Joaquim e Tino chegaram ao jardim.
- Sim, realmente é muito giro. - disse Tino.
- O que vamos fazer ?
- Eu sugeri o local, agora escolhe tu o que fazer.
- Podíamos nos sentar naquele banco, se quiseres.
- Boa ideia.
Os dois foram indo até aos bancos, quando encontraram José Pedro com a namorada.
Os dois estavam a ir para o banco que Tino sugeriu.
- Está ali o teu irmão Joaquim - exclamou Tino, apontando para José Pedro.
Os quatro correram para o banco sem perceberem que nele estava sentada Josefina.
- Tino !? Joaquim !? Vocês dão-se bem ?- perguntou José Pedro, admirado.
- O que achas José ?- reclamou Tino.
- Calma Tino, apenas fiquei surpreendido.
- Pois surpreendido, já entendi- disse Joaquim.
Joaquim agarrou Tino para se irem embora, mas Tino reparou que Josefina estava lá e ficou colado nela.
Josefina estava a falar com o pai de Tino, supostamente sobre assuntos escolares.
- Acho que é melhor não estarmos aqui, sugeres outro sítio ?- perguntou Joaquim.
- Não, agora quero saber sobre o que estão a falar, o meu pai nunca costuma cá vir.
Tino caminha em direção a Josefina, percebendo que o assunto não eram as suas notas.
- O que estás aqui a fazer ?- perguntou Tino confuso.
- Filho, eu estava aqui a falar com a tua professora sobre as tuas notas.
- Mentiroso, Josefina, diz-me a verdade.
- O teu pai contou-te a verdade, Tino.
- Andas-me a trair ?- perguntou Tino.
Joaquim confuso saiu do local onde estavam, a chorar. Ele pensava que Tino gostava dele.
Tino estava chateado por percebera tudo, seu pai estava enrolado com a sua namorada e agora Joaquim sabia o que acontecera.
- Nunca mais vos quero ver !- disse Tino ao pai e à professora.
- Nem nós a ti, devias reprovar no final do ano- exclamou seu pai.
Tino saiu ainda mais chateado e seguiu Joaquim.
Joaquim tinha se ido embora para casa, meteu-se na cama a ver televisão quando Elio entrou no seu quarto.
- Que tens totó ?- perguntou Elio.
- Nada, sai Elio !
- Calma bicha.
- Idiota !- exclamou Joaquim, levanta-se e dá-lhe um murro.
Elio devolveu-lhe o murro e os dois começam à porrada, e momentos depois alguém toca à campainha.
- Largam-me ! Vou abrir a porta por isso controla-te !- disse Joaquim.
- Vai lá Cinderela- disse Elio.
Joaquim vai abrir a porta e encontra Tino.
- Que estás a fazer aqui ?- perguntou Joaquim, revoltado.
- Queria saber como estavas e como não me deste o teu número não te conseguia ligar...que tens na cara ?
- Nada, vai embora, já nem te posso te ver à minha frente !
- Ahn ? O que fiz ?
- Diz-me tu o que fizeste.
Joaquim fecha-lhe a porta.
Tino fica triste e vai embora.
Joaquim volta a abrir a porta, mas desta vez já não vê Tino. Ele consegue vê-lo ao fundo da rua e corre para ele. Tino olha para trás e repara que Joaquim o estava a seguir.
- Vais discutir comigo ?- pergunta Tino, triste.
- Achas que tenho paciência para isso ? És mesmo cromo- Joaquim responde, sorridente.
Tino sorri e abraça Joaquim. Joaquim olha Tino nos olhos.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Jino
Romanceuma pequena história de amor escrita nas aulas de geografia e de filosofia