capítulo 6

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Sábado
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Estávamos eu e Ava assistindo tv enquanto comíamos pipoca e fofocávamos sobre o pessoal da escola. Um barulho de motor começou a fazer barulho lá de fora. Segundos depois, a campainha era tocada repetitivamente. Que ótimo para se começar um dia de sábado. Deixei tocar para ver se a pessoa desistia e ia embora. Depois de tanta insistência, torci para que não fosse aquele vizinho maluco.

Calcei minhas pantufas e andei até a porta. Olhei pelo o olho mágico e vi Chase brincando com a chave em suas mãos.

— É ele. - Ava passou a mão no rosto e similou um "não" com a cabeça. Revirei os olhos e destranquei a porta. Um sorriso se formou em seus lábios e então corei.

— Pantufas de coelho? Isso é coisa de criancinha mimada. - Desdenhou. E por que demorou para me atender?

— Por que veio mais cedo? - Perguntei ignorando o seu comentário. — Esse não foi o combinado.

— Se tá insatisfeita, me processa. - Deu de ombros entrando pela casa. — Ah, e aí Vick.

— Eu sou a Ava. - Corrigiu franzindo o cenho para Chase que nem fingia se importar.

— Você tem sorte de meu pai não estar aqui, ele iria te expulsar só por ver que você anda de moto.

— Bom, vou nessa. — Depois te mando mensagem, boa sorte. - Nos despedimos e antes de se retirar a mesma sussurrou em meu ouvido. — Depois me conta tudo.

Assenti e a acompanhei até a porta.

— Isso vai embora mesmo. - Disse Chase enquanto se sentava no sofá. Fiz uma cara feia para ele e acompanhei Ava até a porta. — Enfim, sozinhos.

— Errado, o Apolo está aqui.

— Apolo? - Sua entonação engrossou ao perguntar.

— Sim. Ele é bem inteligente, então se tentar algo comigo, ele vai te morder e ele é bem violento.

— Me morder? - Chase franziu o cenho sem entender do que eu estava falando. Até que Apolo veio frenético até sua direção e pulou no mesmo, pedindo carinho.

—Ah, esse é o Apolo. - Entendeu que me referia a um cachorro, não a uma pessoa. — Nossa, ele é mesmo muito violento. - Desdenhou Chase enquanto acariciava os pelos de Apolo. - Revirei os olhos.

— Te olhando com o Apolo, não parece o mesmo idiota de sempre. - Chase me olhou confuso.

— Você não me conhece. - Ficamos segundos em silêncio. Apolo correu disparado em direção a porta e acertou um copo cheio d'água.

— Apolo! - Gritei. — Ele deve estar assim porque ouviu o carro do papai.

— Seu papai chegou? - Uma expressão de riso se formou em seus lábios. — Pensei que seu pai só chegava mais tarde.

— Sim, se esconde rápido. - Chase me olhou sem entender. — Você me ouviu?

— Se esconder? Tá ótimo aqui.

— Não me provoca agora, ok? Só se esconde e que não seja no quarto dele. - Revirei os olhos e limpei a água que Apolo havia derramado. Chase debochou estar com medo e correu para se esconder. Aquilo havia me feito rir, porque as vezes ele parecia uma criança.

Doce Clichê - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora