SOULMATES NEVER DIE | Pricefield

Prólogo

Querido diário.

Nossa, que merda eu falar assim, pareço uma menininha mimada de 12 anos que vai escrever no diário o seu primeiro selinho com o garoto mais popular do colégio, ergh!

Hoje, faz um ano que perdi contato com meu porto seguro. A unica pessoa que eu confiava nesse mundo todo, a unica pessoa que não era fudida, bom, pelo menos eu achava. Por que ela me deixou? Nem se quer mandou uma maldita mensagem, parou de me responder do nada...foi sumindo mais rápido que fumaça. Eu contava absolutamente tudo pra ela, ela me entendia, riamos, brigávamos, chorávamos, brincávamos de piratas e hoje somos somente uma lembrança, algo esquecido no passado. Apenas mais uma página de nossas histórias, aquela página que você lê só na esperança de vir logo a parte boa do livro, o clímax. Eu achava que o que eu tinha com ela era um clímax, se fossemos um livro na época só haveria o clímax. 

Perder uma amizade de infância assim não é nada fácil. Eu lembro de quando ela vinha aqui pra casa, brincávamos de piratas, liamos revistas, víamos televisão e conversávamos sem se importar com o amanhã. A noite jantávamos e na hora de dormir fazíamos uma cabaninha com lençóis e víamos as estrelas que ela me ajudara a colar no teto, quase caímos da escada aquele dia.

Permaneço presa nessa cidadezinha de merda que não acontece nada e não tem nada, Arcadia Bay, enquanto ela...esta vivendo provavelmente um sonho de adolescente bem clichê em Seattle. Deve estar rodeada de amiguinhas populares que não sabem nem o que é uma fração e só pensam em bolsas e sapatos, tem o cérebro menor que o de um passarinho. Do jeito que devem ser magras comem alpiste também.

Minha vida ta tão fudida, tão sem rumo. Eu faria de tudo pra sair dessa cidade ridícula. Estou quase sendo expulsa de Blackwell também então não faz diferença. Aquele filho da puta bigodudo fudido do David chegou pra arruinar minha vida. ELE NUNCA VAI SER MEU PAI.

Ah, papai...como eu sinto a sua falta...Se eu tivesse a chance de dizer pra você não buscar a mamãe no super mercado talvez nada disso teria acontecido, talvez aquele caminhão não tivesse batido no seu carro, talvez você estivesse aqui me apoiando como sempre. Você foi o único que sempre me entendeu.

Então, aqui estão minhas mágoas. Bela vida a que eu tenho. Tento esquecer dela o dia todo.

Ah...merda, tenho que ir. Eu to devendo 50 pratas pro Frank, meu traficante. E não, maconha não faz mal. Minha vida é melhor com ela, tudo é mais leve e sem preocupações.

|Chloe, a sozinha|

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Hellous! Então esse é o famigerado prólogo das fanfics. Talvez ninguém leia essa fanfic, afinal é só mais uma no meio de um milhão de ótimas. E eu claramente não tenho talento para isso. Enfim, estou escrevendo essa obra aqui como uma terapia pessoal e mesmo ninguém lendo, vai ser importante pra mim mesma.

Se você leu até aqui, obrigada!

Todo amor, Bruna