Capítulo 6: O advogado ensangüentado

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-- Esta manhã o advogado criminal Johan Cruyff, vinte e sete anos, foi preso em sua casa em Aubing Lochhausen. O advogado é acusado de homicídio culposo, sendo visto por seus vizinhos, debruçado sob o corpo da vítima, o também advogado Rinus Michels.

Felicity ouvia atentamente a notícia e por alguma razão se interessou. Se tivesse pelo menos uns 10% da habilidade investigativa policial de Franz, solucionaria o caso. Neste momento Nora apareceu, com a roupa amassada, o cabelo meio bagunçado e usando uma echarpe azul no pescoço. Ela notou o interesse da fotógrafa na notícia.

-- Vai fotografar o serial killer? – perguntou, divertida.

Felicity lançou um olhar bem reprovador e não respondeu.

-- Foi brincadeira. – se desculpou e serviu-se um pouco de café.

A galesa desligou o rádio e voltou-se para o notebook, trabalhando, ignorando a presença de Nora.

-- O Francis não apareceu ontem?

-- Não. – respondeu friamente.

Ela abraçou a amiga, mas foi negada.

-- Nora, pare de bancar a boa amiga. Estou bem. E continue com seu "Kili" alemão ou com aquela jornalista hispânica.

A tal jornalista que Fefe havia dito se chama Dolores Banks, por quem Nora declarou estar apaixonada. Felicity nunca gostara da mulher.

-- Eu terminei com Kili. – disse Nora, triste. – A nossa relação era abusiva.

-- Bem com a Lola podia ser... – comentou, maldosamente.

-- O que disse?

-- Nada.

Nora tinha ouvido e saiu da sala, irritada com Felicity e a mesma não se importava, apenas digitava. Na verdade, dentro de uma hora teria de entrevistar uma agente do FBI, Annabeth Collins.

-----C-----S-----I-----

Marianne Jones saiu de seu apartamento, minutos depois de sua namorada, Anastacia Rosely ter ido embora. Elas tinham terminado o namoro. Seguiu caminhando rumo à fábrica e ao entrar em seu gabinete, viu um homem com feições austríacas e um pouco semelhante a um rato, conversando de forma ameaçadora com o chefe dos operários, Alexei Romanov.

-- Acho que não fui bem claro, Sr. Romanov. – dizia Niki Lauda, o empresário, com seus dois comparsas apontando uma pistola. – Ou faça sua filha assinar esse documento, transferindo todas as ações da Schön Industries para mim ou alguém da família vai sofrer. Ou até mesmo... Um de seus funcionários.

O homem tremia um pouco e Marianne se escondeu debaixo da mesa, mas filmava no celular tudo. Antes de Alexei dizer algo, o telefone do escritório tocou. Um dos contratantes de Niki atendeu e não era o telefone dali e sim... do gabinete da secretária.

-- Cevert, vá atender ao telefone daquela sala.

O francês caminhou para a sala ao lado e Alexei internamente torceu para que Marianne não tenha aparecido. Já Mari continuou calada debaixo da mesa, apenas observou os pés do homem e através dele saberia se ele ia embora ou não. Ele atendeu ao telefone e ouviu vozes. Desligou e retornou para onde Niki se encontra.

-- Eram os fornecedores. Nem dei papo.

-- Perfeito. – E em seguida encarou Alexei. – Você tem um mês para fazer sua filha assinar isso ou se prepare para ver um funcionário ou alguém da sua família sumir e acredite, você não quer carregar a culpa, como aconteceu com o pai daquela assistente do Dr. Müller, não é?

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