Capítulo 9

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Nos túneis dos esgotos de Greenhills todos os comandantes dos rebeldes foram chamados por um convidado anônimo. Os líderes rebeldes desconfiaram de ser uma armadilha então mandaram batedores para averiguar os túneis primeiro. Eles voltaram e informaram os chefes que o anônimo tinha apenas dois guardas e que tem uma informação que interessaria muito aos rebeldes.

Rhons, o chefe de uma das facções caminhava pelo túnel oeste escoltado pelos dez melhores guardas que tinha. Os túneis estavam escuros naquele começo de noite. Os ruídos dos animais asquerosos dos esgotos ecoavam ao fundo, o cheiro de lixo e merda era terrível.

Aquele se tornou um lugar comum para todos os rebeldes. Rhons havia se acostumado com aquele lugar. Conhecia todos os túneis de Greenhills, ali era o único lugar seguro para reuniões. O comandante rebelde se lembrou das batalhas entre facções ocorridas ali. Ele nunca gostou das batalhas, achava totalmente desnecessário, acreditava que as outras facções podiam ser aliadas.

Eles viraram à direita e depois à esquerda nos túneis escuros, depois entraram no duto principal. Os outros comandantes rebeldes já esperavam no duto, no centro havia uma figura encapuzada, nenhuma arma aparente, mas Rhons e os outros líderes não tinham dúvidas de que por baixo do manto escuro o sujeito devia estar armado até os dentes. Os dois grandes guardas também ocultos que o escoltavam também deveriam estar. Os rebeldes observaram Rhons chegar. Ele se posicionou ao lado de Ernews, comandante de outra facção. Nunca houveram conflitos entre eles, mas ainda sim eram rivais.

Os líderes se cumprimentaram e olharam para frente, onde os sujeitos encapuzados estavam.

Todos naquela câmara se silenciaram quando o primeiro encapuzado, o da esquerda, falou:

- Rebeldes de Greenhills, vocês lutam pela igualdade correto? – a voz era gutural, forte.

- Sim, lutamos pelo fim da fome, pelo fim da riqueza extravagante, muitos de nós perderam parentes, amados e passamos necessidade alguma vez na vida, enquanto aqueles ricos arrogantes usurpavam os produtos que trabalhávamos tanto para conseguir. – disse Rhons.

- Também sou a favor disso. – respondeu o sujeito do meio, com uma voz diferente, estranha. – Se todos lutam por isso? Por que não são unidos?

- Divergimos em algumas... opiniões... – Respondeu Ernews.

- Para pessoas que passaram fome, vocês dois falam inacreditavelmente bem. – Sorriram os encapuzados.

- Quem se junta aos rebeldes, pode ter acesso aos livros.

- Tenho uma informação interessante... para a sobrevivência dos rebeldes.

- Diga então! – disse Yerevan, outro líder de facção.

- Sou uma pessoa difícil... pode ter um preço. – disse o do meio.

- Poderíamos simplesmente matar você, está gastando o nosso tempo. – Ameaçou Tannik

- Ah, você definitivamente não faria isso, além de não terem a informação principal, acredito que perderia homens demais, dos quais precisarão em breve. – respondeu o da direita. – Temos uma proposta a fazer. Terão que se unir, terão que ser um grupo só, comandados por nós. É a única chance que vocês têm de manter os rebeldes vivos, lutarão por uma causa real, serão mais fortes, mais temidos.

Os rebeldes murmuraram entre si, fazendo um círculo em seus grupos, por 5 minutos. Os líderes se viraram para os encapuzados, e disseram:

- Queremos saber da informação primeiro. Se é tão crucial para nossa existência, devemos saber antes.

- Graças ao ataque infundado e inútil que fizeram à lady Nymeria, Morrison e a elite fizeram uma reunião para acabar de vez com os rebeldes. O número de guardas e caçadores irá aumentar, os mercadores não podem mais vender em grande quantidade e o número de guardas nos estabelecimentos vai aumentar. Se vocês se unirem, posso fornecer coisas para vocês, suprimentos, equipamentos melhores, pois vocês parecem um bando de fazendeiros revoltados com essas armas que usam. – respondeu o do meio.

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