*** Neneeeeennnns!!!
Quanto tempo que não atualizo essa fic, hein? Bom, quero que saibam que não desisti, acontece que com GmG em desenvolvimento, essa aqui infelizmente tem que ficar em segundo plano, já que comecei ela depois e tem muito menos público por enquanto. Ela ainda vai rolar SIM! Okay? Tenham paciência comigo kkkk
Mas chega de blá blá blá e vamos pro cap! ***
Em um piscar de olhos a vida passa e, quando nos damos conta, o que nós fizemos para nós mesmos? Eu pensava nisso todos os dias... Quer dizer, quando eu morrer — seja amanhã ou daqui 84 anos — e a tal da "retrospectiva" que os filmes dizem que passa em frente aos nossos olhos em questão de segundos, finalmente acontecer comigo, eu quero que a minha vida seja interessante de ser assistida, do tipo que eu poderia pegar um balde de pipoca e apagar a luz do quarto para passar a madrugada inteira vendo e, quando acabasse, eu dissesse "Nossa, valeu a pena!". Foi pensando nisso que decidi acordar mais cedo no meu segundo dia de aula e dispensar a carona que meu pai poderia me dar até a escola. São Paulo é uma cidade ENORME, totalmente diferente de tudo que eu já conhecia, e o que eu mais gostava naquilo tudo, era observar os diferentes tipos de pessoas que andavam pelas ruas... Homens de negócios, sempre no celular ou preocupados com o relógio; os moradores de rua, que tentam, em vão, fazer com que alguém ao menos os enxergue; os skatistas, que usam uma quantidade exagerada de gírias; os estudantes, vidrados no celular, dormindo ou rindo alto com os amigos... São milhares de pessoas diferentes, que poderiam até ser distribuídas em grupos — geralmente estereotipados — como os que citei, mas que, se observarmos um pouquinho mais, têm sempre sua peculiaridade.
Eu acordei bem mais cedo justamente por saber que iria me perder, o que causa uma sensação inevitavelmente desesperadora, ainda mais numa cidade como São Paulo, mas é a melhor forma de nos forçarmos a nos comunicar com os outros. Eu tive que pedir informações não para uma, nem duas, e sim para cerca de 10 pessoas! Algumas sequer me deram atenção, mas, por fim, a gente sempre acaba conhecendo alguém interessante e receptivo, assim tudo acaba valendo a pena e, quando finalmente encontramos o nosso caminho, acabamos ganhando um pouco mais de independência e história para contar.
Já posso dizer que conheço 0,01% de São Paulo depois do meu trajeto maluco de casa até a escola.
Sentei atrás de Thiago André — sem me atrasar, viu? — dando um pequeno cutucão em seu ombro como pedido para que ele se voltasse para mim.
— Adivinha com quem conversei ontem. — Disparei logo de cara.
— Como eu poderia adivinhar, Manuela?
— Seu sem graça... Chuta! - Pedi, tentando descontrair.
— Com o Papa? — Sorriu cinicamente.
— SIM! Como soube?! — Exclamei como se fosse verdade.
— Saiu em todos os noticiários, bebê! - Entrou na dança. — "Importante líder mundial tem conversa com Papa Francisco" dizia a manchete. Ele deve estar em êxtase agora! — Fingiu empolgação, falando mais rápido do que o normal e chacoalhando as mãos no ar como se comemorasse.
— Pode ter certeza que ele está. — Mantive o tom de veracidade da conversa, sem rir. — Mas isso foi o de menos, eu também conversei com a Regina. - Revelei o que realmente queria.
— Quem diabos é Regina? — Enrugou a testa, dessa vez me fazendo soltar um risinho.
— A única com sobrenome "George" na escola.
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Eu (não) gosto de meninas
RomancePassar-se por hetero é bem comum em algumas situações... Quem nunca precisou esconder a sexualidade da família ou do chefe, por exemplo? No caso de Manu, esconder a verdade da própria crush é, no mínimo, peculiar. PLÁGIO É CRIME!