Capítulo I

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Mais um dia como todos os outros...

"Levanta, tem aula mocinha!" -Ecoou a voz do além, vulgo minha mãe. Maria Cecília Marques.

"Não, 5 minutinhos por favor, só mais  5 minutinhos" -digo rolando na cama, colocando meu travesseiro em minha face.

"AGORA!!!!" -berrou a voz, levantei aos pulos da cama assustada.

"Acordei"-digo sonolenta.

Faço minha higiene matinal, troco minha vestimenta pelo o uniforme comum camisa branca, moletom, jeans e tênis.
Descendo as escadas encontro minha mãe, a minha espera. Para um novo dia...
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"Oi, Eli - pronúncia Sofia Souza, minha melhor amiga.

"Oi, Sofi" -a cumprimento, com um sorriso nos lábios. 

Nos conhecemos desde nossos 4 anos, apesar de Sofia ter muitos outros amigos por conta da personalidade extrovertida e cativante que ela possui, sei que com ela posso contar sempre.

"Tô morrendo de fome"-fala com a mão na barriga.

"Quando você não está?"-expresso com uma risada olhando o descontentamento dela, que é claro que era brincadeira.

"Olha quem fala, o sujo falando do mal lavado"-antes que eu pudesse a responder Lívia Antunes e Lucas Antunes, a dupla de gêmeos, aparecessem sorrindo.

"Olá pessoal"-falou Lívia.

"Olá cambada" -esse é o Lucas, o melhor amigo gay que você pode ter.

"Oi dupla"-Sofia e eu dizemos.
A aula começa quando o professor adentra a sala. Rodolfo um barrigudo, baixinho com um bigode estranho. Do meu lado esquerdo tem Sofia conversando alegremente com uma garota que não recordo o nome. Ouso risadinhas muito altas no fundo da sala, avisto que são as vozes de Amanda e Júlia, não as considero minhas amigas está mais para amigas dos meus amigos. Nunca fui de conversar espontaneamente com as pessoas por conta da timidez, e por não confiar nas pessoas. Elas machucam, traem umas as outras. 

Meus amigos e com isso quero dizer Sofia, Lívia e Lucas. Eles dizem que não sou tímida com eles, mas é que tem intimidade e confiança entre nós.
Ao meu lado direito Lívia e Lucas estão conversando como o restante da sala, menos eu.

Meus olhos vagam lugar em lugar, de risadinhas irritantes até ao ronco estridente de Carol misturada com as gotículas em seu moletom que por agora está sendo utilizado como almofada. Meu olhar vai se desviando até que para num oceano esplêndido que gostaria de nadar, mergulhar até o fundo e me perder cada vez mais e mais, nas profundezas da imensidão azul de Noah Patrick, os óculos preto em sua face, os fios pretos rebeldes. Me deixando cada vez mais contemplada, o que posso dizer sobre Noah? Ele é inexplorado, obscuro sinto que tem algo nele que falta em mim, um sentimento novo dentro de mim, um sentimento desconhecido que quero desvendar. Eu o conheço por todos conhecerem, mas nunca conversamos, a não ser pela vez que eu trombei com ele na biblioteca e trocamos nossos livros por engano. Foi assim que acabei tendo uma vontade de conversar com ele, em seu caderno tinha diversas fotografias com paisagens sensacionais, que eu imagino que ele fotografou. 

Quando ele veio entregar meu caderno eu travei na hora, ele parecia tranquilo apenas me entregou e pegou o seu caderno sem dizer uma sequer palavra. Todos os conheciam, sua família se mudou para Nova Iorque fazia alguns messes. E uma família muito rica, não é atoa que estuda em um colégio particular, já no meu caso não sou rica, estudo por conta de uma bolsa de estudos que foi dada pelas minhas notas. Mas ninguém sabe, apenas Sofia. Noah Patrick apesar de ter tudo, ele não parecia ligar para aquilo como os outros. Isso que me intrigava cada vez mais.


Um destino em minhas mãosOnde histórias criam vida. Descubra agora