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Abro os olhos e a única coisa que vejo é escuridão, sinto vento na minha cara, o que me fez perceber que estava em movimento, mas não sei onde estou. 

Não me lembro de nada, mas mesmo nada, nem o meu próprio nome eu sei... 

Tentei andar para ver se conseguia sair dali usando apenas o tacto, mas não adiantou de nada, cheguei à conclusão de que estou presa numa espécie de elevador. É estranho ter uma noção das coisas e das suas funções, mas não saber nada sobre mim, sobre o meu passado ou como é que eu vim aqui parar.

Como não estava a conseguir sair daqui decidi ficar num canto sentada e ver no que é que isto ia dar. E, depois de algum tempo, comecei a ver uma luz vermelha a chegar cada vez mais perto, o que me fez recear o que ia encontrar.

Eu senti o elevador parar repentinamente e comecei a ouvir vozes masculinas, oque me deu um pouco de ansiedade, por isso, ao ver uma machete decidi pegar nela no caso de ser preciso defender-me.

Ouvi o barulho das portas do elevador a abrir e a primeira coisa que me captou a atenção foi um rapaz que devia ter por volta dos seus 18 anos, tinha um cabelo castanho muito claro que quase parecia loiro.

Ele entrou dentro do elevador.

- É uma rapariga! - disse ele com um sotaque que me fez logo derreter um pouco, mas continuei forte segurando a machete na minha mão, firmemente.

- Uma rapariga?! - questionaram muitos ao mesmo tempo.

O rapaz ajudou-me a sair da caixa, mas eu, não sabendo se podia confiar neles andava com a arma na mão de um lado para o outro.

- Podes largar isso, ninguém te vai fazer mal. - disse o rapaz que me tinha ajudado a sair daquele elevador, direcionando o seu olhar para a minha mão.

- E como é que eu posso ter a certeza disso? - perguntei.

- Nós não somos muitos e infelizmente morrem pessoas frequentemente, por isso, temos de nos unir. E só temos pessoas novas uma vez por mês que vêm naquela caixa onde tu vieste. -  respondeu ele deixando-me mais à vontade. - Eu prometo que ninguém te vai fazer mal.

- Está bem.... - respondi dando-lhe a machete rapidamente antes que me arrependesse.

Ele mostrou-me tudo o que havia para ver naquele sítio, o que não era muito, mas pronto. 

Até gosto da companhia dele, tenho um pressentimento de que ele é, realmente, uma boa pessoa.

- Tu já me mostraste isto tudo e ainda nem me disseste o teu nome... - disse parando de andar e olhando na sua direção.

- Pois, com isto tudo até já me tinha esquecido. O meu nome é Newt. -  ele respondeu olhando nos meus olhos, o que fez com que se fizesse luz na minha cabeça.

- O meu é Elena. - disse olhando também para os seus olhos castanhos escuros.

Nós continuámos a andar não deixando de conversar e ele disse-me que ia haver uma espécie de comemoração assim que anoitecesse, porque todos os meses, assim que chega alguém novo eles fazem uma celebração.

Assim que anoiteceu, começaram todos a fazer a festa, a falar, a gritar, a dançar e até a lutar, são todos rapazes fazer o quê né? Eu jantei e fui-me sentar um pouco longe todos eles, com vista para os grandes muros que nos cercavam.

- Estás a pensar? - perguntou o Newt, aquele sotaque maravilhoso não engana ninguém.

- Estou... - retorqui olhando para ele.

- E estás a pensar em quê? Se não te importares que eu pergunte. - questionou ele curioso sentando-se ao meu lado.

- Não me importo nada. Estava só a pensar no que poderá existir atrás daqueles muros.

- Um labirinto enorme...

- E porque é que ninguém vai lá para dentro ver se encontra uma saída?

- De dia vão para lá pessoas procurar uma saída, mas de noite ninguém pode estar lá por causa de uns monstros que existem no labirinto chamados grievers.

- E o que é que acontece se alguém ficar lá dentro?

- Nunca voltam....Mas não vamos falar em coisas tristes agora porque é suposto ser uma festa, anda. - disse ele levantando-se e esticando a mão.

- Ok. -  eu segurei-a e levantei-me.

Ele apresentou-me a toda a gente que ali estava, e pouco depois fomos todos dormir e um rapazinho chamado Chuck, que devia ter por volta de 14 anos,  arranjou uma rede para eu me deitar.

- Eu sei que não é nada de especial, mas espero que não te importes. - disse ele acabando de arranjar a minha 'cama'.

- Claro que não faz mal, obrigada. - respondi sorrindo para ele, que retribuiu logo o sorriso.

- Boa noite! - disse ele indo para a sua rede.

- Boa noite! - respondi.

Eu deitei-me e fiquei a olhar para o céu, eu não conseguia parar de pensar em como é que eu tinha ido ali parar e porquê, mas tentei esquecer isso durante um pouco e eventualmente acabei por adormecer.

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Primeiramente queria agradecer pelos 2.3k reads!!!! Obrigada a sério. Segundo eu achei melhor editar este livro, para tentar tirar o máximo de erros possíveis e mudar algumas coisas que não façam sentido.

Editado: 11/11/2019

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