capitulo 1

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Já faz mais de meia hora que me encontro ao lado de meu marido, agradecendo aos convidados suas falsas dedicatórias de felicidade ao mais novo casal.

- com licença, vim roubar minha filha para ela trocar de vestido. - minha mãe chega em seu lindo vestido vermelho decotado, na mais pura elegância que sempre teve.

- toda minha sogra. - Gabriel diz

Minha mãe me pega pela mão e vai me puxando para o andar de cima de nossa casa aonde fica os quartos.

- aí mãe, acho que não vamos dar certo, ele parece muito frio e calculista - digo já tirando o vestido de noiva.

- minha filha, vocês nem trocaram um palavra. - comenta retocando o batom.

- por isso mesmo, ele é frio, nem olhou na minha cara.

Ela sentou na cama enquanto eu colocava um vestido de alcinha, acima do joelho.

- ele nem te conhece, de tempo ao tempo, esse casamento e um contrato para ambos.
Mas jamais minha filha abaixe a cabeça para nenhum homem.
As mulheres de nossa família, nunca abaixam a cabeça para os homens, eles e que fazem isso.

Ela diz cada palavra olhando em meus olhos, eu respiro fundo, e levanto a cabeça me olhando no espelho, admiro meu corpo, nem magro nem gordo, seios grandes, bunda média, e coxas grossas.
Cabelo até o fim das costas, completamente negros.

- vou ser forte mãe, até porque não é àtoa que irei ser a rainha da máfia. Conhecida como a dama sangrenta.
Ele vai comer na minha mão.

Ela solta um sorriso e vem me abraçar.

- va com calma minha filha, sempre pense antes de agir.

Deçemos as escadas e me direciono para aonde meu marido está, deixando minha mãe ir de encontro a meu pai.
comprimento cada um que passo por perto, e avisto ele com minha prima.

- mas o que eles tanto conversam? - sussurro para mim mesma e com calma me aproximo bem devagar.

Atravesso a sala da minha casa e chego atrás dele e escuto a conversa sem que notem minha presença, ele pega duas taças do nosso melhor vinho e entrega um para Cecília.

- quando vamos nos encontrar de novo?

- quando quiser minha linda, mas vou sair em lua de mel com sua prima e só volto daqui uns dois meses. - ele diz dando um gole no vinho.

- ah meu amor, não demore tanto, temos que estrear a cama de vocês. - ela esbraveja se jogando em cima de Gabriel.

Apareço ao lado dele e lê lanço um olhar frio, a encaro e ela desvia o seu olhar para o outro canto da enorme sala.

- com licença.

Digo já pegando a taça de vinho de modo bruto da mão de Gabriel.

- o que você acha desse vinho Cecília? Não é otimo? - pergunto dando um generoso gole.

- e ótimo prima! - ela sorri falsamente.

- pois bem, já que gosta tanto espero que aproveite.

Jogo todo o vinho contido na taça em seu vestido de ceda azul, que ia até seus tornozelos.
Alguns respingos pegam em seus cabelos loiros falsos e escorrem por seu rosto.

- o que você fez?

- nada de mais prima, so lê dei o que você gostou, mas aprenda que nem tudo que você quer, você terá.

Me aproximo dela que tinha se virado para a parede, com o intuito de ninguém a ver assim.

- fique longe do meu marido, ou sua cara não sera sempre assim. Lembre - se que eu não divido nada do que é meu.

Ela sai correndo rumo ao jardim e eu me viro para ele que me olha como se tivesse cometido um crime.

- que foi?

Ele não responde e me pega pelo braço com uma força bruta e me puxa de forma discreta pelo salão.
Seu toque mesmo que doido não  deixa de ser uma corrente elétrica que percorre por meu corpo.

- entre!! - ele solta a voz em um tom alto e por instinto resolvo entrar no escritório do meu pai que arrecem tinha percebido que havíamos parado ali, ele tranca a porta e se vira para mim. - o que foi aquela cena? Por que fez aquilo?

- queria que eu tivesse ouvido que vocês iriam estrear nossa cama quieta? Que eu deveria aceitar o par de chifre numa boa? Jamais!! Não sirvo para ser corna! - berro para os quatro ventos.

- fale baixo! - ele pega no meu braço esquerdo começa a me sacudir. - não ouse me desafiar, sou casado com você apenas por benefícios, apenas um contrato.

- não esqueci disso!

- então aceite que você é apenas uma mulher e Sou eu quem manda nessa relação sou eu! Se eu quiser transo com todas.

- não ouse! Eu acabo com você. - me aproximo dele e fico cara a cara com ele.

- não me ameace! Você não me conhece.

- vai se foder! Se acha o dono mundo e não passa de um comerciante de merda, de armas de merda, que precisou se casar comigo para ganhar prestigio.

Ele se vira para mim antes de chegar a porta, me olha com ódio e vejo seus lindos olhos verdes claros de tornarem um tom avermelhado e sombrio.
Ele me pega pelos meus braços e me joga de encontro a parede, sinto o ar sair de meus pulmões e um gemido involuntário brotar de meus lábios.

- você não ouse falar do que eu construi com muito suor, não sabe nada de minha vida. - ele esbraveja com uma voz sombria.

Me atrevo a lê olhar e digo com todas as palavras.

- va se foder.

Sinto o tapa me jogar no chão e o sangue brotar entre meus lábios.
Ele me puxa pelos cabelos e mais um Tapa vem de encontro a meu rosto.

- eu vou te domar, você é apenas uma vadia, uma piranha mimada que se acha, que teve tudo nas mãos,  não sabe o valor de nada, apenas quer tudo a sua volta.
Aprenda a me obedecer desde agora.

Ele puxa meus cabelos e me arrasta até a porta e me coloca de pé sem nenhum esforço.

- se recomponha e vamos de volta ao salão sorrindo.

Ele me solta e vejo meus braços ficarem roxos com tamanha a força que ele me apertou.
Viro o rosto para o lado e me olho no espelho que tinha ali.

Olho meu estado, minha boca com sangue escorrendo nos cantos, cabelo desgrenhado, e braços completamentes roxos.
Uma raiva sobe até minha cabeça e como nunca antes senti isso.
Fecho os punhos e soco o rosto dele com toda minha força.
Ele cambaleia para trás e me aproximo chutando suas bolas.

- nunca mais encoste em mim.

Abro a porta e saiu correndo para o outro lado Onde fica as escadas que leva para os quartos.
Entro rápido pego o primeiro vestido branco que vi e visto.
Todo justo e com decote mas que cobre os ematomas.
Pego minha bolsa pois já está na hora de ir para as lua de mel.
E retoco a Maquiagem e ajeito o cabelo.

- ótimo! Ninguém vai perceber nada.

Desço como um furacão e vejo Gabriel com meus pais.

- vamos?

Ele diz para mim e aceno com a cabeça.

Me despeço com muitos beijos nos meus pais.
E saio rumo aos piores momentos da minha vida.

Mas antes escuto a voz de meu pai e nós faz parar.

A rainha da máfia!Onde histórias criam vida. Descubra agora