Spring Poetry (Jikook)

Veludo

oi meus amores <3; eu tenho outra fanfic jikook chamada "weak light", mas ela é bem flopada aqui rs
espero que gostem, pensei nesse plot em uma aula de redação e escrevi com muito carinho!! boa leitura
xoxo

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O cheiro de bebida alcoólica impregnava o ambiente, enojando o garoto que se sentava no topo da escada. Um caderno com a capa aveludada estava apoiado em suas coxas, enquanto brincava com o acessório na ponta da caneta. Aquele ambiente o distraia, porém não de maneira positiva.

Levantou-se com cuidado para não acordar o homem embriagado que ocupava o sofá, os ressonos altos davam-lhe uma tremenda dor de cabeça. Segurando o caderno com força contra o peito, pegou suas chaves e saiu.

O ar estava frio, lhe fazendo se arrepender de não ter trago um casaco, mas não retornou, não gostaria de arriscar acordar o pai. Caminhava silenciosamente pela rua vazia, pois era madrugada. Às vezes surgiam jovens sorridentes indo para a escola, inocentes, sem imaginar na dureza que seria encarar o mundo um dia. Se alguém dissesse para Park Jimin que era muito pensativo, ele não negaria.

Olhava para as estrelas e imaginava, essa imaginação se transformando em palavras. Era uma alegria em sua vida melancólica, um oásis no meio do deserto.

Apesar de muito cedo, já possuía pessoas em seu destino. Bufando, o menino subiu as escadas escondidas no jardim. Eram proibidas, mas não fora a primeira vez que fizera isto. Estava acostumado, ninguém nunca visitava, talvez nem soubessem da existência do local.

As escadas davam para o topo da escola, que demonstrava sinais de ter sido abandonado. Havia um banco no centro, coberto por plantas que nasceram ao passar do tempo. Andou em direção a ele, afastando os pequenos brotos.

Para ele aquela era a melhor hora do dia, longe de sua casa, longe de pessoas. O vento gélido o fazia tremer, mas mesmo assim não iria embora de seu paraíso.

Colocou o caderno em seu colo, um sorriso abrindo no seu rosto. Sobre quem escreveria hoje?

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Apesar de estar cercado de amigos, Jeon Jungkook se sentia solitário. Não que ele não gostasse da companhia, ele adorava, mas seu coração parecia vazio igual sua mente.

-Terra para Jeon Jungkook! -Um de seus amigos chamou sua atenção.

-Desculpa. O que estava dizendo? -Passou a mão nos cabelos, estressado. Gostava de divagar, apesar de muitas vezes o ato lhe deprimir.

-O sinal. -Apontou para o relógio na parede- Vamos indo?

-Que aula temos agora? -Outro de seus amigos perguntou.

-Física. Hoje é quinta-feira, então ela dura mais. -Respondeu, apressado.

Jungkook refletiu. Detestava física profundamente.

-Tô fora! -Disse, saindo pela janela do corredor. Seus amigos começaram a rir, como sempre.

Era motivo de risadas, mas Jungkook realmente gostaria de escapar. Não era apenas da aula, mas sim de sua vida. Estava cansado de se sentir vazio, triste e solitário.

O vento gélido bagunçava seus cabelos, fazendo-o sentir adrenalina por poucos segundos. Mas assim que pôs os pés no chão, os sentimentos de tristeza retornaram. Olhou para o céu, melancólico. Quando pararia de se sentir assim?

Correu para longe da escola, com medo dos professores repararem que estava fora da aula. Foi em direção a um parque que brincava quando pequeno, na época que ainda era feliz. Infelizmente, o parquinho logo estaria sendo fechado para a construção de um prédio, como sua vida. Sentou-se em um dos balanços velhos, que rapidamente rompeu com seu peso. Afinal, era feito para crianças.

Sentia dores pelo impacto contra o chão, mas passaram rapidamente. Ficou um tempo refletindo, o que estava fazendo de sua vida? Ela valia a pena? Será que deveria terminá-la? São perguntas que geralmente passam por sua cabeça confusa. Estava prestes a se sentar no chão para poder se aprofundar mais em seus pensamentos, mas percebeu que um policial se aproximava. Saiu rapidamente pelos fundos do parque, não gostaria de correr o risco de ser preso por destruir parte de uma propriedade do governo.

Passou o resto do tempo vagando pelas ruas vazias, verificando seu celular sempre para ver que horas ele devia retornar. Estava quase repetindo em matemática, afinal.

Quando o alarme que havia instalado apitou, saiu correndo em direção a escola. Ao chegar, pegou seu caderno com capa aveludada escondido no fundo do armário. Após folhear rapidamente e verificar que era o certo, foi para o corredor. Vendo que os alunos passavam por ele procurando a sala que deviam se deslocar para, soltou o ar que estava prendendo. Era comum ele matar aula, mas ainda sentia o nervosismo de ter a chance de se dar mal todas as vezes.

Respirou profundamente e saiu correndo para a sala de matemática, mas foi impedido de chegar ao seu destino por ter esbarrado em um garoto mais baixo que si.

Estudava naquela escola há anos, mas nunca havia visto o garoto que estava em sua frente. Ele emanava misteriosidade, fazendo Jungkook se sentir curioso. Chegou a abrir a boca para perguntar seu nome, mas, quando as palavras começaram a sair, o menino já tinha ido embora com seu caderno que havia derrubado quando se chocaram.

Ao ouvir o sinal bater, Jungkook se livrou de seus pensamentos sobre o menino, pegou seu caderno e correu em direção a sala. Sua professora de matemática era a pior.

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Bufou cansado ao sentar em sua carteira. Seus colegas de classe, já acostumados com a ausência do garoto, nem ligavam mais. O menino colocou o caderno em sua mesa. Sempre estranhou a capa, pois foi sua mãe que insistiu em lhe dar, apesar de suas reclamações.

Retirou o estojo da mochila que estava em suas costas, abrindo o caderno em uma nova página pois a aula estava para começar. Mas, estranhamente, as fórmulas que vira mais cedo não estavam mais lá. Em seu lugar, estavam poesias-algumas de baixa qualidade- escritas bagunçadamente com cores diferentes em cantos do caderno, tornando-o vivo. Devia ter pego o caderno errado quando se esbarrou com o menino misterioso.

Merda, seria morto pela professora.
Ficou imaginando a punição que receberia quando ela chegasse até que o representante de classe anunciou que a professora iria se atrasar. Apesar de não ser religioso, agradeceu aos céus pela piedade.

Para passar o tempo, decidiu ser intrometido e ler os poemas que o menino escreveu. Respirou profundamente e abriu em uma das páginas escritas em azul. As palavras formavam descrições de um rosto supostamente belo, mostrando como o autor se sentia atraído por ele. Estranhamente, apesar de serem palavras vagas e muitas vezes mal combinadas, Jungkook, que muitas vezes se via vazio, sentiu o coração apertar e o estômago embrulhar com a delicadeza e beleza das emoções sentidas e descritas pelo autor.

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e aí meus amores? gostaram? espero que sim <3 eu vou continuar quando puder, mas weak light sai primeiro!
bom feriado para vocês e se cuidem viu! beijos <3