Cap 5 - Viagem a New York

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Terminei de arrumar tudo. Então comecei a observar o quarto. Fazia apenas alguns meses que havia me mudado pra cá, e tantas coisas aconteceram... coisas simples, mas principais. Me recordo das noites sem dormir pensando quando eu teria uma melhor amiga, na qual eu confiasse a ponto de contar meus segredos mais profundos, como seria ter a companhia de alguém para beber? De alguém como ombro amigo quando o menino que eu gosto nem me notasse? Tá certo que nunca me apaixonei, mais como seria? Aliás, como seria se apaixonar? Nesse momento surge Gustavo em minha mente... ele tem o sorriso tão bonito... é tão gentil, cuidadoso... mesmo tendo escondido praticamente tudo sobre mim, eu não conseguia odia-lo, claro que eu estava chateada, mas nada mais. Pensar nele me dava um friozinho bom na barriga.
-Não! Não Camille! - repetia pra mim mesma. Peguei as duas malas que tinha preparado, não era tanta coisa, desci as escadas, as malas estavam meio pesadas então saíram rolando a escada mesmo! Não me dei o trabalho de correr atrás.

-Meu Deus pelas barbas de Merlin, Camille! - Gustavo chega assustado - achei que você tinha rolado pela escada!
-Obrigada por me chamar de gorda Gustavo!
-Não tenho culpa se você come feito porco. - disse ele em tom de gozação, sorrindo. E que sorriso.
-Obrigada mais uma vez Gustavo - disse mandando um olhar intrigador.
Ele apenas riu. Ele me ajudou com as malas e as levou pro carro. Minha tia estava fechando a casa, depois do que disse sobre meu tio, acho que a magoei.
-Tia - cheguei nela, a chamei de tia mesmo, depois que soube que minha mãe pode estar viva, simplesmente não consigo mais - Me desculpe pelo o que eu disse, só estou um pouco assustada.
-Não tem problema filha, sei que está passando por um momento difícil, e que sua mãe pode estar viva...
-Por que nunca a procuraram?
-Por que, achamos que depois de encontrá-la você nos deixaria por ter escondido isso de você e...
-Jamais os deixaria, vocês me acolheram, cuidaram de mim como sua própria filha, devo minha vida à vocês. Eu te amo tia.
-Também te amo minha querida. - disse dando um beijo em minha testa.
Ela fechou a casa e entramos no carro.

-Gustavo! E os seus pais? Me esqueci completamente deles!
-Ele já estão em Gold Orchids. Eles são reis do reino de Canterville.

-E então, disse que teríamos que ir a Nova York?
-Exato. - Gustavo estava dirigindo, eu estava no lado do ajudante e minha tia no banco de trás. A viagem foi longa e deprimente. O silêncio reinava, ninguém dizia uma palavra.
-O que vai acontecer se encontrarmos minha mãe ou ela saber de mim e quiser voltar? - pergunteu quebrando o silêncio.
-Como sua mãe fugiu, e seu pai se aliou a Valentina, ela perdeu o direito do trono, portanto você é a herdeira.- Gustavo explicou.
-E se ela, digamos, "Me quiser de volta", o que eu faço? A perdoô? - o que eu faria?
-Isso é sua decisão. - Gustavo.

Bom, por um lado ela tentou me proteger, mas pelo outro ela me abandonou e fugiu. Talvez a perdoasse, ela não teve culpa, e eu também não a conheço, seria uma chance de recuperar o tempo perdido. Mas por que ela me deixou? O que teria acontecido? Poxa sou filha dela... nenhuma mãe abandona seu filho...

