Tinha acabado de acordar e já nem me lembrava do que sucedera na madrugada do dia anterior.
Estava na sala a relaxar enquanto via televisão com a Catarina quando o meu pai me ligou a dizer que ia ficar mais uma semana fora porque houve um imprevisto no trabalho... eu entendi, e por momentos pensei em dizer-lhe o que se passara nestes dois últimos dias mas não o fiz porque não o queria deixar preocupado e talvez eu apenas estivesse a fazer uma tempestade num copo de água.
Depois de um dia inteiro de conversas com a minha irmã decidimos entrar no espírito natalício e combinámos montar a árvore de natal juntas. Perguntei onde estavam guardadas as decorações de natal e a Catarina respondeu-me que estavam no sótão. Enquanto ia ao sótão pedi à minha irmã que começasse a preparar os enfeites.
Cheguei à porta do sótão, destranquei-a e abri-a. Para lá da porta haviam umas enormes escadas por onde subi. Quando cheguei ao topo das escadas estava um monte de tralha uma em cima da outra. Fui em direção a uma caixa onde estava escrito "Coisas de Natal" e no meu caminho até à caixa deparei-me com um velho jornal em que cuja capa estava escrito acerca do enforcamento de um homem. Fiquei curiosa, mas de repente, ouvi a porta do sótão a bater então peguei na caixa e fui embora. Cheguei à porta mas quando a tentei abrir esta não abria e um ar frio e sufocante caiu sobre mim... comecei a gritar para a Catarina parar com as brincadeiras parvas e que me abrisse a porta porque aquilo não tinha piada nenhuma.
Quando estava exausta e farta de tentar abrir aquela maldita porta ela foi aberta e do outro lado estava a minha irmã, parada, a olhar para mim. Eu perguntei-lhe, irritada, se ela achava bem o que tinha feito mas a Catarina dizia que não tinha feito nada. Fiquei mesmo irritada.
Chegámos à sala e parecia que a minha alma tinha congelado... deixei a caixa cair... no candeeiro da sala estavam penduradas como se tivessem sido enforcadas bonecas da minha irmã, algumas delas sem cabeça. Voltei-me para a Catarina e perguntei outra vez furiosa se ela achava aquilo normal, se achava aquilo sano. Ela contrariada olhou para mim e disse que tinha sido o "Billy" a fazer aquela "Obra-prima".
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O Sótão
ParanormaleUma rapariga muda-se para a casa do seu pai e da sua irmã mais nova, Catarina, após o falecimento da sua mãe quando atividades paranormais começam a suceder-se após a mudança.... Piorando de dia após dia.