Capítulo VII

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Ao chegar a floresta, no mesmo local, estendeu um manto negro sobre as raízes da árvore, ajoelhou-se e começou novamente seu ritual. Ergueu- o braço e clamava, chamando os seres das sombras.
Abriu os olhos e possuída por uma força maior, começou a percorrer todo o seu corpo com a mão, rosto, boca, pescoço, seios, sua barriga, descendo até seu sexo.
Gargalhou histericamente, agora dizendo o nome de Fernando repetidas vezes, continuou acariciando seu corpo, em um ritmo vai e vem, aumentando cada vez mais, revirou seus olhos se contorcendo sob o manto, extasiada, seu corpo transpirava e suas batidas saltavam pelo peito. Como em um estalo, voltou a si.

Agradeceu com vinho e algumas carnes aos seres que ali participaram. Com certeza essa energia de desejo por sexo chegaria até fernando.
Recolheu os pertences, mas ainda tinha algo para resolver naquela noite.
Voltou então pelo mesmo caminho, a fim de achar o que queria.
Agachou-se e colheu uma planta, levou-a ate o nariz e confirmou. Era aquela.

Colheu grande quantidade e continuou sua caminhada para o casarão.

Já em seu quarto, banhava-se com prazer, a magia que acabara de realizar tinha despertado seu libido e seu corpo não estava acostumado a ficar sem sexo.

Alexandra adorava sexo, ainda mais com Otávio.

Ali na bacia com água, pensou nele e sentiu todo o seu corpo pulsar. Em um extinto, percorreu suas mãos até seus seios e tocou ligeiramente seu sexo, e num gesto rápido e contínuo, saciou-se.

Completamente relaxada, esqueceu de tomar o preparo de ervas.

Deitou-se e adormeceu.

No palácio, todos estavam ansiosos para saber a data do casamento, padre Jean e o Duque José Francisco chegaram a tempo para o jantar. Foi então que o padre começou a falar.

- Bom senhores, já temos uma data! A cerimônia ser A realizada formalmente daqui a duas semanas.

- Duas semamas? Papai não dará tempo de organizar tudo dizia Cecília.

O coração de Cecília disparava, ela não se sentia pronta para aquela União.

- Tudo será muito íntimo, somente algumas pessoas influentes na corte estarão presentes. Não deve se preocupar, eu estarei preparando tudo. Disse o Duque.

Padre Jean concordou e perguntou para Otávio.

- Ansioso majestade? Afinal, esse casamento é muito mais que uma união amorosa.

Fuzilando o padre com o olhar, Otávio respondeu:

- Certamente Jean. Não será um dia importante só para mim e Cecília, mas para toda essa terra e para todos, inclusive vossa santidade. Se tornará um padre mais conhecido e bem quisto pelos cardeais.

Padre Jean se envaideceu. Isso era o que ele mais queria, consequentemente seus ganhos também iriam aumentar.

Continuaram  acertando os detalhes do casamento junto ao padre, ao final do jantar, todos se despediram e cada um foi para seus aposentos.

Em seu quarto Cecília andava nervosa de uma lado para o outro, não sabia ao certo o que sentia. Gostava de Otávio mas ao mesmo tempo sentia repulsa.
Vestiu algo depressa e desceu as escadas, chegou ate o jardim do palácio, respirou profundamente aquele ar gelado enquanto pensava em algo para lhe confortar.
Já era muito tarde e Cecília sentou-se em um Banco, sentindo o vento gelado percorrer seu corpo, puxou o roupão para mais perto de si, tentando inutilmente se esquentar, quando foi surpreendida por um homem.

-  Senhora, o que faz aqui a esta hora?

Cecília levantou do Banco assustada e se virou para poder ver aquele homem, estava escuro, não conseguia ver nitidamente o seu rosto mas pelas vestes e pelos brilho dos broches em seu peito, sabia que se tratava do comandante do exército de Otávio.

- Perdão senhor, eu precisava de um pouco de ar, já estou indo me recolher.

O homem então, chegou mais perto, quase encostando seu rosto no de Cecília disse.