-Chegamos ao aeroporto. - Gustavo disse me tirando dos meus pensamentos.
Chegamos ao aeroporto, pegamos as malas e fomos nos sentar para esperar o vôo. Depois fomos para a praça de alimentação. Eu já tava verde de fome, Jesus. Chegamos lá e pedimos lanches, eu comi dois X-Tudos (que foi? Um ser humano precisa se alimentar) e uma coca.
-Senhores passageiros, o vôo para Nova York sairá em dez minutos, por favor, embarcar. - disse uma mulher.
-Bom vamos lá!- minha tia disse, ela obviamente não estava feliz.
E eu também não estava muito. Chegando lá eu teria que treinar, combater uma guerra, e depois governar um reino que mal conhecia, fora o fato de que iria encontrar minha mãe e meu pai (vou procurar meu pai também obviamente) e lutar contra minha "paixonite" pelo Gustavo, sim, eu realmente estava sentindo algo por ele, mais ele não sentia o mesmo. A aeromoça estava vindo, então resolvi pedir comida (NÃO ME JULGUEM). Chamei a atenção dela.
-Precisa de alguma coisa senhorita? - "senhorita"? Por favor né.
-Por favor me chame de Camille. O que tem para comer? - sua expressão mudou repentinamente, de feliz e educada para surpresa e assustada. - O que foi?
-Camille Turner? - ela parecia que ia ter um treco! Pera pera pera como ela sabia meu Nome?
-De onde me conhece? Não lembro de você.
-As suas ordens majestade. - ela sorriu. Pera o que? Isso aconteceu mesmo? Eu tava sem reação então só sorri. - Obrigada, pode me trazer um X-Salada e um Milk Shake?
-Claro majestade, com licença. - ela se retirou. Cara, sério, aquilo foi tipo MUITO bizarro. Majestade kkkkkkkk vê se pode. Gustavo estava sentado do meu lado, só quando ele se pronunciou que percebi que ele tava ali kkkk.
-Ela é uma das feiticeiras dos reinos vizinhos, e além do mais, você precisa se acostumar com todos te chamando de "majestade" e te reverenciando- disse ele e eu dei pulo de susto.
-AAIII GUSTAVO, que susto mano, por que não me avisou que tava aí?
-Por que achei que você tinha olhos kkkkk - ele disse dando risada, idiota mesmo - aí, depois que chegarmos lá vou te levar para conhecer Nova York, e uma cidade muito foda.- realmente Nova York por fotos parecia ser muito top.
-Não sei... - aí o fdp (desculpe o palavrão, mais ninguém é perfeito né caro leitor?) vai e me faz um biquinho fingindo ser uma criança de cinco anos fazendo birra.
-Vaaaiii pooorr favooor...
-Tá tá, eu vou conhecer Nova York com você kkkkk relaxa aí. - MANO ELE É MUITO LINDO. Só então percebi que seus olhos eram azuis.

O lanche e o Milk Shake chegaram, eu comi e acabei adormencendo escutando nos fones "Ela só quer paz" do Projota. Música linda do cara***. Acordei algumas horas depois com Gustavo me cutucando.
-Ei babona, acorda aí, chegamos.- eu tava deitada no ombro dele, realmente eu tava babando mais não assumi né kkkk.
-Babona seu...
-Olha a boca suja! - ele disse colocando seu polegar na minha boca. TÁ LEGAL EU ASSUMO, senti meu coração acelerar naquela hora, nossos olhares se encontraram e ficamos nos encarando. Ele foi se aproximando e encarava minha boca, talvez eu estivesse delirando por causa do momento, mais acho que ele queria mesmo me beijar.
Minha tia nos interrompeu. POXA TIA JUSTO AGORA?
-Chegamos filh... Opa opa opa, to atrapalhando alguma coisa? - ela dá um sorrisinho tipo "aaahh safadaaa" kkkk
Saímos do avião, pegamos as malas e pegamos um Uber.
-Where we go? - o motorista pergunta.
-Times Square, please. - tia gih (de Gisiane)
- Okay.

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Gente desculpa aí o Cap longo kkkk mais é muita coisa mesmo, e os modos de Camille falar, eu mudei um pouco pra parecer uma adolescente mesmo tava muito formal kkkkk as surpresas não estão nem na metade ainda então relaxem kkkk
Não esqueçam de votar e comentem o que acharam do livro, tbm to aberta a sugestões! Por favor compartilhem com todos aí, famílias e amigos!!!
Obrigada e fiquem com o próximo Cap, vai ser muito fofo kkkk

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⏰ Última atualização: Feb 19, 2018 ⏰

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