Confusão de sentimentos

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Zayn Malik P.O.V

Eu percebi que ela não esperou até o final da cerimônia, a garota simplesmente saiu correndo do cemitério e aos prantos, sem olhar para trás. Era o centro das atenções, todos pararam o que estavam fazendo para olhar. Mas como não ser, sendo que ela é linda e absurdamente inesquecível?

Lauren pode não perceber, mas a sua presença é impactante, é como se tudo o que tivesse sido parado no tempo começasse a voltar ao normal ou é como se tudo o que fosse preto e branco começasse a ter cor novamente e a ganhar vida. É como se tudo voltasse a ser como era.

Instantaneamente fiquei alarmado, assim como Perrie e Harry. Encarei Louis e Harry, que estavam afastados da multidão, e eles assentiram como um sinal para que eu fosse atrás dela. E foi isso que acabei fazendo, usando todos os instintos de anjo que me restava e a velocidade. É sempre isso que irei fazer pelo resto da minha vida, ir atrás e salva-la dos seus perigos e dos seus demônios internos.

-- Anjo, proteja Bryan de onde ele estiver, por favor! Eu o perdoei pois todos nós erramos, não é mesmo? – ele suspirou cansado. – Me ajude a superar tudo isso, meu anjo. Está sendo difícil demais para mim, é um momento delicado demais para mim. Estou tentando processar tudo isso ainda.

Se ela soubesse que eu faria de tudo para protege-la e que vê-la assim era uma completa tortura, estaria mais aliviado, mas regras são regras e uma delas é nunca deixar seu protegido saber a verdade sobre você, apenas quando for necessário... Mas é uma pena que eu tenha que manter todo o esse sentimento que eu levo no peito dentro de mim. Eu estou um poço de confusões.

Ela estava no portão de ferro do cemitério, encostada nele e olhando para o céu. Suas belas íris esverdeadas estavam marejadas do tanto que havia chorado pela perda que sofreu.

-- Zayn Malik, que surpresa você aqui. – disse após sentir seu cheiro e seus ombros se tocarem.

-- O que está fazendo aqui fora? Pensei que iria esperar tudo acabar.

-- O que você está fazendo aqui no enterro dele? – retrucou de volta.

-- Você saiu correndo e chorando, chamou a atenção de todos por ali. E eu me preocupei com você.

-- Não se faça de cínico, Zayn. – falou angustiada. – Não minta para mim, por favor.

Não pude me conter ao aparecer ali, sei que vacilei mas o impulso que senti foi mais forte do que qualquer autocontrole que possuo, ela tem poder sobre mim e não sabe. Ver se ela estava bem ou não foi mais forte do que qualquer sentimento que esteja me dominando nesse momento.

-- Quer saber? Que se dane. Estou perdendo meu tempo aqui. – resmunguei, colocando as mãos nos bolsos da calça, e suspirando. – Foda-se você e suas lágrimas.

Ela assentiu tentando processar tudo, mesmo não podendo enxergar, eu senti ela fazendo isso. Conhecia Lauren com a palma da minha mão. Estava na mesma situação que ela, encostado no portão e olhando para ela, enquanto a mesma olhava para o horizonte, para o pôr do sol e pensando em Bryan ou em qualquer uma de suas paranoias que a dominava.

Ela tem esse mal de colocar coisas surreais na cabeça, coisas onde não tem. E é isso o que me mata, isso o que mata ela, distorcer as coisas. Às vezes ela se perdia em seus próprios pensamentos e se perdia no caminho que a trazia de volta para a realidade. E eu tinha que a trazer de volta.

A garota faz menção de sair e voltar para onde o resto do pessoal que sobrou estava, prestando suas homenagens ao Brooke e se lamentando do quão bom ele era, porém eu a impedi impulsivamente. Não sei porque diabos fiz aquilo, mas senti que precisava urgentemente impedi-la. Precisava de Lauren perto de mim e isso era recíproco da parte dela, pois nós somos duas metades perdidas e confusas que necessitam um do outro nesse mundo vazio.

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