- É melhor ir,  a esta hora é perigoso para uma jovem bonita feito você, ficar aqui sozinha.

Cecília então conseguiu ver melhor seu rosto, graças a tocha que ele segurava.
Sua pele era alva, fazia contraste com seus cabelos negros muito bem arrumados, olhos grandes e firmes negros, e ele possuía uma pequena cicatriz em seu queixo que sua barba tentava esconder.

Cecília  se afastou e tentou ser firme.

O homem deixou escapar um sorriso.

Cecília se embaraçou e saiu apressada

Chegando a porta de seu quarto, sentou-se na cama e ria do que acabará de acontecer.
Que homem mais intrometido! Pensava ela.
Qual seria seu nome?
Resolver deixar isso para outra hora, foi dormir pois no dia seguinte começaria os preparativos para o casamento.

Otávio acordou naquela manhã sentindo fortes dores de cabeça, teve outro pesadelo e logo após sonhou que se deitava com Alexandra. Aquilo estava o enlouquecendo! Resmungou.
Banhou-se e foi para seu gabinete, tinha muitos papéis para enviar a França.
Mal conseguiu trabalhar, sua mente não focava naqueles papéis, em sua mente só aparecia o corpo nu de Alexandra.
Resolveu pegar seu cavalo e ir ate o casarão.

Fernando vendo o primo estranho, já estava imaginava o que se passava e só de pensar, sentiu ciúme. Não entendia o porque, mais algo tinha mudado depois daquela manhã no lago.
Montou no cavalo e  o seguiu.
A espreita de uma árvore, viu Otávio entrar no casarão de Alexandra, seguro de que ninguém o via, avançou um pouco mais e conseguiu chegar até a janela do quarto de Alexandra. Tentou se equilibrar em uma árvore que ali fazia sombra, conseguiu firmar-se e ver o corpo de Alexandra adormecido na cama. Logo após Otávio entrou e Fernando presenciou ali a cena que ele mais detestou.
Outro homem tocando o corpo da mulher que ele julgava estar apaixonado. Saiu dali enraivecido e se afastou do casarão.
Em sua mente vinha vários pensamentos de ódio. Tinha vontade de surrar Otávio!
Montou novamente no cavalo e partiu com muita pressa.

Alexandra  naquela manhã  ainda se encontrava dormindo, cansada da noite anterior, acordou no susto, com alguém arrancando bruscamente suas roupas.
Abriu os olhos e sem entender se estava sonhando ou não, viu a figura de Otávio sobre si.
Ele arracanva suas vestes como que se quisesse devora-lá.
Alexandra apenas se deixou ser penetrada pelo corpo forte de Otávio.
Com força e rapidez Otávio a beijava, a apertava e dizia:

- Você é minha! Só minha!

Alexandra se rendia aquele jogo e sussurrava em seus ouvidos incentivando Otávio.

Depois de ter se saciado, deitou ao lado de Alexandra, sentindo ainda todo o seu corpo o prazer do sexo.

Alexandra deitou em seu peito e o beijou.

- Isso não pode acontecer novamente, pelo menos por enquanto.

Alexandra sentou-se na cama ainda nua, olhou em seus olhos e gargalhou.

- Eu sabia que iria me procurar. Sou sua Otávio, assim como você é meu, para sempre!

Otávio então olhou o corpo de Alexandra, sua pele macia, seus seios rosados, cabelos loiros caídos para o lado. Não resistiu. A amou novamente.
Depois do segundo ato, levantou-se e se vestiu dizendo:

- Não me procures. Se eu precisar, venho até você.

Ela não gostou nenhum pouco, mas achou melhor concordar, queria evitar um desgaste maior.

Otávio saiu do quarto  montou em seu cavalo e saiu.
Sentia-se satisfeito, Alexandra parecia uma feiticeira! Conseguia tirar dele tudo o que queria e por fim, só ela o saciava.
Ao menos agora mais relaxado, talvez eu pare de ter aqueles terríveis pesadelos e consiga enfim terminar de enviar aqueles papéis,, pensava ele.

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⏰ Última atualização: Aug 14, 2018 ⏰

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