the soul healer

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Louis



Harry me olhou com seus olhinhos cheios de lágrimas e então concordou.


- Meu mundo desmoronou e eu preciso que você o arrume novamente.


Levei Harry até a sala, o sentando no sofá e fui até a cozinha. Peguei um copo de água gelada e trouxe para ele.

Ele pegou, tomou um gole e respirou fundo, tentando se acalmar. Me sentei ao seu lado.


- O que aconteceu?

- Minha vida acabou.

- Pelo menos você teve uma boa vida.

- Louis, eu nem cheguei aos trinta!

- Eu disse boa, não longa.


Harry segurou um pequeno sorriso e então passou a língua sobre seus lábios, começando a falar sua história.

Cada vez que Harry terminava uma frase, eu ficava com mais e com mais raiva do Gary, mas tentei me manter neutro por ele.

Styles deixou bem claro como precisa que eu melhore seu humor essa noite, como se eu fosse a única pessoa capaz de tal feito.


- Ele parecia gostar de você.

- Acho que ele aprendeu a gostar, enquanto executava seu plano.

- Não fala assim. Você não é o tipo de pessoa que "se aprende a gostar". Você é incrível, doce e... Fala sério, Harry. É a melhor pessoa que já conheci.


Ele sorriu, apertando seus olhos e deixando uma lágrima cair. Eu estiquei a manga de minha camiseta e então sequei sua lágrima com ela.


- Você sempre me cura, Louis. Como tem esse poder sobre mim?


Abracei Harry, tentando juntar todos os seus cacos e os grudar novamente com aquele abraço. Eu esqueci de tudo que havia pensado na noite anterior. Eu não estava mais bravo ou chateado. Pelo menos não com Harry.

Ele foi a vítima dessa história toda. Se apaixonou por um idiota que só estava o usando e então quando se deu conta de seus sentimentos por mim, eu estou em um relacionamento.

Eu perdi a conta de quantas horas ficamos abraçados no sofá, enquanto eu tentava fazer com que Harry não se sentisse vazio.

Era quase meia-noite quando ouvi barulho de carro do lado de fora da casa. Fui até a janela, vendo um táxi e Molly, que tirava suas malas do mesmo.


- O que Molly faz aqui tão cedo?

- Eu... Eu deveria ir embora.

- Harry, não precisa. Pode ficar se quiser.


Harry deu um sorriso sem graça.


- Meu namoro acabou, eu não preciso estragar o seu também.


Ele pegou seu casaco e então saiu pela porta dos fundos, enquanto eu apenas esperava Molly entrar.

Eu me sentei no sofá, calmo, mas minha plenitude foi estragada quando Molly cruzou a porta com suas malas, enquanto chorava.


- Mol? O que aconteceu?


Corri até ela, pegando suas coisas e as deixando encostadas no canto da sala, ela foi direto ao banheiro.


- Molly!


Ela afundou seu rosto na pia, o lavando e então demorou um pouco para finalmente olhar para mim.


- Molly, achei que chegava em alguns dias. O que aconteceu? Elas foram más com você?

- Não, elas foram ótimas. Eu só não estava conseguindo conviver comigo.

- O quê?

- Louis, antes de tudo, eu sinto muito. Sei que devia ter te contado antes, mas tive medo de te perder. Só que não é justo eu guardar isso só pra mim.

- Molly, tá começando a me assustar.

- Gary e eu nos beijamos, aquele dia, na trilha.

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