Capítulo 61

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- Está tudo bem? - ele pergunta e eu simplesmente balanço a cabeça em afirmação.

- Tudo sim, Logan. - era apenas o garoto que conheci na lanchonete outro dia, antes mesmo do Justin ir embora.

- Tem certeza? - após retirar o capuz que cobre sua cabeça seus olhos focam nos meus. - você estava me encarando e gritou o nome de alguém que eu não conheço.

- Só achei que era uma pessoa que eu conheço. Desculpa.

- Sem problemas. Você deveria ir pra casa.

- É, eu vou. Não foi uma boa ideia vim pra essa festa.

- Quer que eu te leve? - fico em silêncio por alguns segundos. Dessa vez terei que concordar que quando sentimos a falta de alguém, quando a saudade é tão grande, acabamos vendo essa pessoa em todos lugares que vamos.

- Não, está tudo bem. Consigo ir.

- Está bêbada. Me deixe te ajudar. - solto um suspiro totalmente cansada e aceito. Logan abre um sorriso e tira seu moletom me entregando. - vista, você deve está com frio. - pego o tecido e coloco sentindo o perfume dele invadi meu nariz. Ele gentilmente segura em minha mão e caminho até o carro onde entrego a chave.

- Como fará para buscar o seu?

- Eu moro aqui perto, posso pegar um táxi na volta. Não se preocupa comigo. - entro no carro e ele começa a dirigir. Aos poucos encosto minha cabeça na janela do carro.

Eu vou seguir em frente, preciso parar de pensar que em todos os lugares que eu for, ele vai aparecer a qualquer momento me dizendo que tudo o que tinha que fazer finalmente teve um fim. Preciso continuar porque a vida realmente não pode parar aqui. Ele quer que eu seja feliz, então eu serei. Mesmo que a minha verdadeira felicidade tenha ido com ele.

A estrada parece cada vez mais lenta enquanto observo tudo girando aos poucos. Acho que exagerei no álcool. Com as conversas curtas que tive com as pessoas que se encontravam no grupinho da Louise eu bebia a todo instante, apenas para sentir a sensação de ter novamente, por um instante, meu vazio preenchido. No entanto, bebida nenhuma é capaz de preencher. Eu sei disso.

Logan olha pra mim por alguns instantes.

- Onde é sua casa? - ele pergunta e eu me lembro que nem se quer disse onde morava. Mexo no GPS do carro e marco. - aconteceu alguma coisa com você? Eu sei que a gente nem se conhece direito, mas se quiser conversar.

- Não, não aconteceu nada. Só está doendo muito.

- O quê? Você se machucou? Quer que te leve ao hospital? - percebo a preocupação em sua fala e tento da um sorriso fraco.

- Me machucaram... Mas foi o meu coração. A vida é injusta, Logan. Eu sinto tanta falta dele.

- De quem?

- Do cara que mais amei em toda minha vida.

- Vocês dois terminaram?

- Não, ele teve que ir.

- Meus pêsames.

- Não, ele não morreu. Bem, eu acho que não. Tem três meses que ele precisou fazer uma viagem a negócios e não tenho mais notícias.

- Sinto muito por isso, Ari.

- Mas agora tenho que seguir minha vida, e eu realmente não sei como conseguir fazer isso. Talvez ele não volte mais e me pediu para não deixar de ser feliz esperando ele. Me pediu para dá a chance a outro alguém.

- Deveria fazer o que ele disse então... Infelizmente a vida não vai parar para que você possa sofrer silenciosamente. Todo mundo tem que deixar para trás coisas importantes que aconteceram. Dê uma chance a si mesma. - sinto o carro parar e olho para a minha casa.

Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora