Prólogo;

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Ao contrário da maioria das pessoas, eu tinha oito anos quando escolhi meu nome. Recém saída do orfanato, meus pais podiam ver em meus olhos o quão doloroso era ser chamada pelo nome com o qual havia sido abandonada. Em uma tarde de outono, quando meu aniversário de nove anos estava batendo na porta, estávamos voltando da escola quando me perguntaram do que eu gostaria de ser chamada.

Com o meu novo nome ainda fresco na boca, lembro perfeitamente de assistir enquanto um dos meus pais sorria e balançava a cabeça.

— Freya — ele suspirou, apreciando a maneira como o nome pesava em sua boca de uma maneira tão familiar que era como se eu sempre houvesse existido em sua vida. — Esse é o nome para uma mulher forte. Combina com você.

Ele se abaixou e acariciou o meu cabelo antes de me dar a mão e atravessarmos a rua, indo para casa. Aquela era uma sentença da qual nenhum de nós podia sequer imaginar o peso.

Freya - A garota de Manhattan (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora