the punch

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Harry.


Acordei com meu celular vibrando no chão. Eu saí dos braços do Louis com cuidado e peguei meu celular. Era o Gary.

Atendi ansioso, é Gary do outro lado, curto e grosso, com poucas palavras me disse que foi viajar em trabalho por três dias e que eu podia ir em seu apartamento buscar minhas coisas enquanto ele estivesse fora.

Desliguei o celular e dei de cara com Louis, que havia acordado e esfregava seus olhos, sonolento.



- Tá tudo bem? - Ele perguntou.

- Gary pediu pra eu tirar as minhas coisas do apartamento dele.

- Poxa, Harry. Então acabou mesmo? Vamos lá, eu te ajudo com suas coisas.

- Obrigado.


Louis se levantou, lavando o rosto e então fomos para seu carro. Eu peguei a chave que tenho do apartamento de Gary e assim que chegamos, subimos.

Haviam várias caixas de papelão vazias encostadas em uma parede. Gary realmente pensou em tudo.

Coloquei uma música em meu celular, tiramos nossos casacos e então comecamos a pegar minhas coisas.

Praticamente metade das coisas do apartamento era minhas. Tinham roupas, calçados, cremes, perfumes, taças, pratos, cobertores... De tudo um pouco.

Passamos o dia todo colocando minha coisas dentro de caixas, e enquanto eu terminava a cozinha, Louis simplesmente sumiu no quarto.

Assim que fechei a última caixa, fui até o quarto, encontrando Louis deitado, dormindo. Eu sorri com a cena e me deitei ao seu lado.


xx 



Quando acordei, Louis já não estava mais na cama. Me levantei, o achando na cozinha. Onde ele preparava o café da manhã.


- Ei, eu achei que não iríamos nos vingar de Gary, Louis.

- E não vamos?

- Então por que está aí tentando queimar o apartamento?

- Ha-Ha! Mais uma piada e fica sem ovos mexidos.



Louis disse nervosinho e então eu fiquei quieto, e me sentei no balcão, o assistindo terminar o café da manhã.

Depois que comemos, fomos levando as caixas lá pra baixo. Louis havia alugado um caminhão de mudanças.

O caminhão estava ocupando metade do portão e garagem do prédio de Gary, então tentávamos ser rápidos.


- Olha, depois que levarmos tudo pra sua casa, vamos sair pra beber.


Louis falou eufórico e eu ri.


- Pode deixar, senhor alcoólatra.

- Ai, cacete! Filho da puta! - Louis gritou, derrubando a caixa que carregava.

- Louis! O que foi?



Perguntei, soltando a minha caixa e indo até ele. Ele segurava sua mão esquerda, que sangrava.



- Eu me cortei.

- Caramba, foi fundo. Espera aí! 



Eu subi correndo, de volta ao apartamento de Gary. Entrei no banheiro, procurando o kit de primeiros socorros e então desci, também correndo.

Quando cheguei na calçada, vi Louis gritando com um homem que estava saindo do carro.


- Tira o caminhão!

- Já vou, porra!

- Louis, o que tá acontecendo?

- Aí! - O cara gritou, indo na direção do Louis.- Dá pra você e a bicha do seu namoradinho tirarem a porra do caminhão da frente?


Não tive tempo de falar nada antes do Louis voar em cima do cara, o acertando um soco, e então o cara o acertou um soco de volta, umas três vezes mais forte, e Louis caiu no chão, desacordado.

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