Capítulo 7

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Capítulo 7

Meus olhos fitaram o chão, eu ainda processava tudo o que Daniel havia me dito, como eu salvaria toda uma raça? Como poderia proteger aqueles que amo e ainda assim terminar o ensino médio? Me joguei para trás e cai com a cabeça no travesseiro, aquilo não podia ser real. Todos os dias eu acredito menos em tudo o que está acontecendo.

Madeline era minha tia, em nosso corpo corria o mesmo sangue, ainda assim, ela me queria morta.

− Então é isso? Eu agora tenho que lutar com seres malditos, porque a minha tia mimada não aceita que eu sou mais poderosa que ela? – Eu disse bufando. Dan sorriu e se deitou ao meu lado.

− Bom Chris, sua tia tem certa dificuldade em perder. Ela não aceita muito bem, nunca aceitou. Talvez ela precise de terapia. – Rimos com sua piada. Logo o silêncio nos rodeava.

− O que vamos enfrentar? – Perguntei enlaçando nossas mãos.

− Eu não tenho ideia Chris. Mas seja o que for, enfrentaremos juntos.

Ele acariciou meu rosto e me deu um selinho, me encostei próxima o bastante de seu peito e pude ouvir seu coração, eu amava aquele som. Acabei dormindo.

Acordei e Daniel não estava mais lá, eram três e vinte cinco da manhã. Ouvi um barulho vindo da janela e fui ver o que era. Olhei para fora e não vi nada. O céu estava bonito, decidi então pegar a câmera para fazer uma foto das estrelas. Quando fui em direção a mesa, ouvi um grunhido, era um som horrendo. Me virei e uma sombra pulou do lado de fora em minha direção. Gritei ao senti-la me tocar, meu corpo bateu no chão de madeira do quarto e foi arrastado, agarrei o lençol da cama e clamei por socorro.

− Daniel! – Eu chamei por instinto, na esperança de que ele pudesse ouvir.

A sombra me segurou forte pelos ombros, eu não aguentaria segurar por muito mais tempo.

− Me solte! – Gritei. – Me solte seu demônio horrível.

Quando minhas mãos se soltaram fui arremessada janela a fora, quando cai ouvi um estalo em meu braço, tive certeza que havia se quebrado, a dor era grande, mas meu medo era maior. Consegui por um minuto me levantar e correr, mas ela me alcançou, me empurrou forte contra o chão e me virou para que ficássemos frente a frente. Seu rosto foi tomando uma forma horrível, pude então ver que era uma mulher. Ela parecia um zumbi, havia grandes buracos em sua pele, era extremamente horrível.

− Me deixe em paz, por favor! – Eu chorava e gritava como uma criança.

− Solte-a! – Ouvi a voz de Daniel e a criatura horrenda foi em sua direção.

− Corre Dan! – Eu gritei, mas ele me ignorou. Simplesmente olhou para ela, que parou, pronunciou algumas palavras e ela se contorceu até fugir para longe e desaparecer.

Nesse momento eu deitei minha cabeça na grama e gritei como uma descontrolada. Senti os braços de Daniel em mim e deixei que ele me segurasse.

− Já passou, ela já foi embora. – Ele tentava me acalmar acariciando meu cabelo. De repente tudo ficou escuro.

Acordei no hospital com meu braço imobilizado, medicamentos na veia e minha avó sentada ao meu lado.

− Vovó?

− Querida, você acordou. Você me deu um susto, trocaremos o piso da escada assim que voltarmos, não quero que se machuque de novo. – Ela acariciou meu rosto.

Em Busca do OcultoWhere stories live. Discover now