Capítulo 16

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 * Edu e Adélia na mídia

Mesmo cansada depois do banho não me aguentei e decorei meu quarto, organizei meus livros e objetos nas prateleiras, no mais não mudei muito a cor das roupas de cama preferi comprar em tons claros,ficou bem simples e claro que é bem menor que o meu quarto em minha casa mas está bom, já me sinto mais aconchegada.

Mesmo cansada depois do banho não me aguentei e decorei meu quarto, organizei meus livros e objetos nas prateleiras, no mais não mudei muito a cor das roupas de cama preferi comprar em tons claros,ficou bem simples e claro que é bem menor que o me...

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Meditei em uma palavra na minha bíblia, orei e o cansaço do longo dia tomou conta então fechei a cortina, me deitei e apaguei. Acordei já passando das 9 horas, dormi muito, mas me sinto renovada, fiz minha higiene orei e fui pra cozinha preparar algo para o café. É estranho estar sozinha em silêncio, o único barulho que ouço é dos carros na avenida a frente do prédio, abri a porta da sacada e deixei entrar um ar, não muito puro o ar daqui mas dá para arejar o ambiente. Preparei um sanduíche e passei um cafezinho, não tem o mesmo aroma do café de dona Júlia mas é saboroso. Após comer lavei o que sujei e descongelei a lasanha pronta que comprei ontem para mais tarde por no micro, lavei uma verdura  reservei também para o almoço.

Desci para caminhar um pouco pela vila, fazer reconhecimento, cumprimentei o porteiro um senhor muito simpático que se apresentou como Damião, em poucos minutos me contou toda sua vida, quis saber de onde vim e quando soube que vou cursar arquitetura ficou feliz e me contou que sua filha também vai estudas na Unesp no mesmo curso, seu nome é Viviane é bem provável que seremos colegas. As pessoas daqui são bem sociáveis, na minha curta caminhada conheci o dono da padaria e uma simpática senhora que cuida da feira na outra quadra.

Voltei para o apartamento  quase meio dia, isso o meu estomago que estava avisando, dispensei o elevador e subi pelas escadas mesmo. Deixei meu celular na bancada da cozinha e ha várias ligações de Eduardo e uma de mamãe, retornei primeiro para ela e contei tudo que havia feito nessa manhã, ela ficou feliz e recomendou que eu sempre tivesse cuidado ao andar por aqui e que me alimentasse direito. Retornei também a ligação para Eduardo, ele está preocupado porque eu não havia o atendido antes, expliquei à ele sobre minha caminhada, não gostou de eu ter saído sozinha, achei estranho esse comportamento dele, pediu se podia vir almoçar comigo, como a minha lasanha é bem grande falei que sim, não demorou nem 5 minutos ele já está aqui na minha porta, trouxe refrigerante e um pote de sorvetes.

O cumprimentei com um selinho em sua bochecha, ele desviou o rosto e o selinho saiu em seus lábios, senti um arrepio quando seus olhos fitaram os meus por um instante e fiquei vermelha, ele sorriu e dessa vez lentamente me beijou, pensei em o afastar mas quando me dei conta estava correspondendo ao seu beijo. Fechei meus olhos e apreciei o toque dos seus lábios, é gentil e carinhoso, ficamos assim alguns segundos então ele passou seus braços ao redor de minha cintura me puxando para mais perto e o beijo ficou um pouco mais intenso, sua respiração estava mais ofegante, está na hora de me afastar, com delicadeza empurrei seu peito e me afastei.

Me dei conta que esse é  nosso primeiro beijo, tirando aquele horrível naquela noite em minha casa, e o meu primeiro, pois nunca beijei antes. Sempre imaginei que o primeiro beijo deveria ser carregado de fortes emoções, ouviria uma orquestra tocando no sentido literal, estrelas brilhariam e fogos de artifícios explodiriam deixando o céu iluminado, mas não foi nada disso, senti  uns arrepios pela proximidade, desviei meu olhar do dele pois senti um pouco de vergonha, ele me puxou de volta e me abraçou, depois nos afastamos ele puxou o assunto da minha caminhada me repreendendo por ter saído sozinha, contei à ele da amizade que fiz com o porteiro enquanto coloco a lasanha no micro. Depois de preparar a bancada para o nosso almoço nos sentamos na sala esperando ficar pronta nossa lasanha, Edu me contou sobre  seu colega de apartamento,Vitor, um veterano que já está no último ano de faculdade e que haviam combinado sairmos com ele  no dia seguinte para conhecer mais dessa cidade.

A tarde devoramos o pote de sorvete e  assistimos um filme ali na minha sala, também  namoramos um pouco com muito respeito, nada de agarramentos, ainda acho estranho ser namorada dele mas confesso que estou me acostumando bem rápido com essa ideia.Subi com meu namorado conhecer seu apartamento, não é muito diferente do meu a não ser pelos toques femininos que já dei no meu quarto e também difere um pouco as cores da sala e móveis.Combinamos de ir novamente ao shopping então desci para tomar um banho e ficar linda, escolher algo para usar não vai ser fácil sem a opinião da minha personal stylist dona Júlia, ela sabe o que usar em cada ocasião e combinar as peças muito bem. 

Esse bom gosto dela vem de berço, mamãe nasceu e cresceu em uma família nobre da Itália,minha avó era brasileira e meu avô italiano, eles a  criaram com muito luxo, estudou nos melhores colégios e aprendeu regras de etiqueta, porém quando ela tinha seus 10 anos a empresa da família sofreu um golpe e perderam tudo,até a mansão onde residiam.Com esse fato meu avô adoeceu vindo a falecer e minha avó  voltou ao Brasil, logo mais caiu numa profunda depressão que a levou a morte em poucos meses após a perda do marido deixando a filha órfã, como  não tinham outros familiares  minha mãe passou a residir num orfanato e só saiu de lá quando já era maior de idade, arrumou emprego e conheceu meu pai biológico.

Perdida em meus pensamentos nem vi a hora passar então peguei as primeiras peças que encontrei a frente em meu armário.

Me olhei no espelho e gostei, até que combinou a regata branca, saia floral com a sapatilha e para finalizar usei meu colar que ganhei de mamãe e uma bolsa menor somente para levar documentos, chave e celular

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Me olhei no espelho e gostei, até que combinou a regata branca, saia floral com a sapatilha e para finalizar usei meu colar que ganhei de mamãe e uma bolsa menor somente para levar documentos, chave e celular.Acabei de passar um glosse e a campainha soou, homens são muito apressados, corri para abrir a porta:

—Muito linda a minha namorada está, se não estivesse saindo comigo juro que implicaria com essa saia, mas como estou de olho não teremos problemas.—Edu falou reparando em minha roupa.

—Senhor Eduardo a saia é bem decente e te garanto que se eu saísse sozinha não teria problemas.—falei o provocando.

—Se você saísse lá em Rosana tudo bem mas aqui eu tenho certeza que teria problemas, acho bom a senhorita tomar cuidado.—falou em tom de brincadeira. 

Não discuti mais esse assunto com ele, peguei minha bolsa, tranquei a porta e descemos pelas escadas de mãos dadas, cumprimentamos Damião, ele ficou surpreso então apresentei Eduardo como meu namorado pra ele, pela feição que ele fez imaginei o que ele está pensando:

—Não estamos morando juntos Damião, somos vizinhos de bloco.—falei rindo.

Ele respondeu que havia entendido e desejou um bom passeio, só atravessamos a rua e já estávamos no shopping, decidimos ir ao cinema, me encantei pois eu nunca tinha entrado numa sala de cinema assim, o filme não era muito bom, aliás Eduardo está  gostando pois foi ele que escolheu, no final da sessão para me compensar ele me presenteou com uma almofada aromatizada vermelha em formato de coração, eu amei o presente e o agradeci com um selinho, mais uma vez ele aproveitou a oportunidade e me beijou, um beijo tranquilo e demorado, depois me abraçou e como já está  tarde voltamos cada um para seu apê.

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