Kihyun me esperou no intervalo para sentarmos juntos.
Ele queria ficar em alguma mesa só, e não neguei seu desejo.Comemos ainda decidindo onde ir a noite, e Changkyun parecia saber o sabor de cada canto da cidade.
Kihyun tinha três restaurantes favoritos: Kimchi, Frango e Churrasco.
Eu escolhi frango porque ele parecia gostar demais, e quando o contei sobre minha escolha ele ficou muito contente.O sinal bateu mais uma vez, me fazendo descer ao chão e perceber que eu não estava sonhando.
🌤
Assim que saí da classe, Kihyun me esperava encostado na parede, com um sorriso de canto.
Sim, se você o olhasse imaginaria ele um badboy ou simplesmente um rapaz descolado.
Porém quando o abracei pelo braço, mostrou que era o bebê que eu precisava cuidar.Saímos juntos e perguntei onde ele morava.
- Moro a algumas ruas daqui, caminho da sua casa - ele olha para baixo envergonhado - quer passar por lá?
- Eu adoraria passar por lá, alias - disse de maneira sem vergonha, passando o braço em suas costas, e vendo o sorriso maravilhoso de volta a tona.
Fomos o caminho falando sobre a matéria da escola e como a professora de inglês tinha uma voz suave.
- Imagino ela cantando - dizia Kihyun com os olhos mirados ao céu.
- Sua voz também é bonita, você deve cantar bem!
- Quando chegarmos eu te mostro.
Abri um sorriso e ele riu de volta.
- O que foi Hyung?- Você vive falando do meu sorriso - ele pega em minha mão - mas o seu é tão lindo.
Olho para baixo para esconder a vergonha.
- Não só o sorriso - ele completa me fazendo corar de vez.Chegamos na casa branca e Kihyun tirou as chaves do bolso, abrindo-a.
Entramos e vimos sua mãe com um sorriso no rosto.
- Chegou e ainda trouxe um garoto, filho? - ela sorri simpática para mim.- E-Esse é o Changkyun, Omma.
A cumprimento e ela sorri mais ainda para mim, Kihyun pede para subirmos e vamos ao seu quarto.
Kihyun coloca a mochila em uma cadeira e diz para mim colocar a minha em qualquer canto, consequentemente coloco perto da dele.
Ele se estica e se joga na cama, de barriga para cima.
- Ah, como eu odeio a escola.Apenas o encaro.
- Já percebeu que a gente sempre quer que chegue a hora de ir embora, mas se você voltar cansado, você odeia o fato de ter voltado?
- Que?
Ele ri e levanta.
Kihyun abre o guarda roupa ao lado, pega uma moletom preta e desabotoa o uniforme, eu o observo com um olhar envergonhado e atraído: Kihyun era branco, muito branco, ele tinha o corpo magro porém sensual, e isso me deixava extremamente... Eu não acho que tenha uma palavra para descrever.Quando viu que eu estava olhando para o seu abdômen e sua cueca a mostra, sorriu e colocou a maldita moletom, esperando eu sair do transe.
- Então - digo cortando o clima - vai cantar para mim?
Ele sorri e vai ao teclado ao lado da escrivaninha.
Kihyun era um garoto que amava sorrir.
Porém sofria todos os fins de semana sozinho pelas noites traiçoeiras de Busan.- OK, vou cantar o que aprendi ate agora.
Ele senta junto ao teclado, engole a seco, respira e solta a voz.
"Take tou like a drug;
I taste you on my tongue"Meu deus, eu acho que corei.
"Go ahead and cry little boy
Nobody does it like you do
I know how much it matters to you
I know that you got daddy issues;And if you were my little boy
I'd do whatever I could do
I'd run away and hide with you
I love that you got daddy issues
And I do too"A voz de Kihyun era triste quando ele cantava, ele apagava todo aquele sorriso e sentimentava cada palavra.
"I try to write your your name on the rain but the rain never came so I made with the sun;
The shade always comes at the worst times..."Kihyun tinha a voz de mel: era doce e de certa forma parecia ser o remédio para um resfriado que nunca saiu de meu peito: a solidão interna.
A letra era ousada e confusa, porém dava para entender cada palavra.
- Qual o nome da música? - eu dizia olhando seus lábios.
- Daddy Issues da banda The Neighbourhood.
Me aproximei, tirei o teclado de suas mãos e o puxei, como uma criança para a ponta da cama.
Ele me olhava confuso, e de certa forma parecia assustado.- Kihyun, podemos ficar aqui hoje?
- P-Por que?
- Eu tenho medo da gente sair - eu estava a olhar para baixo - e você ficar triste.
- Do que você está falando?
- Eu te vejo em todos os fins de semana - ele arregalou os olhos - eu vejo seu rosto triste em todas as madrugadas frias da avenida e...
Eu não consegui terminar, pois o rapaz de cabelo rosado me surpreendera com um abraço abafado, os cabelos jogados sob o rosto e um choro baixo.
Eu apenas o abracei de volta e pude dizer que estava tudo bem.
Eu sabia que não estava.- Desculpa te dizer isso Ki - suas mãos pequenas apertavam o tecido do meu uniforme.
- Desculpa mentir todas as manhãs, Changkyun - ele levanta o rosto com as finas lágrimas sob as maçãs - eu só queria você.
Eu não contive as lágrimas. Ver Kihyun triste acabava comigo.
- Você me tem.
Ele me olha ainda chorando, e se aproxima mais do meu rosto.
- Sabia que é feio chorar perto do seu Hyung? - ele diz com um riso fraco, se aproxima dos meu lábios e me beija.Foi um selinho curto, quando afastamos o rosto, eu apenas o ataquei de volta, com um beijo intenso, na qual caímos na cama sem parar.
Eu abraçava Kihyun, e beijava com mais intensidade.Nossa respiração descompassada e os cabelos bagunçados sob os rostos colados, nosso desespero para ter cada vez mais e mais, nossa paixão florecia, isso tudo era o que dava para ver e sentir.
Quando separamos os rostos, Kihyun riu e eu apenas o abracei.
- Me deixe cuidar de você, Kihyun.Ele nada respondeu, apenas voltou para o beijo, dessa vez mais calmo e apaixonado.
Depois de tudo aquilo, eu não poderia perder o foco:
- Então, vai me contar o que acontece com você?

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PERFECT BOY | changki
Fanfiction(✓) Onde Changkyun prova que Kihyun é um bebê. imwolfkyun ™2018