Capítulo 7

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Pov Marco

Acordo indisposto para começar um novo dia. De novo. Nem quero recordar-me da noite passada porque foi a pior que já presenciei. 

Não, acho que vou ficar em casa esta noite. Normalmente aos domingos, costumo a sair à noite para descontrair e colocar os meus pensamentos em ordem mas... hoje não. Vou poupar os papos furados com os meus pais e os: "Oh, eu estou bem".

Cansei, cansei desta cidade falsa, já decepcionou-me tantas vezes. Tal como ela. Onde eu ponho os limites? Acho que sou ingênuo demais para perceber os sinais. Eh, vou apenas seguir com a lei da vida. A nova lei que eu criei depois de tantas experiências e decepções.

Abro a porta do meu quarto e começo a descer as escadas lentamente até à cozinha onde de certeza encontrarei os meus pais à minha espera para uma boa explicação da noite passada. Mas eu não me importo mais com as consequências, não mesmo. E não é que eu estava mesmo certo?

Ambos estavam sentados à olhar para mim com um olhar sério. O que significava que a Star ainda não despertou do seu "sono de beleza" e quer dizer que, tem de ser eu a explicar o motivo do nosso desaparecimento ontem à noite. E, também significa que eu é que levarei a maior bronca da história. Coragem Marco Diaz.

Respirei fundo, sentei-me ao lado deles e quando soltei o ar nos meus pulmões, comecei a contar-lhes tudo. Ou quase. Pois não tinha contado a parte em que a Star  é uma princesa mágica, a Lua sangrenta ou que o Tom é um príncipe demônio do submundo que tentou matar-me.

Se eu levei uma grande broca? É meio óbvio que sim. Embora eu tenha omitido certas verdades, ainda continuava irritado com a Star. Eu senti-me humilhado naquela noite. A mesma noite em que as nossas almas se juntaram mas isso já não interessa. À partir de agora não serei os mesmo Marco Diaz. Não mesmo.

Neste momento eu só sinto ódio dela, um puro ódio e não sei se algum dia a irei perdoar. E por falar nela, a mesma encontrava-se a descer as escadas com uma certa insegurança e medo no seu olhar.

Mas eu não me importei mais. Agora que os meus pais anunciaram o meu castigo, era a vez da garota marrenta. Eu passei por ela mas antes eu sussurrei um " não me dirija a palavra nunca mais", falei com um certo ódio e arrogância. Pude ver os seus olhos se arregalarem e saí de perto dela.

Subi novamente as escadas e passando no quarto da Star, encontrei a Janna ainda dormindo. Revirei os olhos e segui o rumo até ao meu quarto novamente. Atirei-me na cama ficando de barriga para cima e fitei o teto. Será que tento com a Mewniana? Nah, segundo ela, parece que está na mesma situação que eu... Mas porquê não tentar? Talvez eu seja um deles à quem ela se referia, não é mesmo?






Pov Star

Ouvir aquela frase vindo do Marco doeu. Sei que fiz a asneira desta vez mas sei que se eu me desculpar, ele jamais irá me perdoar. Sinto-me horrível... Se ao menos eu pudesse recuar no tempo...
Ah, mas porque ainda penso que as coisas são como os contos de fadas? onde eu e o Marco vamos viver felizes para sempre... Como sempre eu me iludo. Eu só... Será que eu posso fugir em um lugar onde ninguém saiba o meu nome? Apenas quero falar sobre nada com alguém que signifique algo...

Porque eu ainda tento? Me dê um motivo... Um motivo para continuar com esta vida. Eu me sinto sozinha... Mesmo tendo grandes amigos como a Janna ou o Glossaryck, eu na mesma me sinto sozinha por dentro. Sei que é difícil de entender mas, mesmo sabendo que eles nunca irão desiludir-me, sinto que não é o suficiente para eu poder contar com eles à 100%... Sei lá.

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