desnecessário. - Tá legal. Já comentei sobre o professor gatinho de umas das minhas matérias, não é?

-O que segundo você  tem uma bunda que deveria ser proibida de olhar ?

-Sim.- ele suspira como se lembrasse de algo. - Antes eu achava que era coisa da minha cabeça, mas agora tenho quase certeza que ele esta flertando comigo, e o pior é que eu prometi a mim mesmo que não me envolveria com ninguém. Mas aquela Bundinha fica dizendo :" Lincon, venha ate aqui e me aperte." - o modo como ele diz me faz cair em gargalhadas. - E hoje na aula, ele disse que gosta muito da maneira como eu me "ABRO" aos assuntos das aulas dele. O que eu devo pensar sobre isso ?

Não consigo me conter e mais uma vez riu.

- Sério que ele disse que você se abre ? - digo entre os soluços de risadas. Ele assente. - Bom, não sei se relações são permitidas entre alunos e professores. Então meu grande amigo, a não ser que você queira e que seja permitido por lei pelos regulamentos da universidade você pode aperta o quanto quiser aquela bunda.

Ele suspira mais uma vez.

- Não quero parecer desesperado então vou esperar o gostosão tomar a atitude. - dou leves tapinhas de consolação no seu ombro.

-É assim que se falar.

Após mais alguns segundo Mili aparece em silêncio na nossa frente com teste nas mãos.

Meu coração começa a acelerar ansioso pelo resultado.

-Bom... - ela para.

-Garota não me faça esperar- Lincon se levanta e toma a pequena caneta de teste da mão dela.

- Eu disse a vocês que não estava coisa nenhuma. - meu corpo relaxa instantaneamente. Mili começa a fazer uma dancinha da vitória irritante.

-Nunca mais nos faça passar por isso outra vez. Sua idiota. - Lincon a empurra levemente.

-Sua imbecil. - reviro os olhos para ela.

- Me desculpem. - ela diz entre risos. - Estou faminta, vamos logo comer algo antes que meu estômago como meu fígado.

-Depois dessa você paga. - Lincon diz.

Simplesmente  um Amor   Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora