Capítulo 9

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Era meio dia quando retornou ao escritório, e já encontrava-se em sua mesa os endereços e telefones dos alunos de Camila. Ela ficou satisfeita com o desempenho do estagiário, mais nada falou.

-Assim que retornar do almoço quero que ligue para cada um deles e veja se consegue convencê-los a virem até aqui, ou nos receber.

Então ela sem esperar a resposta do rapaz pegou sua pasta preta de mão e saiu rapidamente, estava ansiosa em ver alguém. Novamente estava naquela cela. Agora já conquistara a simpatia do diretor Will. Foi imediatamente encaminhada pelos corredores da ala isolada do presídio, e agora já não estava mais impressionada com o cheiro de mofo e com o aspecto do lugar.

Apenas o que imediatamente a fez sentir a pulsação acelerar foi a recordação do beijo de Camila. 

-Você de novo? — Foi a pergunta impaciente da presidiária assim que entrou na cela.

Lauren fora pega de surpresa e voltou-se imediatamente para outra, assustada:

-Poxa! Faça isto de novo e eu estarei morta!

-Eu não teria tanta sorte. —  Disse Camila a queima roupa. Agora não usava a mesma bandana. Esta era vermelha, mas no mesmo estilo.

-Também estou muito feliz em vê-la Camila. — Disse a dona dos olhos verdes num tom cínico encarando-a, ignorando o comentário.

-Vamos direto ao ponto; por que exatamente, não quer que conste na defesa o fato de você ser homossexual?

Camila começou a rir irritantemente, olhando para Lauren, que não entendia sua atitude. Porém manteve-se a espera da resposta. Ela ficou por um longo tempo rindo da advogada, e isto já a estava irritando, então quando estava pronta para mandá-la calar a boca, quando Camila ainda com expressão debochada, falou entre risos:

-Gostou tando do beijo assim? Quer namorar comigo Dra? Não dá, já vi que você é casada. — Ela continuava rindo. E Lauren sentiu-se constrangida por ouví-la referir-se aquele assunto. Sentiu o rubor em sua face. Mas tentou controlar-se:

-Vamos Camila, deixe de besteiras e me diga. Estou esperando.

-Acha que sou lésbica só porque curti com a sua cara, beijando você? Moça, sabe que estou num presídio feminino e não há homens aqui. Não homens disponiveis e com cheiro bom. O que sobra são bocas e corpos femininos. — Então ela se 
aproximou de Lauren  e falou, provocando: - A gente se vira como pode Dra. Tive a oportunidade de fazer duas coisas: brincar 
com você e satisfazer minha vontade de beijar, só isto. Sinto desapontá-la Dra. Não poderá mais tirar uma casquinha de mim.

A advogada , esforçou-se muito para não cair na armadilha da outra. Mais o que mais martelava sua cabeça enquanto ouvia o que Camila dizia era a sensação de frustração, quanto ao que ela dizia. Mais esperou até que ela parasse de falar.

Então, olhando-a nos olhos falou mantendo a voz tranquila:

-Sinto desapontá-la Camila, mas esse seu teatro não colou. Você é homossexual sim. E não foi o beijo bobo que trocamos que me deu esta certeza. — Para sua satisfação viu o sorriso desaparecer do rosto da moça. Então continuou. -Foi sua mãe quem me confirmou isto.

Imediatamente Camila mudou. Muito irritada andando de um lado a outro como um cão feroz:

-Não acredito que ela fez isto! —  Vociferou ela levando as mãos ao rosto muito alterada. Do lado de fora a voz de um dos guardas foi ouvida:

-Tudo bem aí Dra?

Prontamente ela respondeu:

-Sim, esta tudo bem. — A presidiária ainda caminhava para lá e para cá com as mãos na nuca. Parecia encurralada. -Agora me levará a sério? —  Perguntou tentando manter-se calma.

Então foi como se Camila fosse dominada por uma raiva incontrolável, pois adiandou-se em direção da sua advogada como um 
bicho. A dona dos olhos verdes fora pega de surpresa ao sentir-se sendo agarrada e jogada ao colchão inesperadamente. Sem ter havido 
sequer tempo de gritar por socorro.

Camila já havia tapado-lhe a boca com uma das mãos enquanto com a outra segurava uma de suas mãos. Estava deitada sobre o corpo de Lauren, e aproximando o rosto do seu falou em tom de ameaça:

-Não vai usar isso em minha defesa Dra Lauren, entendeu? Não vai. —  Então sua mão saiu da boca da outra e segurou sua outra mão. A mulher poderia ter gritado naquele momento, mais ficou encarando Camila, estava assustada, mais não conseguia gritar, ficava apenas olhando-a, na espectativa do que viria a seguir.

A presidiária também a olhava muito irritada, tinha raiva no olhar, um olhar que em contraste com seus cabelos,seu rosto, dava-lhe uma beleza incomparável, mais ao ficarem encarando-se algo aconteceu, e a raiva nos olhos de Camila se dissiparam no mesmo instante que o medo deixou Lauren dando lugar a um sentimento estranho.

Como que simultaneamente os lábios se buscaram e um beijo muito ardente aconteceu. Camila devorava os lábios e língua de Lauren e ao mesmo tempo em que esta retribuia com a mesma intensidade, era quase agressivo.

A detenta agora mordia os lábios da advogada fazendo-a gemer alto num misto de dor e desejo. Lauren agora não conseguia pensar em nada, abandonou os lábios de Camila e mordeu-lhe violentamente o pescoço, beijando e lambendo a pele em seguida. O desejo havia tomado 
conta de ambas.

Camila agora já não segurava suas mãos, agora elas exploravam desavergonhadamente o corpo de Lauren, abrindo-lhe a blusa de seda branca, desrespeitando os botôes, expondo os seios perfeitos da dona dos olhos verdes, ocultos pela langerie de renda branca. 

A detenta deslumbrou-se com o que viu, e não resitindo expôs um seio e o sugou com intenso desejo, fazendo  Lauren abafar o grito mordendo a própria mão. Algo deveras excitante para ambas.

Mas Camila queria mais, enquanto sugava aquele mamilo róseo, sua mão passeava pelas pernas de Lauren, até invadir sua saia e alcançar a pequena peça intima, afastou a calcinha pro lado e em seguida seus dedos deslizavam em um sexo muito molhado e pulsante de desejo. Camila vibrou com a surpresa e o desejo tornou-se arrebatador. Não esperava obter tal 
reação da advogada, até mesmo Lauren estava surpresa com a própria reação de seu corpo.

Camila então num movimento rápido e urgente levantou a saia justa de Lauren até a cintura, tirou-lhe rapidamente a calcinha 
e afastando-lhe as pernas apoderou-se faminta do sexo da mesma com sua boca sedenta por prazer.

Lauren arqueou o corpo involuntáriamente abrindo ainda mais as pernas e movendo os quadris em direção a boca quente 
de Camila, que impiedosa sugava e mordia seu sexo, deixando-a louca de tesão.

Até que um fogo ardente e dolorido a atingiu em cheio. E ela viu-se segurando a cabeça de Camila contra seu sexo e gozou desesperadamente. Sentindo a boca da outra faminta sugar todo seu 'gosto'.

E Lauren viu estrelas pela primeira vez em sua vida.

Em Nome da VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora