Cap 2 - O jantar

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Depois de tomar banho, não sabia o que usar, então peguei um vestido preto, e um salto da mesma cor, soltei meus cabelos loiros, passei um batom cor de boca, e um perfume que tinha ganhado da mãe (tia).

Estava pronta pra aquele jantar idiota. Quando estava prestes a abrir a porta, minha mãe me chama:
-Camiiii, desça os convidados já chegaram!!
-Too indoo.
Abri a porta, fechei, e desci, a escadaria de casa dá direto na sala. Quando eu tava descendo parecia cena de novela (😂), todos os olhares em mim. Mais aí quando estava no antepenúltimo degrau, acabei tropeçando, quando to prestes a tocar o chão, dois braços fortes me seguram, quando eu olhei, era ele! Como assim ele era o novo vizinho?
-Aaaii, me desculpe Gustavo.
-Imagina, se não fosse eu teria sido o tombo da história. - ele fala dando risada.
Cumprimentei todos, ele morava com os pais, O sr. Arthur e a sra. Sophia, e o irmão dois anos mais velho, Lucas.
Jantamos todos, e os nossos pais estavam conversando.
-Então sra. Jones, onde moravam antes de se mudarem para cá? - disse minha mãe puxando assunto.
-Por favor me chame de Sophia. - uma sorri pra outra. - então, nós moravamos na Espanha, nos mudamos pra cá para ficarmos mais perto da família, toda nossa família mora aqui.
-A que bom, imagino que tenha sido meio difícil para Gustavo deixar a escola que estudava, não?
-É... ainda está meio difícil, mais hoje na escola nova já conheci uma amiga. - ele olha pra mim que fico vermelha, ele sorri, e eu sorrio também. - Conheci a Camille hoje na escola, ela me mostrou toda a escola, e me acompanhou no intervalo.
-Que bom meu filho, e que bom que vocês já se conhecem.
Terminamos o jantar, e nos despedimos. Quando fui me despedir de Gustavo, ele disse no meu ouvido enquanto eu o abraçava:
-Você está linda. Seria pedir muito se pegasse seu número? - percebo um sorriso.
-Obrigada, e claro que não.
Passo meu número, terminamos de nos despedir e foram embora.
-Até que enfim! - falo subindo para meu quarto.
Graças a Deus amanhã é sábado, então posso dormir o dia inteiro. Deito na minha cama de novo vem aquele sonho na minha cabeça, aquela mulher... me parecia estranhamente familiar... de repente uma pedra e arremessada do lado de fora bate na minha janela me tirando dos meus pensamentos. Corro ver o que é, a janela do meu quarto é de frente com o quarto do Gustavo! Ele faz um sinal pra mim esperar, apoio os cotovelos na janela e espero. Logo ele aparece de nov com papel e caneta.
-Quer dar uma volta? - estava escrito no papel. Corri pegar um caderno e caneta e escrevi:
-Não posso, meus tios vão me matar depois! Está tarde!
-Por favor, prometo que vai ser rápido!
-Tudo bem. Me espera no Jardim da minha casa daqui 10 minutos.
-Ok.
Fecho a janela, troco de roupa, coloco um shorts jeans, uma regata solta, e um tênis. Desço pé por pé para não acordar ninguém, abro a porta, saio e fecho, e lá está ele me esperando.
-Vamos? - ele pergunta.
-Claro. - digo dando um sorriso, ele retribui.
Andamos um pouco, e entramos em uma floresta que tinha perto.
-Quer apostar uma corrida? - digo quebrando o silêncio.
-Por que? Tá afim de perder? - ele diz desafiador.
-Agora! - grito e começo a correr. A coisa que mais gosto de fazer além de estudar e ler, é correr. Estava correndo rápido, e ele estava à uns dois metros atrás de mim, quando vejo um lugar mais claro no meio da floresta. Paro de repente e ele me dá um encontrão.
-AAII Gustavooo, presta atenção!
-Me desculpe, mais você parou do nada! - ele diz choroso.
-Olha ali! - E aponto pra claridade.
-Fique aqui vou ver o que é, e se eu mandar você correr, você corre.
-O que? Tá ficando louco? - não poderia deixar ele ir sozinho.
-Promete que vai fazer o que falar, promete! - ele diz sério.
-Não posso prometer algo que não vou cumprir!
-Prometa!- ele fala ameaçador.
-Tá, tá.
Ele vai devagar enquanto eu me escondo atrás de um tronco que estava caído. Ele entra claridade, e tinha uma cabana lá, ele entra, devagar, quando escuto vozes.
-O que você está fazendo aqui sua louca! - Gustavo fala gritando.
-Estou fazendo uma coisa que deveria ter feito a muito tempo! - era uma voz de mulher, parecia ser um velhinha, o que estava acontecendo?
-Chegou a hora de acabar com isso! - A velhinha grita, e sai da cabana.
-Cadê a garota! Eu sei você está ai! Saia imediatamente atrás desse tronco Camille! -Ela me achou, mas como? Como ela sabia meu nome?
Continuei que nem uma estátua atrás do tronco e fecho os olhos com força. A velhinha para do outro lado do lado tronco, diminuo minha respiração na esperança de que ela não me visse ali, estava escuro. Ela me olha, olha de um lado para outro, mas não vê nada. Espera. Como isso aconteceu? Atrás dela escuto voz de Gustavo, e ouço barulho do que devia ser correntes, ele estava... preso? Impossível, foram questão de segundos!
-Cami corra! - ele grita desesperado.
Me levanto e começo a correr. Espera. Não posso deixá-lo! Paro de repente e olha para trás. A velhinha estava me procurando só ai então a velhinha me vê. Como assim?
-Não posso te deixar Gustavo! - Não podia deixá-lo.
-Vá, logo estarei com você!
De repente uma bola de fogo vem em minha direção, não sei o que fazer, cobri meu rosto com as mãos, e comecei a chorar, de repente a bola de fogo sumiu! É, sumiu!
Então corri para fora da floresta, e me sentei na guia da calçada, com o rosto entre as pernas chorando. Então repriso o que acabou de acontecer. Espera! A velhinha! Era a parteira do meu sonho! A cabana também! Meu Deus! O que está acontecendo? Senti ele me abraçar.
-Quem era ela? Como surgiu aquela bola de fogo? O que ela...
-Eu calma! Todas as suas perguntas um dia serão respondidas. - ele diz calmo, como se nada tivesse acontecido.
-Aquela velha, eu tive um sonho noite passada, uma mulher estava dando a luz e aquela velha era a parteira!

Camille: A Escolhida Onde histórias criam vida. Descubra agora