II. 1900 (PARTE I)

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1900, Vanesce - Europa.

- Venha Arth! Diz Molly

- Acalme-se Molly, não podemos ser vistos, afinal você não quer ficar falada na cidade quer? Diz Arth dando-lhe um beijo

- Corra! Estamos próximos ao bosque. Diz Molly correndo rapidamente segurando sua mão

- Aqui está bom. Diz Arth sentando-se

- Ok! Diz Molly

- Afinal o quer comigo? Pergunta Arth curioso

- Andei pensando... E bem... Cheguei à conclusão de que você é a pessoa certa. Diz Molly desabotoando seu vestido - Mais... Isso não está certo! Diz Arth

- O proibido é sempre melhor! E bem... Digamos que estamos a frente do nosso tempo. Diz Molly despindo-o

- Mais e o seu pai? Diz Arth

- O que tem ele? Não se importa com nada além dele mesmo. Diz Molly beijando-o

- Se acha certo o faremos. Diz Arth terminando de tirar sua roupa

Pra ele tudo era como um sonho, afinal que garota em 1900 pensaria em se entregar como Molly antes do casamento?

Molly ferozmente arranha suas costas, o joga rapidamente no chão e senta-se sobre ele.

- Sabe, queria ser tão doce como você pensa que sou, queria ser normal como você imagina. Diz Molly

- Mais você é normal! E é perfeita como é. Diz Arth beijando-a

- Não, não sou. Afirma Molly.

-Como não é? Pergunta Arth estranhando

- Sou assim! Diz Molly

Naquele instante sem que perceba Molly vai em direção ao seu pescoço, seus afiados dentes rapidamente dispõem-se para fora e num relance o morde ferozmente.

Horas Depois...

- Onde dormiu? Pergunta Sarah Deprê

- Não sei! Realmente não me lembro o que houve, lembro-me apenas que estava com a Molly no bosque. Diz Arth

- E o que fazia com a garota no bosque? Vocês não tem idade para isso. Afirma Sarah em tom de reprovação

- Não fizemos nada! Só lembro até aí, depois disso só sei que acordei no bosque sozinho e sem roupas. Diz Arth

- Sozinho? Sem roupas? E chega em casa as 5 da manhã? Não quero filhos falados na cidade. Diz Sarah

- E não terá. Diz Arth seco

Não se lembrava de nada que acontecera, lembrava-se apenas de ter sentido uma forte dor e logo depois acordar sem roupas, desolado e perdido, não entendia o que o havia mordido no pescoço, mais parecia uma boca humana e desde então sentia tanta tentação por sangue.

- Preciso falar com ela. Diz Arth saindo de sua casa

Ao colocar-se em direção ao Sol seu corpo rapidamente começou a queimar e inchar, não sabia ao certo o que acontecia, só sentia uma dor horrível ao expor-se ao Sol.

- O que houve com você? Pergunta Sarah vendo seu filho todo avermelhado

- Não sei! Coloquei meus pés fora de casa e simplesmente fiquei assim. Diz Arth

- Afinal o que houve com você? Pergunta Sarah

- Eu não sei! Grita Arth empurrando-a com uma força inexplicável

- Mãe? Mãe? O que eu fiz? Por que isso está acontecendo comigo? Pergunta Arth confuso

- Não sei como nem porque, mais sei o que se tornou. Diz Sarah levantando-se lentamente

- O que me tornei? Grita Arth desolado

- Uma maldição. Diz Sarah enfiando uma faca em seu coração

- O que fez com ele? Pergunta Thomás

- Ele retornará. Diz Sarah soltando a faca no chão

- Como retornará? Ele é um humano e não um ser esquisito imortal. Diz Thomás

- Isso é o que você pensa. Diz Sarah indo ao seu quarto desolada

Cônscio, Europa.

- Por que precisamos fugir assim tão cedo? Pergunta Molly

- Logo uma guerra começará e precisamos estar preparados, nosso lugar não é aqui. Diz Paul

- Por que vivemos sempre fugindo? Pergunta Molly

- Não queria viver assim? Você pediu pra que eu a fizesse assim e eu afiz, agora sofra as consequências dessa maldição, achou mesmo que os humanos nos aceitariam como somos e pronto? Está muito enganada, eles não pensam em ninguém se não em si mesmos. Diz Paul

- Nem todos são assim! Grita Molly

- Se refere ao seu namoradinho que ontem transformou em um de nós? Pergunta Paul ironicamente

- Ele é um exemplo. Diz Molly

- Isso é o que pensa, sua mãe é uma poderosa bruxa, logo virá a sua procura para vingar o que fez com seu filho. Diz Paul

- Quero voltar! Diz Molly

- Mais não vai! Diz Paul quebrando seu pescoço e a colocando dentro da carroça

Vanesce, Europa.

- Não sei o que fizeram a você, mais sei que está mais ágil e forte e apesar de sua mãe não o aprovar, peço que faça o mesmo a seus irmãos, eles precisam, vocês precisam continuar vivos para dominarem esse mundo. Diz Hugo friamente

- Não os amaldiçoarei como eu. Grita Arth

- Eu ordeno que o faça, deixe que das consequências cuido eu!Grita Hugo estendendo-lhe um machado

- Eu o faço - Diz Arth sentindo suas veias queimarem de tanta necessecidade e vontade de assim o faço -  

Minutos após ouvem-se apenas gritos que em segundos cessam-se.

Sombras Da Noite - Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora