The Plan

Ok, talvez eu não estivesse assim tão confiante sobre conversar com Billy. Ele era um caroço quando queria... Tinha medo dele ficar chateado e fazer algo contra mim, ou pior, contra os meus amigos... O que era bem provável.

Fiquei parada observando seus pôsteres e pensei uma coisa estranha, e se ele tivesse mais coisa escondida em algum lugar? Me levantei e a primeira coisa que fiz foi abrir seu armário e bingo.

Tinha uma foto do Christopher Atkins, do filme Lagoa azul, ele tem até um bom gosto; Um pôster grande do caralho, que cobria maior parte da porta do seu armário, do Timothy Dalton. Billy viu The Living Daylights milhões de vezes, agora estava explicado; E, claro, não podia faltar, a imagem do ator que ele sempre foi gamado, mas eu só percebi agora, porque sou uma burra: Tom Cruise. Não tinha só uma, tinham varias. Fotos de Polaroid's, recortes de revistas... Tive que prender meu riso, porque eu estava prestes a gargalhar.

    E nessa minha euforia, não escutei o barulho do motor e nem da porta. Quando fechei o armário, dei de cara com quem? Exatamente. Billy.

    Meu corpo gelou, eu fiquei apavorada, mas lembrei que eu era a pessoa que estava por cima, eu tinha as informações que poderiam acabar com a reputação de galinha dele.

    Ah, esqueci de mencionar, mas eu peguei minha polaroide e tirei umas 5 fotos, por garantia, do site no computador. Se ele tentar alguma coisa, ele está ferrado.

    Billy me olhava com confusão e raiva, mas eu apenas me sentei em sua cama e dei um sorriso sarcástico.

    — Voltou cedo, irmãozinho. — Incrível como eu podia mentir tão bem, anos de prática. Por dentro eu estava queimando e todos meus membros tremiam, eu sabia que se ele me desse um empurrão, me quebrava todinha. Eu sou magra, pequena e ele é forte e bem mais alto, disso eu não posso negar e nem mudar. Mas eu sou a inteligente.

    — Mas que porra você está fazendo no meu quarto? — Ele disse rispidamente, enquanto tirava os cabelos loiros da frente do rosto. Vestia uma regata azul e uma calça jeans escura colada. Calça que, adoraria ressaltar, era ridícula.

    — Acho que você deveria falar melhor comigo... — Digo calma. Me levanto e passo a mão pelo computador. Eu estava disposta a fazer meu irmão ficar calmo, queria que ele confiasse que poderia ajuda-lo. — Eu quero conversar umas coisas com você.

    — Eu não tenho tempo para conversinha. Saia do meu quarto, agora! E não mexa nunca mais no meu guarda-roupa! — Gritou a última frase, me fazendo tremer na base, mas não perdi a compostura.

    — Senta. Agora. — Falei da forma mais madura que consegui. Eu tinha acabado de fazer 14, precisava ser mais firme. — Eu sei coisas sobre você e, se você não quiser que todos saibam, melhor você calar a boca e apenas me ouvir.

    Deu pra perceber que ele recuou. Quem não tem nada a temer não faria aquela cara de bosta que ele fez. Cara essa que, em cores coloridas e piscando como luzinhas de natal, estampava na testa: "fui pego."

    — O-O que você está dizendo, Maxine? — Deu uma escorregada básica no começo e gaguejou. Estava ficando com medo e era isso mesmo que eu queria.

    — É Max. — O empurro pra cama, fazendo-o sentar e ele o faz sem reclamar, Billy sabia do que eu estava falando. — Eu queria usar algo contra você pra fazer você me deixar em paz. — Fui direta e ele não pareceu nem um pouco surpreso. — Vim a procura de alguma coisa e aproveitei pra mexer no computador. Você deixou sem senha e com um site aberto.