capítulo 2

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06:00AM
Desliguei meu despertador e levantei. Preparei um cereal, depois me arrumei, escovei meus dentes e vi que tinha uma notificação. Bob tinha me mandando uma mensagem.

06:30AM
Bob: Hey, tampinha! Dormiu bem? Então, o povo da banda gostou muito de você, e eles pediram pra avisar que você está convidado parar todos os shows e ensaios. Gostou do show de ontem?

Sorri ao ler a mensagem e respondi

06:32AM

Frnk: Bom dia, babaca! Fico honrado com esse convite, e com certeza não irei recusar! Vocês foram incríveis! ;)

Desliguei o celular e fui para faculdade. Eu faço faculdade de música. Meus pais ficaram tristes ao saber que seu filho queria ser músico aí invés de médico/engenheiro/advogado, mas agora eles já estão bem com a ideia. A faculdade não era muito longe da minha casa. Só precisava andar um pouco, e então, estava dentro do lindo campus verde. Cheguei e cumprimentei Josh, meu melhor amigo da faculdade. Entramos pra aula e conversamos um pouco. Hoje não tinha aulas importantes, era só coisas de musicalização, e sério, isso é chato! O pior é que te obrigam a saber isso, mas você nem usa isso no dia-a-dia. Eu estava quase dormindo (eu realmente odeio musicalização), então sai de sala. Fui no banheiro lavar o rosto, mas tinha uma garoto no chão, e ele parecia estar mal. Tentei saber o que estava acontecendo, mas ele não me falou. Levei ele pra enfermaria, e descobri que ele é conhecido lá. Seu nome é Tyler, e pelo que parece, é fudido psicologicamente igual eu. Afastei os pensamentos do meu passado, e fui na padaria. Iria pedir só um café, mas o cheiro de pão de queijo tava delicioso, e acabei comprando alguns. Sentei na mesa para esperar, e depois comi tudo, apreciando o sabor maravilhoso do pão de queijo, e o calor do café. Era tudo que eu precisava naquela manhã fria e entediante. Me levantei, fui até o caixa, paguei, e na hora de sair, me esbarrei em alguém. Pedi desculpa e ri quando vi quem era. Gerard. A gente conversou um pouco, e ele me disse que o próximo show do festival vai ser daqui a dois meses, eu disse que vou estar lá e me despedi. Não pude deixar de perceber (de novo) como ele é lindo. Seus olhos têm um brilho especial, e seu sorriso é lindo, mesmo não sendo esses falsos com dentes brilhantes. Voltei pra aula, assisti o final e fui pra casa. Almocei e me arrumei pra ir pro trabalho. Eu consegui um emprego em uma loja de instrumentos. Eu preciso de dinheiro porque minha coleção de guitarras não vai surgir do nada. O trabalho é bom, é o que eu gosto. E melhor: não tem muito movimento. Não é todo dia que as pessoas vão comprar instrumentos. Atendi no máximo 10 pessoas. Saindo do serviço, meu celular vibrou.

18:00pm

Bob: Hey! Tô na porta do seu trabalho. Vim te buscar pra ir no ensaio comigo

Revirei os olhos e sorri com a mensagem. Liguei para minha mãe, avisando que não iria pra casa e entrei no carro de Bob.

-Olá! Desculpa não te avisar, eu comentei com os meninos sobre sua faculdade e eles ficaram loucos. Digamos que "talvez eu tenha comentado que você é ótimo tocando guitarra e eles ficaram loucos". - Bob disse gesticulando com as mãos

-Heey! Cara, você me endeusa muito pra eles. Quem vê você falando, acha que eu sou o cara, mas eu sou só o Frank. Assim as pessoas vão se desapontar.

-Vai pra porra, Iero.- Bob disse num tom irritado, dando partida no carro.

Ele dirigiu durante uns 10 minutos e estacionou na frente de uma casa simples com uma placa falando "Estúdio do Banana". Não pude deixar de rir com o nome. Entramos no estúdio e uau! A casa era simples por fora, mas por dentro era linda. A parede era toda diferente para isolar o som, os equipamentos eram caríssimos, das melhores marcas. E tinha uma parede que me fez surtar. Era simplesmente uma parede com as guitarras mas caras e mais fodas existentes. Os garotos riram da minha reação e vieram me cumprimentar. Era estranho, a gente só tinha se visto uma vez, mas era como se fôssemos melhores amigos.

-Frank, ouvi dizer que você é um ótimo guitarrista. Toma, toca isso. - Ray disse, me entregando uma guitarra com uma cifra. Eu nunca fiquei tão nervoso por tocar guitarra. Eu comecei a tocar e senti olhares queimando toda parte do meu corpo. Eles não paravam de me encarar.

-Cara você é incrível! Sério, essas cifras são as partes da música que eu não consigo tocar, então a gente removeu. Eu não consegui tocar com vários ensaios e você conseguiu de primeira! - Ray disse espantado.
O resto da banda me encaravam de boca aberta.

-Frank, eu não sei seu nome completo, mas finge que eu falei ele. PELO AMOR DOS COGUMELOS, ENTRA PRA BANDA. - Gerard disse rápido, quase não deu pra entender. Eu apenas ri. Não tem como isso ter sido sério. Ou tem?

-Primeiramente: fora temer; segundamente: hã?; Terceiramente: Pelo amor de quê? - eu disse, tentando entender o que havia acontecido

-primeiramente: sim; segundamente: ENTRA PRA BANDA, É SÉRIO; Terceiramente: Pelo amor dos cogumelos. É uma teoria que eu fiz, depois te explico.; Quartamente: parece que alguém faltou as aulas de português, hein?! Sério, "segundamente..."? - Gerard disse sério, mas terminou brincando.

-Ah, eu não sei muito eu não sou bom o suficiente pra ficar com vocês.

-Iero, novamente, vai pra porra, por favor. -Bob disse me olhando sério.

-Frank Iero? Que nome lindo!- Gerard disse, mudando de assunto

-Na verdade, é Frank Ant- BOB! - Eu berrei. Gerard levou um susto e Bob riu.

-Tanto faz. Se você entrar pra banda eu não termino. - ele disse rindo

-Vai se fuder, Bob. Mas tá bem, eu aceito. Mas não agora. Não posso entrar no meio do festival, nem conheço as músicas.

-Okay, depois o Bob te coloca no grupo e a gente te passa as músicas. - Gerard disse com um sorriso enorme no rosto. Ray também tava feliz, e Mikey tava sorrindo, mas pelo que eu entendi, ele tava pensando em unicórnios.

Eles ensaiaram, eu fiquei assistindo. Depois a gente conversou e eu fui embora.


The world is ugly {•frerard•}Onde histórias criam vida. Descubra agora