27 Sorry Not Sorry

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A vingança é uma vadia má
E meu bem, eu sou a mais má de todas
A mais má, a mais má
Agora estou aqui com cara de vingança
Me sentindo incrível, o melhor que já estive
E sim, sei o quanto deve doer me ver assim
Mas vai piorar (espere um minuto)
Sorry Not Sorry, Demi Lovato💙🐺

O barulho dos tiros não pareciam estar pertos, até quebrarem as janelas.
Em alguns segundo estou no chão, meu pai me derrubou. Talvez para me proteger dos tiros.
"Isso aconteceu mais cedo não se lembra?" a voz de Tomas vem em minha mente me lembrando de algo que aconteceu algumas horas antes.
Os pensamentos voltam e não tenho forças para levantar. E o peso do meu pai também não colabora. Pera! Por que meu pai ainda esta em cima de mim.
Pergunto já temendo pela resposta, eu sei o que eu fiz mais cedo e sei o que acabo de fazer agora. A cozinha esta tão silenciosa, quando finalmente tenho coragem para levantar.
O arroz está espalhado no chão, e meu celular parece esta a quilômetros de distancia quando na verdade está a centímetros de mim.
-Pai?
Pergunto recebendo o silêncio como resposta.
"É isso que acontece com as pessoas que chegam perto de você, isso foi o que aconteceu com a gente."
A voz de Thomas vem na minha mente.
-Pai?
Insisto sabendo da resposta.
O silêncio volta mas dessa vez como se fossem facas vindo na minha direção.
A primeira lagrima a descer, desce, Acompanhada da segunda. A terceira parece uma lâmina.
Viro ele, e preciso tampar minha boca com a minha mão, tinha um buraco de bala no pescoço dele e outro no coração.
As lagrimas vem acompanhadas de raios que iluminam toda a cozinha, me deixando ainda mais desnorteado.
Continuo olhando para o meu pai , parece que o tempo parou ali, da mesma maneira que as duas balas ficaram paradas em seu corpo.
Minha mente me perturba "Não deixe mais ninguém chegar perto de você, você destruiu meus sonhos" a voz do meu pai vem na minha cabeça , repetindo essa frase algumas e algumas vezes me causando arrepio. "A dor é sua melhor amiga, mas não precisava causar dor em nos" agora é a vez da voz de Thomas.
-Me desculpe pai...
Falo olhando para ele esperando um "Sim" ou até mesmo um "Te desculpo filho" que não vem. Isso não vai vir. Isso é culpa minha.
Outro trovão me faz olhar para a janela da cozinha, os céus estão literalmente a cair. A chuva parece ficar cada vez mais forte.
-É isso que acontece? Quando se aproximam de mim?
Pergunto novamente e a resposta não vem... Mas eu ainda espero por ela, com todas as lagrimas, com todo o meu coração e toda a verdade que estou tentando guardar.
Escuto passos e olho para a porta da cozinha que da acesso a sala e vejo minha mãe.
-Filho?
Ela não percebe de imediato o que aconteceu, e chegar a dar um sorriso para mim, mas depois ela olha para o corpo que esta ao meu lado 'Imagino que ela vai gritar, me expulsar daqui , gritar que a culpa é toda minha e de mais ninguém , mas não é isso que acontece, parece que pensei errado'
Minha mãe corre até mim e olha para o meu pai algumas lagrimas dela começam a escorrer. "Pelo menos as lagrimas dela são verdadeiras, diferentes das sua, você me matou". Escuto a voz do meu pai na minha cabeça o que me deixa mais triste ainda, parece que a tristeza jogou o meu coração fora e entrou no lugar dele.
Ela abaixa e me abraça e nos dois começamos a chorar.
"Vai matar ela também?"
A voz de Thomas na minha cabeça faz essa pergunta, e penso em me afastar da minha mãe, não quero causar mais dor em ninguém , ninguém merece estar perto de mim, penso.
Mas meu corpo não responde , não desfaço o abraço, continuo abraçando a minha mãe. Só que mais forte , e ela me abraça mais forte também.
-Eu sinto muito...
Falo por fim me levantando.
Me mãe continua abaixada e me olha sem entender nada.
-Ele morreu tentando me salvar!
Falo para ela que levanta a sobrancelha.
-Tentando de salvar de quem?
Ela pergunta e vejo que está preocupada comigo.
-De mim mesmo!
Falo, parecendo que tirei o peso do mundo das minhas costas, mas a tristeza parece pesar ainda mais , agora parece pesar o peso do universo.
Me viro e subo as escadas para o meu quarto, no meio do caminho esbarro com meu irmão que sorri para mim descendo a escada. "Não Desça!" É o que penso mas não falo.
Abro a porta do meu quarto, pego uma mochila , uma blusa de frio, meu notebook, e uma arma que usava para treinar.
Desço as escadas, indo em direção a cozinha, meu irmão está abraçado ao lado da minha mãe. Quando chego lá os dois olham para mim. Caminho até o onde esta meu celular abaixo e pego meu celular.
-Onde você vai?
Ouço minha mãe perguntando , mas já é tarde demais para responder, corro para a porta e de la corro pela chuva. Corro muito, não me importando com a chuva ou com os raios.
Até chegar na casa abandonada
(Antiga Casa Da Julia).
Entro pela porta, esta tudo escuro, mas consigo chegar até o lugar da passagem secreta. Puxo o livro e o chão abre , dessa vez caio de pé , quando Thomas estava vivo ele me ensinou como fazer isso. Lembro dele e a vontade de chorar vem.
-Não posso chorar agora!
Falo para mim mesmo.
Caminho até o computador da Julia.
-Tem um tempinho que não faço isso... Mas é fácil.
Depois de alguns minutos e depois de algumas tentativas consigo hackear as câmeras de segurança da minha rua e de ruas vizinhas. Procuro pelo o momento onde o assassino atirou no meu pai.
-Achei!
Falo assim que acho o momento em que um carro preto com um símbolo de dedetização. Descem do carro dois homens que não faço a mínima ideia de quem são, mas estão vestidos como os caçadores.
Eles caminham até a janela da cozinha , esperam alguns segundos, depois se afastam para trás e atiram!
Então foi esse o momento? Preciso encontrar esse dois homens...
Caminho até o armário do quarto do pânico e aperto um botão, e logo algumas armas aparecem pego todas com cuidado e coloco na minha mochila. Pego e visto uma das roupas que a Julia tinha ali. A roupa era toda preta e aparentava ser a prova de balas.
Não vou procurar eles sozinho. Penso.
Quando saio da casa da Júlia ainda estava pingando mas o sol estava nascendo.
Corro algumas quadras até chegar na quadra de Liam. E assim que chego la tenho uma surpresa.
Os dois homens estavam levando Liam e Nick desmaiados para dentro de uma vã.

Continua...

Meu Namorado Lobisomem (Em Correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora