Porra da Cinderela

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Chicago, sábado 11:15 p

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Chicago, sábado 11:15 p.m – Anna Belle

Quando chegamos naquele bar, eu tinha certeza de que ceder ao pedido de Kate tinha sido um erro. Grande parte de mim gostaria de não ser tão facilmente convencida pela minha melhor amiga, mas era praticamente impossível negar algo quando a sua maior habilidade era a persuasão.

Kate estacionou o Jipe em uma das vagas do Sweet Blood, uma das melhores casas noturnas do norte da cidade de Chicago. Na concepção dela, é claro.

— Dá pra você parar de fazer essa cara? — Kate puxou o banco para frente para que eu saísse e me olhou feio. Ela sabia que eu tinha me arrependido assim que entramos no estacionamento.

Eu cocei o nariz, assim como faço quando fico irritada. E eu odiava o fato dela conhecer todos os meus tiques nervosos.

— Só porque você não vai ficar trancada naquele quarto estudando Biologia, não quer dizer que não vá se divertir um pouco.

— Você disse que iríamos a um restaurante — digo, com um pouco mais de raiva do que gostaria. Ela revira seus grandes olhos castanhos.

— Isso é um restaurante. — Olho para ela. — Okay. Talvez não seja bem um restaurante, mas é quase.

— Se meu pai soubesse...

— Seu pai não está aqui, caralho! Você tem quase dezoito anos. Seu pai não manda mais na sua vida, entendeu?

— Ele manda sim... Ele paga tudo para mim. — Suspirei em derrota. — E já é uma grande sorte minha ter convencido ele a me deixar ir pra sua casa hoje.

— E passar o dia dentro de um quarto com a cara enfiada nos livros é tudo que você vai fazer? Qual é, as aulas já começam depois de amanhã e tudo o que você fez nas férias foi ficar dentro daquele quarto.

Na verdade, faziam dois dias. Eu e minha família tínhamos viajado de férias e chegamos em Chicago faz dois dias. Mas não queria corrigi-la porque tinha certeza que a ênfase no tempo serve como prova de que eu ainda não tinha feito nada de "bom" nas minhas férias além de visitar templos antigos com a minha família. O que é verdade, considerando que meu pai é o pastor, e me mataria se soubesse que frequentei um bar como esse.

— Eu fiz uma promessa. E você sabe como é meu pai.

— Já disse que ele não está aqui! — Ela abre a porta do carro e coloca os dois pés para fora. Depois, olha para mim em espera. — Você só vai sentar em uma mesa e me ver tomar umas doses de tequila. Só isso. Não vai fazer nada demais.

A arte da conquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora