Capítulo 8

21 2 0
                                    

Rebeca

O álcool deixava um gosto horrível na minha boca, mas foi á única maneira que achei para aguentar a presença de Marcos aqui e com aquela garota.

Eu não sei o que deu em mim.

Eu estava controlando a situação tão bem antes dele reaparecer, agora aqui estou levemente embriagada deixando um idiota qualquer passar a mão na minha coxa por baixo da mesa. O toque dele me causava arrepio, mas não de um jeito bom.

- Tudo bem por aqui ? - uma voz rouca diz em nossa direção.
E naquele instante eu estava arrepiada de verdade, porque eu conhecia aquela voz, e só ela, na minha vida inteira, me causou esse arrepio.

O cara que não me lembro o nome responde a pergunta que sei que era exclusivamente para mim.

E mesmo assim, mesmo com todo esse álcool dentro de mim, não me sinto em posição de controle quando o assunto é Marcos Mills, ou quando a presença é a de Marcos .

Não consegui responder, fiquei como uma idiota encarando ele.

Ele diz algo para o cara que está do meu lado frustrado pela interrupção de Marcos  -sinceramente, apesar de toda essa condição, agradeço a ele mentalmente pela interrupção - Marcos me pergunta novamente.

-Me-melhor do que nunc-ca.- droga de álcool. Minhas palavras saem totalmente confusas.
...

E aqui estou.

Derrotada.
Humilhada.
Envergonhada.

E todos os sinônimos possíveis para as palavras anteriores.

Marcos depois de brigar com o babaca que queria enfiar a mão em mim. Então estamos em frente à uma moto. Que acredito ser a que vi quando ele estava falando com Mili em frente ao nosso prédio.

- Eu não vou subir nessa coisa. - digo tentando ficar em pé.

- Eu já disse o que vou fazer se você não vier comigo, não disse ? - fecho a cara.

Ele continua idiota.  Um completo e gato idiota.

Mas o que ? Beca! Você está bêbada, não louca.

- Isso não tem segurança nenhuma. - cruzo os braços dizendo.

-Bem, se você se segurar em mim não tem por quê ficar com medo.

Sinto meu rosto queimar.

- De novo, vai se ferrar. - mostro o dedo do meio para ele.

Marcos sobe com uma simples agilidade  na motocicleta e o barulho do motor rugi em meus ouvidos.

- Vem.- ele diz me estendendo a mão.

Respiro fundo e subo ignorando sua mão estendida. Um sorriso convencido fica estampado no rosto de Marcos.
Reviro os olhos. 

Assim que ele da partida o susto me faz agarrar imediatante em sua cintura.

Sinto um frio na barriga, a questão é se ela vem da adrenalina ou do fato de eu estar novamente tão próxima de Marcos. 

O vento frio bate no meu rosto e leva meu cabelo para trás, me sinto um pouco enjoada no inicio, mas logo meu estômago se acostuma.

  Fecho os olhos para sentir a sensação do ar tocar cada centímetro da minha pele , me arrepio involuntariamente. 

Olho para cima e céu estava tão estrelado que não tinha percebido o quanto ele é  mais bonito aqui do que em Nova York, a lua esta minguante e me lembrava o sorrio do gato da Alice, sorriu com o pensamento.

Simplesmente  um Amor   Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora