Capítulo III O reencontro

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"Eli! Eu estou falando sério, levanta agora!"-- diz Sofia, me chacoalhando. Me levanto emburrada da cama, ando cambaleando para os lados -- "Nossa, a ressaca tá feia Eli"--  Adentro o banheiro. Vejo meu reflexo no espelho, pele pálida, meus fios castanhos bagunçadas e olhos inchados.Parabéns Elisa, você é uma grande decepção. Tiro minhas vestimentas e ligo o chuveiro, com a água bem gelada para relaxar os músculos, entro rapidamente em contato com a água e  suspiro profundamente, aproveitando cada gota que cai sobre mim.

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Saio apressadamente do apartamento já vestida com camiseta social e um jeans, e tênis. Para o novo emprego nas empresas DIM(Designer de interiores multinacional), uma das empresas mais cobiçadas, consegui esse emprego como secretária graças ao namorado de Sofia, Lucas Rodrigues que conhece essa família faz anos.
Estou ansiosa por isso, preciso de dinheiro urgentemente e esse emprego no momento é a minha unica esperança. E nada melhor entrar no primeiro dia atrasada. Pego o táxi  vou. Já de frente com a empresa.
Caminho até a grande porta em minha frente, vou abrir e puxo uma vez, não vai. Puxo outra vez. Nada. Meu Deus o que tem de errado com essa porta? E continuo, outra e outra vez. Começaram pessoas desconhecidas que caminhavam pela rua a me olhar, isso não é bom, o fato de não querer ser notada foi pelo cano. Quando eu ia puxar outra vez uma mão forte é colocada sobre meus ombros, senti um arrepio sobre minha coluna.
"Com licença senhorita, eu posso?"-- Ouso a voz em meu pescoço, uma voz rouca. Sussurro "Sim", e  homem a qual eu nem vi o rosto empurra a porta, abrindo-a facilmente, o homem adentra o local deixando-me prantada.

"Obrigada?"--Entro indignada no estabelecimento, vou até o balcão e vejo uma moça loira.--"Com licença, sou Elisa Marques estou aqui porque sou a nova secretaria da área de desenvolvimento."--E mulher olha algo no computador e me olha dizendo--"Senhorita Marques seu andar é o 13."-- '' Muito obrigada''.-- A respondo acenando levemente com a cabeça.  Saio a caminho do elevador quando está prestes a fecharas portas, e pessoa segura a porta com as mãos antes de se fechar. Entro toda bagunçada no elevador, aperto no meu andar.-- "Obrigada."- digo sincera.

"Parece que você tem um sério problemas com portas."-diz com um ar zombeteiro.

"Como?"-me viro apressadamente o encarando nos olhos. Azuis como o céu, como o mar em que quero navegar.
Ele abre a boca para me responder mas de repente a fecha, e fica com um semblante sério em sua face, tão bonita por sinal. O elevador se abre no andar do homem, e ele se vai.
O homem de olhos azuis tão intensos e qual me despertou uma memória, aquela tão nostálgica, que pensei nunca poderia ser capaz de lembrar. Noah Patrick.

Por culpa da imensidão azul de um simples olhar, um sentimento guardado começa a se libertar.
-Autora.

Um destino em minhas mãosOnde histórias criam vida. Descubra agora