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Ensaio um.

— Isso é a coisa mais horrível que eu já li em anos. — Taylor murmurou, lendo suas falas.

— É a primeira coisa que você lê em anos. — Revirei os olhos.

— Isso é uma mentira! — Ele rebateu, indignado. — Li uma revista pornô semana passada.

Bufei, sem esperança.

— Revista pornô! É isso que eu estou falando, Hayes! — Virei para o Grier, que ajustava os microfones. — Ele vai estragar essa peça, sem ofensas, Taylor, mas já ofendendo. Ele é um irresponsável!

— Eu estou ouvindo! — Taylor cruzou os braços do outro lado do palco.

— Então desiste, ué. — Hayes deu de ombros.

— Hayes! Era para você me dar um discurso de persistência, que mesmo com um ator lixo, desqualificado, burro, super..

— Eu continuo ouvindo! — O mesmo gritou novamente.

— Você quer minha opinião de amigo ou de produtor da peça? — Hayes arqueou as sobrancelhas.

— Amigo.

— Não vai dar certo.

— Então produtor.

— Também não vai dar certo. — Hayes respondeu, indiferente.

— Okay. Seu desânimo e pessimismo me deixou mais focada, Hayes. Obrigada. Pode começar, Taylor. — Me pus na minha posição.

— Mika, você não precisa fazer isso. — Taylor leu do papel. Seu desanimo era evidente.

— Roman, é claro que eu preciso! — Levei a mão ao peito, como da última vez.

— Mas você vai morrer.. — Ele continuou lendo. Esperei que ele encenasse. — O que foi agora?

— Ajoelha! — Continuei na mesma posição.

— Mas já, Vegas?! Achei que você fosse do tipo das nerds. Mas já que insiste.. Pode tirando a calça. — Ele posicionou a mão na cintura, como se estivesse falando sério.

Basta.

— Você? É um inútil. Um inútil bastardo que vai foder com minha peça dos sonhos. — Dei-lhe um soco no peito. — Não quer fazer? Ótimo. Reprova de ano, mas não me atrapalha.

— E você acha que eu queria estar aqui? — Ele apontou pra si próprio. — Eu tenho uma vida social a zelar. Você acha mesmo que eu gostaria de fazer uma peça idiota ao invés de sair com meus amigos?

— Então dá o fora da porra da minha peça! — Gritei, nervosa.

Taylor não sabia o quão frustrante era pra mim ver meu sonho sendo destruído desse jeito. Eu sabia que ele tinha as coisas dele mas eu não obriguei ele a participar de nada. E se fosse pra ele participar, ele teria que dar o máximo de si.

— Ih, briga.. — Hayes tirou um salgadinho da mochila, observando a discussão. Ignorei-o.

— Eu não posso, tá legal, Vegas? — Ele se acalmou.

— Se você tem uma vida social a zelar, o que caralhos você está fazendo aqui?

— Você não entende.

Taylor largou o papel pondo se a posição, supostamente esperando que continuássemos ensaiando.

— E por quê eu não entenderia?

— Você tem sua vida chata com sua peça chata. Eu não. Eu tenho popularidade, Vegas. Se eu reprovar, eu perco tudo o que eu tenho. — Ele explicava calmamente, ou tentava.

— Céus, você é tão superficial! Popularidade não é tudo na vida! — Bufei novamente, descontentada.

— Podemos terminar essa porra de ensaio para que eu possa me livrar disso? — Ele perguntou.

Me coloquei no meu lugar, já impaciente.

— Eu vou, querido. Mas eu vou morrer por você, Ro.. — Ouvi um toque de telefone, e quando virei a cabeça, Taylor não se encontrava mais lá. — Cadê o Taylor, Hayes?

— Foi embora. — Hayes deu de ombros, saboreando seu salgadinho.

— E você deixou?! — Gritei. A raiva e a frustração já tomavam conta do meu corpo.

— E você quer que eu faça o que, sua garota chata? — Ele cruzou os braços.

Peguei minha mochila, deixando Hayes falando sozinho e indo embora daquele lugar que só por um dia, já tinha me causado frustração o suficiente.

amo o hayes KKKKKKKK

THEATER ➶ t. caniffOnde histórias criam vida. Descubra agora