Capítulo II

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Toca o sinal nos avisando o fim do período da aula. Ando lado a lado com Sofia.

"Ainda bem que acabou essa aula, eu odeio cálculo. Vamos ao refeitório?"- Pergunta animada.

Quando estava pronta para a responder, sou interceptada por Laura Rose, uma estudante muito falante.

"Oi meninas! Sofia a professora Joseane está te procurando, por causa de uns documentos, eu não entendi muito bem, mas melhor você ir conversar com ela".

Eu aceno com a cabeça a cumprimentando.

"Nossa é verdade eu me esqueci, obrigada por avisar Laura".

E lá se vai Laura com seus longos cachos ao vento.

"Sofi, eu tenho que ir resolver essa papelada, você quer vir ou nos encontramos no refeitório?"- Pergunto avoada pensando nos documentos.

"Não se preocupe comigo e vai cuidar da documentação, você sabe que a senhorita Joseane é bem brava, podemos nos encontrar depois".-Diz acenando sua cabeça e colocando a mão em meu ombro, essa é uma das formas de Sofia dizer que esta tudo bem.

"Tem razão, bom até mais".

Eu aceno me despedindo, e me preparo para andar pelo corredor mortal.

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Sou atropelada por uma infusão de pessoas no corredor, acabo tropeçando e quanto estava me preparando psicologicamente para a queda, me encontro intacta nos braços de uma certa pessoa. E me vejo perdida na coloração azul. 

Noah Patrick.

"Você está bem?"-diz com um semblante preocupado.

"Estou, obrigada por me pegar"-digo envergonhada. Me desenrolando do seus braços.
É sério Elisa? Nossa que péssimo. 

"O importante é você está bem. Você é a Elisa Marques certo?"- Diz me olhando, não consegui capitar o que seus olhos diziam, apenas me analisando profundamente.

"Sim..."-Digo ainda perdida, estava constrangida pelo ocorrido, porém estava feliz por ele saber minha existência, Noah normalmente era extremamente evasivo com tudo e todos.

"Você pode me ajudar?"- Ele pergunta com um semblante sério em seu rosto.

"É claro, em que?"-Acabo perguntando um tanto animada.

"A bibliotecária me pediu para pegar uma caixa com documentos da escola, numa sala só que eu não acho essa sala, ela disse que você poderia saber"-fala mostrando os documentos que se encontravam em sua mochila.

"Eu posso te mostrar".- Disse caminhando na frente, ele estava com a respiração na minha nuca me deixando nervosa por ficar sozinha com ele em uma sala minuscula.

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"É aqui"-digo abrindo a porta, que se encontra no lado direito da biblioteca atrás da estante de livros sobre matemática.

"Nossa nunca iria encontrar sem sua ajuda, obrigado senhorita Elisa Marques".- Diz olhando para mim calmamente.

"Não a nada para agradecer".- Digo desviando o olhar de seu rosto e seus olhos, eles me deixavam ainda mais constrangida.

"Mas me diz como você tem a chave daqui?- Pergunta curioso.

"Praticamente nenhum dos alunos sabem da existência dessa sala, a utilizavam para pesquisas, e tem todos os registros escolares aqui, não é mais necessário por conta dos computadores. E respondendo sua pergunta, eu sempre ajudei a Mônica (bibliotecária) nos projetos de livros, entre outras coisas, com isso acabamos tendo um ciclo de amizade e confiança, faço trabalho voluntário aqui na sala de leitura, e com isso acabei tendo essa chave para a limpeza das estantes e separação de livros repetidos"-digo apontando a uma estante velha cheia de livros iguais.

"Tá explicado, então só você e eu sabemos desse lugar?"-me olha com uma expressão duvidosa.

"Não necessariamente, tem a Mônica e Sofia minha melhor amiga sabendo"-digo simplesmente.

"Mas que tem acesso é só você e eu"-diz se aproximando de mim, ficando bem próximo do seu rosto ao meu.

"Como?"-falo confusa.

"Logo você saberá, minha pequena Lis"-fala saindo da sala com a caixa me deixando totalmente desnorteada em meus pensamentos.

Um destino em minhas mãosOnde histórias criam vida. Descubra agora