Alexandra saía apressada e sem perceber que estava sendo observada entrou rapidamente na carruagem e deu sinal para que o cocheiro saísse o mais rápido possível, pois não poderia ser vista.
Perdida em seus pensamentos se questionava em como iria se vingar, sentia um grande mau estar e é uma raiva incontrolável.
- Maldito! Irá me pagar! Irei arruina-lo, blasfemou.A estrada se tornava difícil e perigosa por conta do inverso rigoroso que fazia naquela província, a neve que caia do céu, dificultava a visão do colcheiro, fazendo com que ele não corresse rápido o bastante como Alexandra queria.
- Infeliz! Como pode me dispensar assim! Esmurrou o assento.
- Irei acabar com sua reputação!Em um Local afastado da Cidade, em meio a uma pequena floresta o cocheiro adentrou o casarão parando a carruagem em frente casa, Alexandra entrou envolta de energias escuras, indo direto para seus aposentos.
Sentada á frente de sua penteadeira, começou a desmanchar os enfeites em seus cabelos, olhou fixamente para o espelho, buscando encontrar uma ideia para vingar-se.
As horas avançavam e Alexandra mal conseguia descansar, quando assim o fez, já estava amanhecendo.
-Onde estou? Perguntava-se.
-Não me reconheces querida? Uma voz ecoava.
-O que queres de mim? Deixe-me em paz, já lhe deu tudo o que queria.
-Não se esqueça que sua dívida comigo será eterna. Vim, porque posso lhe ajudar novamente, dessa vez, a vingar-se.
-Como?
- O caminho você conhece, mas desta vez, preciso de algo maior.
-Quero ver aquele infeliz e toda a sua corja arruinados.
-Por enquanto aguarde, não demorarei, voltarei e direi o que preciso para iniciarmos nosso plano.
-Não demores, tenho pressa.Passava das onze da manhã quando Cristina se indagava se sua Senhora precisava de algo.
Subiu então as escadarias que levavam até os aposentos de Alexandra, bateu ligeiramente a porta e entrou. Habitou Alexandra despertando.-Bom dia Senhora, precisas de algo?
Alexandra abriu os olhos com grande pesar e respondeu irritada:
- Deixe-me em paz, quero ficar sozinha.Conhecendo o temperamento de sua Senhora, Cristina se apressou em sair do cômodo, desceu as escadas apreensiva, pois tinha medo de quando Alexandra a tratava desta forma, sua Senhora não a maltratava, mas o medo que sentia era por causa desses momentos de fúria, Alexandra ia até a floresta para fazer seus sacrifícios em nome de seus Deuses e isso era mal visto pela igreja, Cristina tinha medo de ser condenada como herege por causa dos costumes de sua Senhora.
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Nem o Tempo Pode Apagar
RomanceEsse romance de 1247, vem mostrar que nem mesmo o tempo é capaz de apagar uma história marcada pela paixão, poder e ganância.