capítulo 12

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Meu celular apitara durante o beijo.

Porra, haviam treze ligações perdidas do meu pai. Ele ia me matar.

Meu pai nunca foi agressivo comigo, muito pelo contrário, ele sempre foi o mais carinhoso possível. Mas ele acabava sendo super protetor, tinha medo que me acontecesse algo e principalmente medo de que eu engravidasse. Desde que minha mãe resolveu viver sua vida afastada, meu pai se aproximou mais de mim, acredito que para tentar suprir a falta de uma mãe. E eu sentia, não entendia porque as coisas haviam tomado aquele rumo.

— É o meu pai, ele me ligou várias vezes. - me afastei de Aspen ainda com a respiração ofegante. — Será que ele desconfia de algo? Preciso ir logo para casa.

— Ah, claro. - Assentiu e continuara me olhando, ainda processando — Se quiser eu posso te dar carona para sua casa.

— Ah não, não se incomoda.

— Não é nenhum incômodo. - Tirou as chaves de seu bolso — Vou chamar Brianna, não sai daí, eu já volto.

— Aspen, eu posso pegar carona com alguns dos meninos.

— Você é teimosa, não é? Não vai me convencer do contrário, me aguarda aqui. - Disse adentrando à casa de Adriel.

Chequei meu celular e o bloqueei. O que caralhos eu inventaria de desculpa agora para o meu pai? Desbloqueei o celular, avisei que estava com Ragna em sua casa e que dormiria por lá já que estava tarde. Soa bem convincente. Eu acreditaria nisso.

Digitei para Ragna que iria pegar carona com Aspen. Ela não visualizava. Disquei quatro vezes, e nada. Deixei a mensagem " Ragna, atende, por favor!" Eu preciso que você me responda, Aspen vai me deixar na sua casa e eu preciso que você visualize logo."

— Voltei. - Disse Aspen caminhando em minha direção com Brianna logo atrás.

Brianna me fuzilou o olhar, com o cenho franzido e braços cruzados.

— Aspen, a Ragna ainda não me respondeu sobre eu ir dormir na casa dela. Vou entrar para falar com ela.

— Espera, você não ia para casa? - Indagou Aspen

— Na verdade não...

— Acho que sua amiguinha te esqueceu, ela acabou de vazar daqui com o Ryan e o Chase. - Desdenhou Brianna rindo.

Ok, eu já estava perdendo a paciência na falha tentativa de atura-la. Aspen a olhou reprimindo.

— Espera, como assim? - Porra Ragna, que caralhos. Liguei mais uma vez para a mesma, nem visto por último aparecia mais. — Eu não tenho as chaves da casa dela, não tenho como dormir lá sem ela.

Aspen suspirou enquanto parecia pensar em algo.

— Você pode tentar ligar mais uma vez para ela, a gente espera.

— Não, a gente vírgula. - Disse Brianna batendo o pé. — Eu quero ir logo para casa. Eu to morrendo de fome.

— Fica na sua, Brianna. - Rebateu Aspen. — Se aguentou ficar nessa festa se drogando com seus amigos idiotas, pode esperar tranquilamente por alguns minutos.

Doce Clichê - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora