Capítulo 01

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Gregory Parker

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Gregory Parker

Traguei mais uma vez o charuto sentindo a fumaça passar por minha garganta e entrar em meus pulmões e sentindo o leve ardor deixei meus olhos se abrir encarando o teto do meu escritório soprei a fumaça e estiquei minha mão para espremer a ponta no cinzeiro eu realmente não entendia porque ainda mantinha esse hábito mesmo que no fundo eu odiasse o cheiro e até o sabor desse charuto, quando levantei meu rosto encarei o convite vermelho sobre minha mesa, e na tela do meu computador o bilhete me lembrando que não poderia faltar era uma quarta feira a noite meio de semana e se parasse para pensar eu estava atolado de coisas para fazer mas Fernanda tinha que ter um carinho por esse dia:

— Senhor Parker? — Olhei para a porta vendo Jacques parado com as mãos no bolso da calça social e o cabelo desalinhado como sempre: Está na hora!

— Tudo bem, vamos logo pois temos uma inauguração para irmos! — Falei me levantando pegando meu sobretudo da cadeira.

Las Vegas era uma das cidades mais movimentada as luzes dos cassinos podiam ofuscar o olhar, andamos até sairmos da cidade em um prédio abandonado, o carro parou na porta de ferro com um grande aviso de proibida entrada, coloquei as luvas de couro e inspirei o ar abafado do deserto inspirando o último ar puro que eu teria, em cada lado do prédio havia um segurança além dos atiradores em lugares não vistos Jacques falou com alguém por telefone e acenou dizendo que já estava tudo pronto para entrarmos.

O prédio por dentro não tinha paredes e a única parte funcional era o elevador, subimos até o último andar onde as paredes já haviam sido derrubadas e as duas cadeiras estavam na beira, assim que as portas foram abertas vi a cena dois caras sentados amarrados nas cadeiras na margem do chão um milímetro para trás eles cairiam e pela altura morreriam com certeza, ao lado deles estavam mais quatro homens em pés segurando duas cordas e chegando mais perto pude ver que as duas cadeiras estavam com as pernas de trás já para fora e o que seguravam os dois eram apenas os homens:

— Boa noite! — Falei parando entre as duas cadeiras vendo os dois meninos me olhando o que me parecia ser mais novo parou de respirar por alguns segundos o mais velho se remexeu fazendo a cadeira ir um pouco para trás: Se eu fosse você não faria isso, meu homem pode muito bem se cansar mais rápido — Falei encarando o mais velho que parecia irritado, respirei fundo e olhei para trás quando uma cadeira foi colocada atrás de mim: Mas vamos ao que interessa, onde está minha grana?

— Estamos quase conseguindo! — O mais novo falou rápido olhando para os lados para baixo e novamente para mim, passei minha mão por minha barba grande e olhei para o irmãos mais velho que estava calado:

— Lembro-me que me disseram isso na última vez, e lembro-me também que seu irmão perdeu um dedo nessa brincadeira! — Falei olhando novamente para o irmão que tinha as mãos presas para trás: Porque devo ter piedade?

— Eu tenho a metade, eu juro que tenho! — Bufei cansado me sentindo extremamente cansado, uma das piores coisas desse meu trabalho era esse serviço cobrar e ouvir mentiras e mais mentiras: Eu só preciso de mais um tempo!

Entregue ao desejoOnde histórias criam vida. Descubra agora