Capítulo Três

2.1K 413 71
                                    

CAPÍTULO TRÊS

Vitor pagou o caixa da padaria e saiu. Era sexta-feira, ele tinha começado a trabalhar todos os dias desta semana as sete da manhã. Precisava atender um número maior de pacientes e automaticamente aumentar sua renda.

Olhou de um lado para o outro antes de atravessar a rua. Uma pessoa sentada no ponto de ônibus chamou sua atenção.

Sofia. Pensou ele e sorriu.

Estava vestida para o trabalho e ele imaginou que não era para a floricultura.

-Duas vezes em uma semana acredito ser coisa do destino.

Ela levantou o olhar e o encarou sorrindo.

-Destino? Isso estar mais para perseguição.

-Droga, culpado. – Vitor brincou. __ Bom dia Sofia. Como vai?

-Bom dia Vitor, estou bem. E você?

-Melhor agora.

Ela riu baixinho e Vitor se sentou ao seu lado.

-Como vai seu pai?

-Bem.

-Ainda me xingando?

-Sempre. – Sofia garantiu e riu.

-Acredito que não trabalha somente na floricultura.

-Não, a loja é da minha avó. Ajudo-a aos sábados.

-Não deveria ter me dito, agora sei onde te encontrar.

-Culpada, fiz de propósito. Não queria que meu perseguidor ficasse perdido.

Vitor riu baixo e ela sorriu.

Como dentista, olhou o sorriso dela e achou perfeito.

Dentes brancos perfeitamente alinhados. Pensou e sorriu. Porém não conseguir evitar de observar como ela tinha lábios bonitos.

-Trabalha em que? – Questionou. __Além da floricultura aos sábados, claro.

-Além da floricultura, trabalho como auxiliar administrativo.

-Hm.

-Parece chato neh. – Ela brincou.

-Não sei dizer, sempre fui dentista. Parece chato neh.

-Talvez um pouco. – Sofia disse e sorriu. __ Mas não se diverte nenhum pouquinho vendo seus pacientes sofrerem?

-É o preço por dentes bonitos, mas não negar que me divirto.

-Você iria rir muito se tivesse visto meu pai tentando comer nos primeiros dias. Não tinha coisa melhor para rir.

-Seu pai é uma figura.

-Dramático, encaixa melhor no perfil dele.

Vitor riu concordando e se levantou.

-Foi bom te ver, mas preciso ir.

-Até mais Vitor.

Vitor sorriu, se inclinou e beijou o rosto de Sofia.

-Até mais Sofia.

Vitor se afastou e entrou no prédio ao lado. Morava na frente da padaria. Depois de tomar seu café da manhã, desceu para a garagem. Franziu de leve o nariz ao ver o carro popular que dirigia agora.

Foi por um bem maior. Pensou em forma de consolo.

Destravou o alarme e entrou. Saiu da garagem e esperou o ônibus que tinha acabado de parar. Olhou para o ponto de ônibus e viu Sofia entrando. Ele sorriu de leve, gostando da ideia de conhecer uma nova pessoa. Não pensava em Sofia de forma maldosa, mas gostava de conversar com ela. Do sorriso espontâneo e o humor afiado.

AMAZON - Amor Real - Livro 1 Serie: Destinados a AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora