Capítulo Cinco

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CAPÍTULO CINCO

Para ironia do destino, durante a semana Vitor e Sofia não se encontraram casualmente como vinha acontecendo. Eles trocaram mensagens todos os dias e combinaram que ele a pegaria depois de sua aula na faculdade na sexta-feira à noite.

Mas Vitor não escapou de um certo paciente na quinta de manhã. Carlos, pai de Sofia, o encarava sério e Vitor imaginou que ele deveria saber que chamou sua filha para sair.

-Como vai Carlos?

-Com uma enorme vontade de socar você.

Gustavo, seu amigo e também sócio estava passando no mesmo instante e o ouviu.

-Opa, se for quebrar a cara dele bate por mim também. Ele não me pagou um almoço essa semana.

-Sério? – Vitor questionou o amigo.

Gustavo deu de ombros.

-Você perdeu a aposta e não me pagou o almoço como combinado.

-Idiota, hoje é por minha conta então. – Vitor falou e seu amigo sorriu.

-Melhor assim, não o quebre muito Carlos e cuidado com o joelho esquerdo. – Gustavo brincou.

-Está sendo de grande ajuda. – Vitor ironizou.

-Desculpe, não quero que precise de uma muleta se machucar mais o joelho.

Vitor gemeu frustrado.

-Vamos lá Carlos, precisamos seguir o horário.

-Juro que vou te quebrar se magoa-la. – Carlos prometeu.

-Magoar a quem? – Gustavo perguntou curioso.

-A minha filha. – Carlos respondeu.

-Vá trabalhar Gustavo, não tem ninguém para atender não? – Vitor questionou e andou na frente dos dois.

-Você chamou alguém para sair e não nos contou? – Gustavo continuou perguntando.

-Deus. – Vitor murmurou. __ Chamei Sofia para sair, mas não vou fazer nada de errado com ela.

-Não importa, ela é minha filha!

Vitor apontou para a cadeira onde Carlos deveria se sentar. O homem bufou e sentou de má vontade. Vitor colocou um par de luvas e uma máscara descartável.

-Sofia? A moça da floricultura?

-Sim, agora saia e me deixe trabalhar. – Vitor pediu.

-Nem pensar. – Gustavo protestou e pegou um par de luvas. __ Carine eu vou ajudar o doutor Vitor agora.

-Nem pense nisto, você fica Carina e o Gustavo sai.

-Eu sou seu chefe Carina, não discuta comigo. – Gustavo falou pegando a pasta do paciente que sua assistente tinha nas mãos.

-Mas o doutor Vitor também é o meu chefe. – Ela protestou rindo.

-Não se preocupe, se ele te demitir eu te recontrato. – Gustavo afirmou e Carine saiu da sala.

Vitor olhou com impaciência para o amigo, seria um longo dia. Tinha certeza disto. Sentou em sua cadeira e viu que Carlos ainda tinha uma expressão carrancuda.

Suspirou cansado.

Puxou a máscara do seu rosto para o pescoço e encarou Carlos nos olhos.

-Gostei da sua filha desde o primeiro dia em que a conheci na floricultura. Sofia me atendeu muito bem, assim como meus irmãos. Não pretendo machuca-la de nenhuma forma, então não se preocupe com isto. Se ela te contou que a convidei...

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