Capítulo Dois

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CAPÍTULO DOIS

Segunda-feira era o pior dia da semana, decidiu Sofia. Deixar sua cama quente e confortável as seis da manhã não era algo agradável. Mas precisava ir trabalhar. Trabalhava como auxiliar administrativa no escritório de uma empresa de manutenção. Gostava do emprego, apesar das vezes que quis gritar com seu chefe e manda-lo para lugares nada agradáveis.

Tirando isto, gostava do que fazia.

O maior de todos os problemas era começar o expediente as sete e meia da manhã. Ela nunca poderia ser considerada uma madrugadora. Sempre aproveitava todos os sonecas do despertador que conseguia.

-Anda logo Sofia, está nos atrasando.

Ouviu a voz do seu pai enquanto ele passava pelo corredor dos quartos. Pegou a bolsa e o celular antes de sair do quarto. Seu pai sempre dava uma carona quando ela estava atrasada. Ele trabalhava de motorista para uma empresa que trabalhava na mesma usina que ficava o escritório dela. O que era muito bom, pois quando perdia o ônibus da empresa, ela tinha uma carona garantida.

Saiu do quarto, deu um beijo na sua mãe e foi para a garagem, sabendo que seu pai já estava lá aguardando-a. Ele dirigia um carro próprio da empresa e sempre ficava com ele aos fins de semana. Ouviu o barulho do portão sendo aberto e apressou os passos. Abriu a porta do carro e entrou. Colocou o cinto e ficou em silêncio. Estava sonolenta e talvez mal humorada.

-Bom dia para você também filha.

-Bom dia pai.

-Que cara é esta?

-Sono.

-Vi que ficou até tarde com a luz acesa.

-Estava trabalhando no meu TCC. – Ela murmurou.

-Está quase acabando.

-Sim.

-Que mau humor. – Ele brincou e ela não respondeu. __ Vou parar na padaria para pegar um lanche e já vamos.

-Tudo bem, me pague um café.

Seu pai sorriu concordando que ela precisava de um café.

A padaria era duas ruas abaixo de sua casa. Ele estacionou na porta e entraram juntos. As atendentes eram educadas e os conhecia a muito tempo. Seu pai pediu a do balcão para servir dois cafés enquanto eles esperavam pelo lanche que ele ia pegar.

Sofia agradeceu assim que sentiu o cheiro do café. Sentou-se na banqueta e apreciou o café quente.

-Ei Carlos, como vai?

Ela olhou para trás ao reconhecer a voz. Vitor, o rapaz que foi seu cliente na floricultura, se aproximava sorridente de seu pai. Usava roupas brancas e mancava de leve com a perna esquerda.

-Doutor Vitor, como vai? Pulou cedo da cama?

Seu pai apertou a mão dele e o rapaz sorriu.

-Somente Vitor, por favor. Decidi começar mais cedo hoje, como vai o aparelho? – Vitor perguntou.

-Então você é o dentista do meu pai. – Sofia disse antes do seu pai responder.

Vitor a olhou e sorriu abertamente ao reconhece-la.

-Sofia.

-Vocês se conhecem? – Carlos perguntou confuso.

-Sim, ela salvou o dia no sábado ao me vender um vaso de flor.

-Espero que sua mãe tenha gostado.

-Ela amou, ainda mais depois que nós quatro compramos a mesma coisa.

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