Contrato

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A casa dos Monteiros  já não era mais a mesma , a alegria da menina  dos olhos claros , já não existia a anos .

Maria  Catherine , já estava com dezessete anos  , depois que sua mãe faleceu , sua vida foi resumida ha obedecer seu pai nas  mínimas coisas .

Dr Oscar já era um homem frio , mas com os anos , ele se tornará uma péssima pessoa , conversava com a filha só quando era preciso , e mandava sempre a vigiar , sua vida era somente com os negócios mal parava dentro de casa .
Era um homem de poucos amigos .



Maria Catherine entra na cozinha , enquanto tia Benedita está preparando o almoço , sua rotina tem sido pacata , depois que saiu do colégio . Suas amigas , a meses não as vê , algumas delas também já foram embora , pra continuar estudando .
Maria Catherine até tentou conversar com o seu pai , na tentativa de entrar em uma universidade, mas seu pai só soube rir de sua cara . E finalmente dizer , que lugar de mulher é dentro de casa .

- Oi tia .

Maria cumprimenta .

-Oi minha flor , dormiu bem ?

Maria suspira se dando por vencida ao desânimo - Dormi sim .

Benedita volta a encarar a moça , que se debruça sobre o balcão . - Está tudo bem com você ?

Maria Catherine volta a olhar para a tia . - Depois que me formei , não tenho mais nada pra fazer , a não ser ficar aqui dentro presa nessa fazenda .

-Porque não vai andar a cavalo ?
Minha tia fala com um largo sorriso .
- Lembra quando eu fui fazer isso tia . Encontrei com meu pai no campo , onde ele estava vacinando parte do gado . Ele me arrancou do cavalo , me deu uns tapas , e mandou eu sumir da vida dele .

Benedita suspira ao ver o desapontamento da menina .

Pra Maria sendo jovem era difícil se divertir na fazenda , nunca possuiu um celular , mal ia no centro , quando precisava comprar algo , Benedita era quem comprava no lugar dela . Morava em uma roça , o vizinho mais próximo da fazenda , era um sítio de uma família Argentina, a dois quilómetros.

-Então vem , me ajudar a terminar o almoço .
Benedita volta a sorrir novamente , tentando entusiasmar Maria .
A jovem até tentar retribuir com um sorriso amarelo de volta .

Enquanto elas preparavam a comida , Benedita se prendia em seus pensamentos .

" O meu santinho , abençoa que essa menina seja feliz algum dia".


O almoço está posto na mesa o relógio marca onze da manhã , Maria ainda se encontra na cozinha ao ouvir galopes do cavalo de seu pai se aproximando . Com tantas desavenças , Maria Catherine preferi deixar a cozinha rapidamente , e subir para o seu quarto .

Depois de ficar quase duas horas do quarto , Maria  vai para a biblioteca , que geralmente lá , só ela visita e as arrumadeiras . Cada livro , foi comprado e posto na prateleira pela sua mãe , todas as vezes que limpam a sala , Maria faz questão de estar presente pra nenhum livro sair do lugar .

Alguns minutos depois Benedita entra trazendo uma bandeja . Maria  está lendo , sentada na poltrona que sua mãe sempre ficava .

-Que horas você pretende comer menina ?
Tia Benedita pergunta . -Estou sem fome tia.
Maria respondi , sem ânimo. - trouxe sua comida , esses livros não enche barriga não , quero que você come e agora , antes que esfrie . - Mas Tia . -Sem mas !
Benedita põe a bandeja com o prato de comida e um copo de suco sobre a mesa , e se senta na cadeira de frente à Maria , que ainda está vidrada com os olhos no livro .

-Sabe menina , você já não é mais criança .
Maria para de ler o livro e olha para sua tia . - Olha como você está bonita , muito abaixo do peso mas ainda continua linda .

Maria sorrir . -Mas minha menina eu sei o quanto sofri , com que sua vida se tornou , de sua mãe ter morrido com você ainda pequena , seu pai mal conversa com você .

Conforme , Benedita falava todas aquelas palavras , os olhos de Maria , se enchiam de lágrimas , parecia ser uma represa prestes a rompe . Mas Maria , procura ser forte , limpando os olhos com as mãos , como se não fosse sério .
Benedita se impressionava , deis que sua mãe morrera não viu uma lágrima escorrer dos olhos da menina .
-Não precisa ser tão dura consigo mesma Maria Catherine , você tem que se libertar desses sentimentos , conseguirá somente chorando .

Maria  calma , sorri pegando a mão de Benedita .

-Tudo tem o seu tempo tia .
Benedita procurava nos olhos da menina o que ela não falava com palavras , mas nada encontrava .

****

Já era noite quando Maria descia as escadas , ouviu conversa vinda da sala , com curiosidade se aproximou mais do que devia , pareci que seu pai estava adivinhando , ao encarar o rosto da filha , que se aproximará .

-Desculpe , não quis incomodar .

Maria fala com medo e envergonhada .

-Não se preocupe Maria , venha aproxima-se .

O pai a chama , Maria se senti como uma caça , prestes a ser abocanhada pelo caçador . Como pode uma filha não se sentir bem perto do pai .

-Quero te apresentar , seu futuro sogro , Dr Fernando .

CONTINUA.

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