Capitulo nove

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Írmna:

Subi as escadas de dois em dois degraus com o objetivo de sair logo da frente dele, na verdade não sei bem o que me deu para agir feito uma adolescente rebelde, porém toda essa aproximação do Enzo tá mexendo demais com a minha sanidade

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Subi as escadas de dois em dois degraus com o objetivo de sair logo da frente dele, na verdade não sei bem o que me deu para agir feito uma adolescente rebelde, porém toda essa aproximação do Enzo tá mexendo demais com a minha sanidade. Só percebi a intensidade que bati a porta quando vi alguns pequenos quadros balançarem na parede do meu quarto com isso veio a confirmação do quanto infantil eu estou sendo.

Quantas vezes eu sonhei com um momento desses, quantas vezes sonhei com o Enzo sendo recebido na minha casa pelo meus pais como meu namorado, nunca participei de nenhuma comemoração na escola por que não suportava ver as lambisgoias dando em cima dele e agora quinze anos depois eu o tenho aqui na minha casa me dizendo que quer ficar comigo me pedindo uma chance, será que eu não estou sonhando isso é surreal para mim, é demais para eu processar num único dia.

Depois de alguns minutos aqui no meu quarto me dou conta que um silêncio total se formou lá em baixo, talvez o Enzo tenha se dado conta que isso é um erro e foi embora. Ou também se tudo foi uma brincadeira de mal gosto ele já se divertiu bastante e acabou.

- Filha posso entrar. - escuto a voz da minha mãe seguida de leves batidas na porta.

- Pode sim mãe. - respondo enquanto limpo bem os olhos que estavam marejados.

- Quer conversar um pouco, talvez me contar o que ouve para você sair correndo assim da sala deixando o moço sozinho. - fala enquanto coloca um mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Mãe ele ainda não foi embora. - questiono.

- Ainda não né filha ele é nosso convidado para o jantar, eu só vim aqui por que fiquei preocupada com você, mais o seu pai está lá conversando com ele, e ao que parece eles se entenderam muito bem.

- Tô perdida, bando de traidores. - murmuro para mim mesma.

- Filha! o que está acontecendo com você, ou melhor entre você e esse rapaz. - me enterroga.

- Mãe esse cara que está lá embaixo, é a minha paixão da adolescência, só que eu era invisível para ele e seus amiguinhos, acontece que agora depois de tanto tempo ele resolveu me notar e é claro que com a senhora e também o meu pai facilitando a vida dele fica difícil me livrar dele. - falo num desabafo.

- Meu amor você já teve seu primeiro amor, por que nunca me contou filha. - fala me repreendendo.

- Você não entendeu mãe eu não existia para ele mesmo estudando na mesma escola e se esbarrando com ele o tempo todo nas dependências da escola e ele fingia não me ver por que eu era inferior para ele e toda sua turma, isso é o que pensava ele e todos, Mae eu era a garota pobre nerd e estranha. - digo já um pouco exaltada tentando entender em que mundo minha mãe vive.

- Eu entendi sim filha, só que agora você é uma linda mulher, só um pouquinho reservada, e também já é adulta e nós adultos temos que enfrentar nossos medos, e além disso as pessoas mudam a forma de pensar no decorrer da vida. e se ele ainda mexe com você é por que lá no fundo você ainda gosta dele, tudo o que você tem que fazer é viver, viva minha filha. - diz minha mãe, e me abraça

Depois de analisar tudo que minha mãe me disse, eu resolvir sair do quarto e encarar de frente toda a situação, assim como tenho feito durante toda a minha vida, pois sentir na pela como é sobreviver numa sociedade que lhe julga não pelo o conteúdo mais sim pela aparência.

Assim que me aproximo da sala esse ouvir uma conversa animada e descontraída, então a minha mãe tinha razão é realmente o Enzo e o meu pai se entenderam, mas afinal o que ele tem que todos se rendem até mesmo meu pai que outrora se faz um homem difícil, é até irônico afirmar isso, sendo que eu fui a primeira a cair em seu charme, bom mas isso ficou no passado tenho que focar agora no presente e resolver toda essa situação.

Ao entrar na sala vejo que o enzo está rindo de alguma piada que o meu pai contou. Observo também que a mesa já está posta para o jantar com um prato a mais é claro.

- Filha venha junte-se conosco - diz meu pai com empolgação.

- Sim, pai - respondo me aproximando de ambos, e me arrepio dos pés a cabeça com o olhar devorador do Enzo.

- Que bom que veio Írmna, não faria sentido fazer um pedido ao seu pai sem você está presente. - revela, com um olhar carregado de sentimentos.

- Q... que pedido Enzo? - pergunto um tanto assustada com a possibilidade de ser pedida em casamento e não deixando de notar a boca dos meus pais em forma de "O".

- Isso mesmo Írmna, tenho um pedido a fazer aos seus pais, sei que pela forma que as coisas estão se desenrolando tudo parece ser um pouco precipitado. - fala, ganhando a atenção de todos.

- Sr.Manfrede e D.Irene gostaria de ter o consentimento de vocês para pedir a Írmna em namoro, sei que isso pode lhes parecer um pouco antiquado, porém foi a forma que encontrei para que possam ver a veracidade do meu pedido, devo lhes informar que muito em breve estarei a pedindo em casamento, digo lhes também que eu e a Írmna mantemos sentimentos um pelo outro desde a adolescência e não vejo mais nenhuma necessidade de nos mantermos afastados visto que o destino nos uniu. - diz Enzo surpreendendo a todos com sua calma e transparência.

- Muito bem meu jovem, apesar de que a Írmna é uma mulher adulta gostei da sua forma de agir você tem o nosso consetimento para tentar algo com ela, só lhe peço que não a magoe seja verdadeiro sempre. - diz, o meu pai.

- Então Írmna, você quer namorar comigo? - pergunta Enzo.

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