Capítulo 19

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Justin Bieber Pov

Quando seguro em suas mãos Ariana para olhando diretamente em meus olhos. Eu me afasto e me deito na cama de novo olhando para o teto.

— Só queria que você confiasse em mim. Não quero que sinta medo. — Ela diz, tão baixo, quase como um sussurro bem próximo ao meu ouvido.

— Eu não consigo, é torturante. Vem tudo de novo, aquelas malditas noites me perseguem. — Acho que nunca serei capaz de esquecer meu maldito passado, ainda mais, quando ele busca está presente em todos os lugares que eu vou. Sinto seus lábios tocarem de leve minha bochecha e eu solto um suspiro baixo.

— Eu sei... Não quero fazer você lembrar disso, me desculpa.

— Não é você que me faz lembrar, sou eu mesmo, está dentro da minha mente. — Sua mão segura meu queixo fazendo eu olhar para ela.

— Deixa eu te ajudar. Deixa eu tentar fazer você esquecer isso. — Eu queria muito que alguém fosse capaz de me fazer esquecer, mas é impossível.

— Não é possível Ariana. — Olho para seus lábios quando ela me responde.

— É sim Justin, eu não quero perder você. — Me sento na cama no mesmo instante que ouço o que ela diz, me encosto colocando ela em meu colo analisando o rosto da minha pequena sobrinha triste. O que eu fiz com essa garota? Pergunto a mim mesmo ao perceber que ela acha tantas coisas boas em mim que nem eu mesmo sou capaz de encontrar. Eu a enfeiticei com minha maldade, mas ela é tão boa que está querendo me enfeitiçar com a sua bondade. Sinto que quer me transformar, me fazer ser bom e diz, Ariana afirma que é quase incapaz viver sem mim. Mas a verdade, a grande verdade é que ela está se viciando por eu ser o primeiro cara que a tocou, que a beijou e que a fez sentir seu primeiro prazer. Eu destruo tudo que eu toco, tudo que eu vejo e o que eu sinto, mas com ela é diferente, eu não quero destruí-la, quero que permaneça firme pois é a única esperança que eu tenho e é a minha única paz juntamente com a Avalanna, e eu não quero perder nenhuma das duas, não por amor, até porque não sei nem o que é mais sentir isso, mas por eu ser tão inútil e ter perdido tantas coisas que perde-las também, eu estaria perdendo o resto que sobrou de mim.

— Por que tem tanto medo de me perder? — Levo minha mão para sua bochecha e acaricio com meu polegar, olhando os detalhes do seu rosto. — Eu sou mais velho que você, eu sou mal, você é tão inocente, não sabe um terço do que eu já fiz, deveria querer se manter longe e não tão perto como está agora. — Mesmo que ela quisesse se afastar, eu não deixaria mais.

— Mas eu não quero ficar longe de você! Eu não ligo se é mais velho, ou se é meu tio ou o caralho a quatro! — Rio fraco ao ouvi-la xingar — Nada disso interessa pra mim e pra você também não, porque já fizemos coisas erradas... – Permaneço calado e seus braços envolve meu pescoço – Mas você não quer ajuda... — Suspiro e deposito um selinho em seus lábios. — Vamos dormi um pouco? Não dormi direito essa noite naquele sofá – Ela ri fraco e eu balanço a cabeça em afirmação me ajeitando na cama. Ariana virar-se de costas para mim e eu envolvo meu braço em sua cintura deixando minha cabeça próxima ao seu pescoço, sentindo seu cheiro.

...

Quando acordo a cama está completamente vazia, me levanto e saio do quarto indo para o meu. Tomo um banho e visto uma roupa casual já que hoje eu só iria resolver umas coisas.

Pego meu celular e ligo para o David.

— Fala Bieber! Estou indo no seu escritório nesse momento para conversar com você mais sobre a empresa. — Desço as escadas estranhando de não ver a Ariana.

— Certo, só estou indo para conversarmos novamente sobre essa empresa, quero tirar todas minhas dúvidas antes da compra.

— Ok — Desligo a chamada sem responder e saio de casa entrando no carro e dirigindo até a empresa.

Penso em pegar a arma, mas resolvo deixar ela no carro mesmo. Desço e entro na empresa passando a mão pelo cabelo bagunçado. Suspiro observando o vazio e o silêncio pairando no ambiente e me sento em uma cadeira da entrada.

— Você é o Bieber? — Olho para o homem a minha frente a qual parece ter mais de um metro e oitenta de altura. Reviro os olhos me levantando.

— Sou eu mesmo, e você quem é? — Cruzo meus braços.

— Uma pessoa mandou te entregar isso. — Observo sua mão ir o bolso de sua calça e ele tira uma faca de dentro fazendo eu soltar uma risada baixa.

— Uma faca? Te mandaram entregar ou iremos brincar de quem sabe dá a facada mais gostosa? — Pergunto cinicamente.

— Não! Eu que vou mandar nessa brincadeira e você será apenas o meu boneco idiota — Sinto meu corpo ser empurrado com força contra a parede e ele me imobilizar, impossibilitando que eu fuja. Tento empurra-lo, porém acabo levando um chute no estomago fazendo eu gemer de dor. A ponta da faca toca em meu pescoço e eu respiro fundo.

— Caralho! — Resmungo irritado olhando nos olhos do filho da puta em minha frente. — Me solta porra!

— Mas já? Nem dei meu aviso ainda. — Suas palavras saem frias e ele tenta me intimidar com o olhar, mas não sinto nenhum medo.

— Enfia seu aviso no meio do seu cu! — Respondo ríspido e o mesmo da uma gargalhada passando a ponta da faca pelo meu pescoço, sem cortar.

— Bem que me avisaram que você se acha o fodão!

— Eu não me acho! Eu sou — Sorrio convencido — E você? Quem você pensa que é? O que pensa que está fazendo? — Tento soltar meus braços, mas falho sendo imprensado mais contra a parede.

— Estou fazendo o meu serviço — A faca desce pelo meu braço arranhando e eu arregalo meus olhos gritando alto de dor quando ele enfia a mesma em meu braço direito. — Só digo para não tentar matar novamente outro capanga do meu chefe.

— O próximo que eu vou matar é ele, mas antes eu vou esquartejar seu corpo e ver você sofrer até seu último suspiro. — Falo entredentes deixando a raiva exposta em minhas palavras e ele se afasta. Caio no chão de joelhos e coloco a mão em meu braço observando o sangue descer lentamente melando minha camisa e minha mão.

— Se você ficar vivo daqui pra lá. — Puxando a faca do meu braço, respiro descompassado sentindo a dor aumentar conforme o sangue desce cada vez mais rápido.

Minha visão vai ficando turva aos poucos e pisco os olhos algumas vezes tentando permanecer com eles abertos o que se torna cada vez impossível com a intensidade da dor e a quantidade de sangue sendo liberado do meu corpo.

Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora