3: Wildfire

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Olá pessoal, vim aqui muito pedir para vocês me ajudarem a fazer essa ficar crescer. que eu sei o poder de vocês nesse site haha. Eu agradeceria muito se isso se tornasse realidade♡♡ amo vcs desde já///

***

Ligo o chuveiro, espero a água encher a banheira. Thomas está sentado no chão. Eu só consigo pensar em quanto tempo vou levar para limpar o chão do andar de baixo, sem que minha mãe acorde. Sonya e Ben ainda não chegaram e espero que demorem um pouco mais.

— Está boa. — Passo a mão na água para testar a temperatura que já está agradável. — Eu vou ter… bom, tirar sua… você sabe.
Pego Thomas pelo tronco e o coloco sentado na beirada da banheira. Me ajoelho para ficar da altura dele e tiro sua jaqueta, que estava completamente rasgada. Seus olhos encaram o chão, apáticos.

Sua blusa branca está manchada de sangue e suja de terra, também rasgada. Posso ver seu peitoral definido que está quase em carne viva.

Minhas mãos começam a tremer quando tocam no botão de sua calça. Minha respiração começa a ficar falha e meu coração acelera.

Com muito cuidado abro o pequeno o zíper e, aos poucos, vou tirando sua calça. Olho para cima, mas Thomas continua olhando para o chão.

Não consigo impedir meu olhar para o volume na cueca dele, me desculpo mentalmente.

— Não vou fazer isso. — Termino de tirar sua calça e sento-o na banheira. — Está muito quente?

Thomas nega com a cabeça.

“Eu vou até a cozinha pegar um copo, tente não se mexer demais.”

Sacudo as mãos para tirar o excesso de água e saio do banheiro. Fecho a porta com cautela e espero um pouco, na esperança de ouvir minha mãe acordar. Com sucesso, não escutei nada.

Desço as escadas, observando as marcas de sujeira no chão. Pego o celular no bolso, 2:15am. Tenho até às cinco para deixar a casa impecável e esconder Thomas.

Abro o armário e pego uma xícara funda de plástico. Subo novamente e vou direto para o banheiro.

Thomas está na mesma posição que eu o deixei, mas percebo um detalhe a mais no chão. Sua cueca.

— O.k. — Suspiro.

Um sorriso começa a se formar no canto da boca dele. Talvez não estivesse tão mal assim.

Me ajoelho novamente, ergo as mangas do casaco e afundo xícara na água, que já está com uma coloração marrom.

Despejo a água em seu rosto, Thomas contrai o corpo, interpreto como uma forma de dor. Um pouco da sujeira e o sangue saem. Vejo uma cicatriz surgir, ela começa na testa e termina em sua bochecha. Como ele não ficou cego?

O ferimento começa a sangrar novamente. Eu entro em pânico. Thomas continua com sua expressão indiferente.

— O que eu faço? — Pergunto, esperando alguma resposta decente. Nada além de um gemido. — Fique aqui.

Novamente sacudo as mãos para tirar o excesso de água e me ponho de pé. Vou até a porta, observo o movimento do corredor. Tudo limpo. Desço mais uma vez, mas agora vou até o porão, deve haver algum pano aqui que eu possa usar como compressa.

Abro a porta e engulo em seco ao encarar aquela escuridão. Fecho os olhos, respiro fundo e vou.

Os degraus de madeira rangem a cada toque que recebem dos meus pés, cada rangido é um batimento a menos que meu coração dá.

Minhas mãos começam a se mexer no ar procurando o interruptor que liga a luz. Todo esse escuro me deixa sem ar, é como se eu dependesse da luz para respirar.

Algo chama minha atenção, dois pontos vermelhos bem ao fundo. Eles têm um leve brilho, e me encaram como dois olhos furiosos. Minhas mãos tremem, minhas pernas falham e ameaço cair. Desisto do pano e volto correndo para o andar de cima.

Um grito assustado escapa, e sinto meu coração parar quando Sonya esbarra comigo, fazendo com que seu nariz viesse direto na direção do meu peito.

— Por que o susto, Newt? — Ela acaricia o nariz com uma mão, enquanto usa a outra como apoio na parede.

— Na-nada. — Dou meu sorriso mais convincente para a ocasião.

Sonya franze o cenho e conclui:

— Tudo bem — ela tira a blusa de frio e pendura no cabideiro ao lado da porta que leva ao porão —, vou para o quarto.

— Não. — Discordo instantaneamente. — Não está nada bem.

— Do quê…

— Sonya você não pode subir, eu derramei bebida por todo o quarto e estou tentando limpar. — Interrompo-a.

— Eu preciso conferir isso. — Ela ameaça subir, mas eu seguro seu braço.

— Você não vai querer ver. — Sussurro.

— Por quê? — Ela me estuda com os olhos semicerrados.

Levo a mão até a cabeça e respiro fundo.

— Você pode… — Sinto raiva de Sonya, talvez seja porque Thomas ainda está sangrando lá em cima e eu não estou podendo mover um dedo — apenas ficar aqui em baixo. Por um tempo.

Ela revira os olhos e finalmente cede:

— O.k. — Ela checa seu celular. — Você tem até às três.

Não a respondo, subo as escadas correndo e, quando chego no corredor, paro. Aquela cena me assusta e me fascina ao mesmo tempo.

Thomas estava de pé bem na minha frente, sua expressão ainda era cansada, porém não havia mais cicatrizes em seu corpo.

E que corpo. Mais uma vez não pude deixar de olhar para àquela região. Estava tão… não estava mais machucado.

— Thomas?

— Me desculpe, Newt. — Ele se aproxima. — Eu não queria te preocupar.

— Do que está falando?

— Eu estou bem, juro.

— Mas você…

— Eu sei, só peço que esqueça o que viu, o que importa é que estou bem. — Ele percebe que está sem roupas e cobre o membro com as mãos. — Estou aqui, e estou bem.

— Mas como…

— Newt — Thomas se aproxima —, eu peço desculpas. Mas isso é para o seu bem.

— Thomas…

Ele fecha sua mão e me acerta com um soco. A última coisa de que me lembro é da dor que senti na cabeça após atingir o chão.

Running With the Wolves (Newtmas Fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora