Capítulo 20 (Bônus Eduardo)

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E aqui estou eu novamente em minha casa deitado em minha cama pensando nesse último ano, em tudo o que aconteceu em minha vida. Primeiro foi o meu namoro com Adélia, pensar nela me causa uma irritação, eu tentei, juro que tentei mudar e ser o cara para ela, me apaixonei pelo seu jeito puro e meigo, ela me inspirava a concertar minha vida, e foi o que fiz até certo ponto. Mas quando fomos pra faculdade surgiram muitas ofertas para minha vida, primeiro foi Munique, aquela garota me virou a cabeça, eu resistia pois tinha namorada, mas foi difícil ouvir suas  provocações, ela estava ali disponível para mim, era só eu querer. Parei de ir aos cultos, também não sentia mais vontade de orar em casa e asseitei os convites de Vitor e a galera pra sair, a primeira noite foi estranho, encontrei Elisa na balada e me senti envergonhado, me ofereceram bebida, recusei mas aí veio a chateação, pegaram no meu pé até eu aceitar o primeiro gole, aí veio um copo cheio e depois vários outros. 

Passei a sair com eles todos as noites e no outro dia me sentia um caco, não tinha ânimo pra estudar nem mesmo vontade de levantar de minha cama. Foram muitas faltas as aulas,perdia as datas de entregas de trabalhos e até provas. Meu namoro não ia bem, mas ainda sentia algo por ela,foi então que fiz a besteira de ir em seu apartamento e a agarrar a força, eu queria muito que ela me desejasse da mesma forma que estava a desejando naquele momento, mas é claro que ela não cederia, é muito certinha, falei coisas que me arrependo mas era o que eu estava sentindo e hoje ainda sinto raiva por ela não me querer, não sei como pude pensar que conseguiria manter um namoro por anos sem nem ao menos poder nos beijar. Naquele dia terminamos e sai de lá arrasado, encontrei Vitor e fomos pra uma festa, lá estava Munique, fui até ela e perguntei se ela ainda estava disponível para mim, ela sorriu e disse que sempre estaria, nos beijamos e passamos a noite juntos no meu apartamento. Fiquei com ela muitas vezes, na cabeça dela eu era seu namorado mas eu queria somente curtir ela e todas as outras que surgiram, confesso que ficava com elas e imaginava estar com Adélia, ela se tornou um mito pra mim, algo que eu queria muito ter e não podia, não por eu não ser capaz mas porque aquela luz que há nela, essa luz que eu sei quem é, não permite que eu tente algo. 

Minha vida até que estava ficando boa até meus pais apareceram de surpresa em meu apartamento, foi aquela conversa, ameaças de me levarem embora, a promessa do carro também foi desfeita enquanto eu não melhorasse minha vida. Por uns dias parei de sair e pensei em ir a igreja, Jéssica me mandou convite e até sai para ir, mas quando estava chegando perto avistei o grupinho ao qual eu fazia parte muito feliz em frente a igreja, Samuel como sempre contando algo para fazer Adélia sorrir, fiquei com raiva e dei meia volta, não me sentia mais parte daquele grupo, procurei minha turma e bebi muito, alguém colocou algo na minha bebida que me deixou muito doido, provar aquela droga foi o estopim pois eu quis experimentar mais e acabei me viciando em pouco tempo.

O ano se foi, reprovei em algumas disciplinas e aqui estou encarcerado em minha casa sob a vigilância constante do meu pai. As vezes ouço minha mãe chorando e meu pai a acalmando com palavras de fé de que Deus irá me resgatar, eu tenho que rir disso pois não quero ser resgatado, não quero ser como ele, quero aproveitar minha vida, sou jovem e quero viver. Fiquei sabendo que ela está passando as férias na casa de seus pais, pensei em procurar por ela mas não tive coragem. Encontrei com Mariana outro dia,a ex amiguinha de Adélia, nos abraçamos e ela expressou ter sentido saudades , ela era apaixonada por mim, foi por isso que cortou os laços de amizade  com Adélia, aproveitei e convidei ela para sair comigo, ficou toda feliz mas um brutamontes chegou e acabou logo com sua alegria, o cara deve pensar que ela é uma propriedade sua pois com a maior grosseria a puxou por um braço e saiu arrastando a coitada até seu carro.

Estou sem muitas expectativas, meu pai trancou minha faculdade, acha que  ficando debaixo do seu nariz eu vou ser o filho que ele quer que eu seja. Eu quero ser livre, quero viver minha vida sem dar satisfações para ele, mas dependo deles financeiramente, preciso arrumar um trabalho, assim posso sair de casa e voltar a ter minha liberdade.

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