Capítulo VI

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Alexandra parou às margens de um lago, lavou suas mãos e seu rosto, retirou a capa e se deitou à margem a fim de esquentar seu corpo com o sol pálido que saia naquela manhã fria. Fechou seus olhos.

Fernando não distante dali, caminhava para encontra-la e se certificar de que não traria problemas para Otávio.
Chegou perto de um lago e a encontrou deitada a margem e se pôs a admira-la.
O sol batia em todo o seu corpo esguio e pálido, deixando revelar através de seu vestido fino e transparente todo o seu corpo.
Seus seios pequenos, suas curvas, Alexandra era uma mulher linda! Otávio tinha motivos de quere-la só para si.
Ali deitada, deixou-se admirar por mais alguns instantes.

O sol aumentou a intensidade revelando a cor dourada do cabelo de Alexandra e não podendo mais se controlar, Fernando se forçou a voltar a si e  ir ao seu encontro.

-Alexandra?

Ela se assustou e rapidamente levantou.

Fernando então fixou seus olhos nos pequenos e verdes de Alexandra.

- O que quer? Disse se vestindo com a capa.

- Vim ver como estava passando.

Alexandra sorriu debochadamente e respondeu.

- O  que acha?

- O  que está fazendo aqui sozinha? A floresta mesmo de dia é um lugar perigoso.

- Ora! Estou em minhas terras e sou livre! Faço o que quero e não temo nada.

Fernando admirava aquela força e o temperamento dela.

- Não acha que esta na hora de viver Alexandra?

- Pois eu vivo! E  muito bem, o que pretende dizer?

- Digo casar, ter filhos. Uma familia, a idade certamente chegará, não que isso seja um problema para você, mas toda mulher sonha em ter uma familia. Seria bom para você.

Alexandra sem entender o que ele pretendia, será que Otávio a estaria testando? Enviou Fernando ali para saber se realmente ela era fiel a ele? Ou queria lhe arranjar um casamento para se livrar dela?

- Não me alegra isso. Não pretendo me juntar a homem nenhum. Meu passeio acabou, com licença.

Apressou os passos.
Fernando, foi atrás.

Chegando ao casarão, despediram-se.
Alexandra naquela manhã, se esforçou a comer, mas nada parava em seu estômago. Foi ao quarto e olhou algumas anotações, suas regras estavam atrasadas. Esmurrou a mesa da penteadeira.

- Era só o que me faltava! Uma criança a essa altura só me atrapalharia.

A noite sem duvidas, irei colher algumas ervas, a fim de sarar esse mal de uma vez. 

Depois de tratar alguns acordos daquela manhã, Fernando foi se encontrar com Otávio no palácio.

- Majestade, todos estão contentes com a aliança com a França. Padre Jean já se apressou para avisar aos cardeais, para oficializar o casamento.

- Quero isto o mais rápido possível, através desse casamento, teremos a França ao nosso lado e enfim estaremos protegidos e seguros em nossas terras.

Vibrando de felicidade, Otávio em um gesto descontraído, disse para Fernando:

- E você meu querido primo, quando pensa em casar? Porque não aproveita e faz a corte a Lorena? Vi como ela o olhava no baile.

- A Dama de Cecília?

- Sim.

- Não me sinto atraído por ela, acho melhor deixarmos esse assunto para daqui algumas décadas, disse sorrindo.

Nem o Tempo Pode ApagarOnde histórias criam vida. Descubra agora