CAPÍTULO OITO

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         Írmna Solís:

Com um sorriso mais que presunçoso, Enzo caminha em passos lentos em minha direção e para a milímetros de distância, a aproximação é tanta que consigo apreciar com vontade o seu perfume másculo e inebriante.

— Sabe Írmna, desde que nos encontramos mais cedo no evento, uma coisa não sai da minha cabeça.

— O que séria? — pergunto, enquanto tento ir para outro lugar.

— Seus olhos.

— O que tem meus olhos? — questiono.

— Tudo! da perdição a redenção .

Assim que encontro os seus olhos a um palmo dos meus, sinto a sua mão descansar no centro da minha cintura e num ato rude e sem aviso prévio sou empusionada contra seu peito, de maneira que a força e a precisão da atitude dele colou definitivamente nossos corpos.

— O... q... como... o que você tá fazendo Enzo? — tento falar.

Porém sua ousadia não se resumiu apenas a isso, pois antes mesmo que eu pudesse protestar a respeito do seu gesto tosco de aproximação, tive seus lábios selados aos meus num beijo cheio de expectativas para ambos, minhas mãos que outrora encontrava-se sem lugar para descansar agora faz um caminho de ida sem volta até o seu pescoço, onde meus dedos embrenham-se por seus cabelos em movimentos repetitivos de vai e vem.

— Estou fazendo o que deveria ter feito a quinze anos atrás.

Não vou me fazer de rogada e não viver esse momento o qual eu só me vi em sonhos de adolescente, por uns minutos me deixei levar pela gostosa sensação de estar nos braços do homem que amei quando ele era apenas um garoto e hoje descubro ser o cara mais intenso que já cheguei perto.

— A quinze anos atrás, más como assim? — pergunto confusa.

Não sei o que o Enzo pretende me envolvendo, nesse jogo onde ele é quem dita as regras de cada partida. A única coisa que tenho certeza é que não quero me machucar, pois quanto mais adultos somos, mais difícil fica superar uma desilusão amorosa.

                  Enzo zacar:

Não pude me controlar diante da possibilidade de ter a Irmna em meus braços, por isso não perdi tempo e a beijei, posso garantir que de todas as mulheres que estiveram em meus braços ela foi a única a desperta em mim a vontade de lhe prestar reverências, ou seja por alguns minutos a beijando tive a sensação de estar em companhia de uma princesa.

— Exatamente Írmna acho que sempre quis estar com você assim perto o suficiente para ver o profundo dos seus olhos. Confesso.

— Você está tentando me dizer que gostava de mim, é isso.

— Sim ĺrmna, gostava e acho que ainda gosto. Falo e observo a expressão de surpresa em seu rosto.

Pode até ser muita pretensão da minha parte, mais a julgar pela entrega de Írmna em meus braços, tenho certeza absoluta que ela jamais amoleceu daquele jeito em nenhum outros braços e não será de mais ninguém, pois a Írmna Solís é minha, desde que a beijei com a minha alma.

— Sei que parece um pouco precipitado da minha parte, más vou te fazer um pedido Írmna. Digo.

— Qual é o pedido Enzo?

— Quer namorar comigo, me dê uma oportunidade, vamos  recuperar o tempo que perdemos. Falo ansioso por um sim.

Me sinto como um homem agraciado nesse momento, por saber que fui amado por essa mulher que causa em mim sensações que nunca experimentei antes, não quero ser um babaca mais aquela coisa de batidas aceleradas de coração existe pois por experiência própria pude comprovar isso, indo de contra aos meus próprios conceito, desde que tive aquela carta em minhas mãos não paro de me perguntar como pude ser tão covarde no passado, a ponto de deixar de viver o que poderia ser os melhores anos da minha adolescência ao lado de uma garota única e verdadeira, tenho certeza que estar ao lado da Írmna iria me fazer bem.

— Me desculpe Enzo, más não podemos, esse tempo já passou para nós dois.

—Por favor não diz isso, somos adultos e maduros, fica comigo. Falo bem próximo ao seu ouvido.

— Não nos conhecemos Enzo.

— Sei o suficiente para torná-la minha, quero você. Tento convencê-la

Mais a única coisa que eu fiz foi ignorar a força que atraia meus olhos para ela, eu deveria ter escrito também algo sobre o que eu sentia por ela e colocado lá na cápsula do tempo, talvez seria mais fácil pois assim saberíamos os dois ao mesmo tempo que ambos estavam predestinados.

Cheguei filha.

— Deixe me ajudá-la senhora. Me proponho já pegando de suas mãos algumas sacolas.

Obrigada, você é muito gentil.

— Não foi nada. Respondo cordialmente acompanhando-a até a cozinha.

Depois de ajudar a mãe da minha futura namorada, retorno da cozinha e vejo a Írmna sentada no sofá, e pelo balanço frenético da sua perna esquerda vejo que a mesma está nervosa com a receptividade da sua mãe comigo.

— Írmna sua mãe faz questão que eu fique para o jantar. Falo no intuito de puxar conversa.

— Eu sei, é típico da minha mãe esse comportamento.

— E o seu pai? Pergunto um pouco preocupado.

— Ele não vai demorar a chegar.

— Será um prazer conhecer o pai da garota que mexe comigo desde a minha adolescência. Falo traçando uma linha reta entre nossos olhos.

— Você está sendo sincero Enzo?

— Nunca fui tão sincero em toda a minha vida minha linda. Falo enquanto aproximo o nossos corpos.

— Não sei se isso estar certo Enzo você vem me envolven...

— Fica comigo Írmna. Emploro tomando-a num beijo e impedindo que a mesma conclua seu raciocínio.

Pela segunda vez estamos nos beijando e como da primeira vez ela não recua e se entrega, sei que somos feito um para o outro.

Toda vez que a beijo sinto a necessidade de mais, por alguns minutos estivemos num mundo só nosso, porém esse mundo se desfaz quando nos separamos, e sem dizer nada, Írmna me deixa esperançoso plantado no meio da sala na espectativa de um sim.

 

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